tag:blogger.com,1999:blog-82333156744731155922024-03-14T03:15:04.443-03:00Blog do Octavio PessoaAqui você lê minhas crônicas, meus artigos, além de outros textos e provocações de temas como política, democracia, cidadania,sustentabilidade e meio ambiente, redes sociais distribuídas. Seus comentários e opiniões são bem vindos.OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.comBlogger139125tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-38274890806581929982022-01-29T23:49:00.001-03:002022-01-29T23:54:12.405-03:00A LITERATURA NORDESTINA PEDE PASSAGEM <p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Foi numa
Live da Loja de Estudos George Washington 87, da Grande Loja Maçônica do Estado
do Pará/Glepa, que eu o conheci. Era eu o palestrante do dia e abordava a
temática A Família Maçônica e as Fakenews. Os irmãos de Loja e eu tivemos a grata
satisfação de contar com a presença de um irmão de outro Oriente, naquele
encontro virtual. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A interação
foi muito boa e, acabada a sessão, ele e eu passamos a “trocar figurinhas”. Afinidades
se evidenciaram e passamos a interagir por meio eletrônico. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ele também
é escritor e poeta (vez ou outra eu também “cometo” poesias rsrsrs) mas a
“minha” é realmente a prosa, em artigos, crônicas, contos, romances e afins.
Vibrei quando recebi três obras de autoria do meu novo amigo. Também lhe enviei
um exemplar das minhas obras.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: 14pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: 14pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Nas “Pedras que cantam” o prefaciador, Homero
Castelo Branco, ressalta “um <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj91sOQ4TplkznJrgqQdJWFTzQ7v8txrBaPrOYyOxt61W0tbaIxL5ltf28smUyJW9wVOS5pSbAaBoy8NdiN2V08jq7AcGXDXmBW4_cRexCc1O2rfLcg7HxNE6_KcEh_0zwWFNhwQ7kwz-GEXqaNXhF0Ztf3PLbCcaqxD8hIs7CpzauOe-zDQgiFj84_5A=s915" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="915" data-original-width="663" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj91sOQ4TplkznJrgqQdJWFTzQ7v8txrBaPrOYyOxt61W0tbaIxL5ltf28smUyJW9wVOS5pSbAaBoy8NdiN2V08jq7AcGXDXmBW4_cRexCc1O2rfLcg7HxNE6_KcEh_0zwWFNhwQ7kwz-GEXqaNXhF0Ztf3PLbCcaqxD8hIs7CpzauOe-zDQgiFj84_5A=s320" width="232" /></a></div><br />tecido filigranado de sentimento. A natureza está
sempre presente. Casa a simplicidade do estilo com a boa escolha do assunto,
revestido de uma graça no dizer de que não falta repórter aqui e ele, uma flor
do sertão, revela sua destreza e domínio da escrita que precisa dizer tudo de
forma clara e direta”</span></div></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Nessa
crônica que dá título ao livro, o autor registra que “Se as pessoas calam, as pedras
falam” e ressalta que o recado das pedras sacode as pilastras que sustentam a
estrutura social pois quase sempre são atos e fatos praticados, por ação ou
omissão, por quem detém o poder legitimado pelo povo. E registra que sem uma ação humanizadora e
eficaz “as pedras continuarão a cantar”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Alguns dos
petardos: O rastro da barbárie, Quem nos garante o futuro?, Assim caminha a
humanidade!, Ambição e ódio, Este ano tem espetáculo? Tem sim senhor!, Ao
vencedor as batatas, O avesso do avesso, Será que vai cair água?</span></p><o:p></o:p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14pt; text-indent: 35.4pt;">As atitudes
denunciadas pelo autor ocorrem, infelizmente, em quase todos os lugares do
nosso país e merecem ser denunciadas. E combatidas. Que suas pedras cantem e
continuem cantando, meu prezado amigo e irmão.</span></p><div class="separator" dir="rtl" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiFmt_fJbP4l-tFKdbQpUj39Aq8Ut39neGcuOABi34AWLj7FJvFjNgoeXYftUKmbzG76XrMrmKEiusQlREUlF4ouHo7FArBcAaN2dkquwpxsuUoUtPFxi2ZY-eqKKNixmU8-7NouToMcMVEgF4sxoLbktl4R5pB6eHVZNBO0P2maKOMvLo_8o7RGUXDWQ=s1600" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1087" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiFmt_fJbP4l-tFKdbQpUj39Aq8Ut39neGcuOABi34AWLj7FJvFjNgoeXYftUKmbzG76XrMrmKEiusQlREUlF4ouHo7FArBcAaN2dkquwpxsuUoUtPFxi2ZY-eqKKNixmU8-7NouToMcMVEgF4sxoLbktl4R5pB6eHVZNBO0P2maKOMvLo_8o7RGUXDWQ=s320" width="217" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Noutro
livro, Filhos do Asfalto, o sentimento e o estilo do autor também são presentes.
São 45 crônicas em que ele denuncia episódios do cotidiano de sua terra e sua
gente. É o trânsito engarrafado, o desespero de passageiros nas paradas e o
inferno dentro dos ônibus, o consumismo estimulado e absorvido pelas massas, as
questões de saúde do povo mal resolvidas e as propinas pagas para receber um
atendimento mais digno a quem é pago para cuidar da saúde do povo. E outras
mais.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> <o:p></o:p></span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 14pt; text-align: left;">Mais
uma vez fica evidente que a realidade denunciada não é privilégio desta ou
daquela cidade brasileira. É uma questão cultural e conjuntural que enquanto
não revertida poderosos continuarão com privilégios e a massa sempre oprimida.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 14pt; text-align: left;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O fato do
autor denunciar injustiças não faz dele um ser amargo ou desprovido de
sentimentos. Pelo contrário. Em seu livro de poemas Minha vida em sua boca, ele
ressalta a delicadeza da alma humana, em poemas eróticos onde a lascívia está
presente sem resvalar na pornografia ou no grotesco. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Já no
prefácio, a mestra em Teoria da Literatura pela PUC/RS e professora de Teoria
Literária, Literatura Brasileira, Literatura Portuguesa e Literatura Ocidental,
Joselita Izabel de Jesus, realiza um verdadeiro ensaio sobre as formas de
proibição do desejo humano na família, nas religiões, na escola, na Ciência e
especialmente no mundo do trabalho. É aquilo que Georges Bataille, em seu
ensaio sobre o erotismo chamou de interditos. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Diz
Joselita que a literatura erótica se impõe como eficaz instrumento de
transgressão. E acrescenta que nesse contexto se insere Minha vida em sua Boca,
que pode soar agressiva “aos leitores mais comportados”, a quem ela sugere a
leitura de Sonetos luxuriosos, de Pietro Arentino, Os 120 dias de Sodoma ou A
escola da libertinagem, do Marquês de Sade. Bem como Diário de um fascenino, de
Rubem Fonseca, Prêmio Camões de Literatura, 2003. Diante dessas obras e da
tetralogia de Hilda Hist (Cartas de um sedutor; A obscena senhora D; Contos
d’escárnio: textos grotescos; e o Caderno de Rosa de Lori Lamby), diz Joselita,
“o recatado leitor vai considerar os poemas de Minha vida em sua boca, bem
amenos, quase sacros”. Para a prefaciadora, os poemas de Minha vida em sua boca
são genuínos exemplos de textos eróticos. Raciocínio que eu acompanho e assino
em baixo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjx0EJtCgbghMkPFJ0_27OofP0hvnvDOtjnihv_98G7XJUku_OSl2jVfRd2R4z8KHRymT_vOkLV16KrmbFK56BDrSSAvuxcL8SJWrrd_F0nV_sRF1hhmHKeBL7ddKsMg7kkv_LKxzTdxyG0yHkcBNpp55bwEjXhYAu1hfo4Zx80LNKd_tRIjYdIz-lkVw=s1600" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="978" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjx0EJtCgbghMkPFJ0_27OofP0hvnvDOtjnihv_98G7XJUku_OSl2jVfRd2R4z8KHRymT_vOkLV16KrmbFK56BDrSSAvuxcL8SJWrrd_F0nV_sRF1hhmHKeBL7ddKsMg7kkv_LKxzTdxyG0yHkcBNpp55bwEjXhYAu1hfo4Zx80LNKd_tRIjYdIz-lkVw=s320" width="196" /></a></div><br /><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 14pt; text-align: left;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> </span><span style="font-size: 14pt;">Mas afinal, quem é esse autor que
concilia o justo arroubo contra as injustiças em suas crônicas e a sensualidade
e o erotismo em seus poemas?</span></p><p class="MsoNormal" dir="rtl" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEihN12nLqOK7WH2ODQEUt0zBIsJICd3wQIKsGY9YTx8UL50EUJJqzSzWt0OijW_BOuPi9SnqveiY13b86RQO-m7cEVTS0itBOJeBH6n6VIBZolInIlI9AsnEYERp5f476xSuUUzSnHbsVFKOQTLePmnq2gEezoE9cweClQmRiGFQjW-Nx4yK9tZgA2GHg=s960" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEihN12nLqOK7WH2ODQEUt0zBIsJICd3wQIKsGY9YTx8UL50EUJJqzSzWt0OijW_BOuPi9SnqveiY13b86RQO-m7cEVTS0itBOJeBH6n6VIBZolInIlI9AsnEYERp5f476xSuUUzSnHbsVFKOQTLePmnq2gEezoE9cweClQmRiGFQjW-Nx4yK9tZgA2GHg=s320" width="240" /></a></div><br /><div dir="ltr"><span style="font-size: 14pt;"><br /></span></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">É Francisco
de Assis Sousa. Nascido em São Julião,
no sul do Piauí, é graduado em Letras/Português pela Universidade Estadual do
Piauí, com especialização em Linguística pela Universidade Federal do Piauí, em
Literatura Brasileira e Planejamento e Política Educacional pela URCA. Dedicado
à Educação e às Letras, ele ensina a juventude estimulando o hábito da leitura.
Mais que professor ele é um verdadeiro Mestre, na minha avaliação.<span></span></span></p><a name='more'></a><o:p></o:p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Francisco,
que é autor também de A margem esquerda do rio (Poesia, 2007), Sorria, enquanto
é tempo! (Crônicas/2011) e O visionário (Ensaio biográfico), é membro da
Academia de Letras da Região de Picos </span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">─</span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> ALERP, tendo recentemente assumido
a presidência daquela Academia. <o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Bônus ao
leitor: <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Alguns
poemas extraídos de Minha vida em sua boca:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br />
DESNUDA:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O meu olhar de cachorro vadio<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">desertifica o seu corpo em
fragmentos nus<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ao tempo em que as peças vão caindo<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">a minha mão <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">por dentro atiça desejos<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Por fim<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">o último véu se esvai<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">as cortinas se abrem<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">e a música não quer mais parar.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A BUNDA<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A bunda que passa<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">sorridente na avenida<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">não sabe que seu ritmo<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">me alucina.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Num sobe e desce,<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">desce e sobe,<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">direita, esquerda<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">esquerda, direita<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">ela vai sumindo,<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">sumindo, sumindo<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">até se que se perde do núcleo
óptico<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">das minhas retinas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">CHAMA<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Debaixo do lençol<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">minha flor descansa<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">escancara a chama<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">
</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">e chama. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> </span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><br /></p>OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-85977771471759330562022-01-29T19:40:00.000-03:002022-01-29T19:40:06.652-03:00<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">Requiem aos Heróis da
Pandemia do Coronavirus. <o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">(<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Publicado originalmente no Diário do Pará, edição de 6/5/2020)<o:p></o:p></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">Octávio Pessôa*<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ele
podia se chamar Hércules, Sansão ou Maciste. Ou quem sabe Manuel, Joaquim, João
ou simplesmente José da Silva. Não importa. Nada mais democrático do que os
efeitos de uma pandemia como esta que marca tristemente a Humanidade, neste primeiro
quartel do Século XXI. Não há rico nem pobre, culto ou ignóbil, bem relacionado
ou pessoa do povo. Os efeitos da Pandemia do Covid-19 iguala todo mundo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Os cuidados é que podem variar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Fiel a
Hipócrates, o pai da Medicina, ele honrou seus compromissos dignamente, diante
do desespero da massa clamando pela Vida. Virou plantões, supriu a carência de
colegas, fez parte de equipes profissionais reduzidas para a realização de um
trabalho eficaz. Ele se sensibilizava ante o clamor de quem pedia pela
sobrevivência de um pai, uma mãe, um irmão, um amigo ou colega de trabalho.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E especialmente pela própria sobrevivência. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Um
dia “caiu-lhe a ficha” dos efeitos da sua dedicação extremada, ao começar a
perceber em si próprio os sintomas do mal contra o qual lutava diariamente. Foi
o próximo a abandonar o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">front</i> da
guerra desigual contra o inimigo invisível. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Consciente de
que, àquela altura, o hospital era ironicamente o último lugar em que deveria ficar,
partiu resignadamente para o isolamento doméstico, lamentando muito não poder
continuar na messe que abraçara desde a juventude. Em casa, internou-se no
menor cômodo do modesto apartamento classe média em que morava, deixando os
mais confortáveis à esposa e à tia que com eles morava desde o início do
casamento. Seu maior temor era que o SARS-Cov-2, o maldito vírus da COVID-19,
contaminasse essa verdadeira segunda mãe. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Recolhido,
ele adotava os procedimentos adequados que dominava e usava a medicação própria.
Cidadão consciente, ele assistia aos programas jornalístico da televisão e se indignava
ante da ideologização do vírus e a utilização política de um fato que merece
ser tratado com objetividade e determinação. Sentia verdadeiro asco ante a
postura arrogante e debochada do mandatário maior do país a dar péssimo exemplo
ao povo, agindo na contramão das orientações da Organização Mundial da Saúde e
dos setores consequentes de seu próprio governo. Ele sofreu demais ao ver o
presidente rifar seu ministro da saúde porque este, profissional coerente,
orientava o público a agir da forma correta. É o chefe com medo da sombra do subordinado,
ele pensava. Para não aumentar seu sofrimento, decidiu não mais ver televisão.
Ele necessitava de repouso, sabia, a tensão prejudicava sua recuperação. Passou
a priorizar a leitura quando seu estado permitia. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Seu sofrimento se acentuava quando
lembrava da amada netinha, e não podia sair para abraçá-la e lhe mostrar todo
seu carinho de avô de primeira viagem. Na reclusão não desejada, ele lembrava dos
belos momentos vividos com aquela criança e sua mãezinha, a filha única, e com toda
a família, feliz convivência, bálsamo que compensava todas as dificuldades e
frustrações que pudesse estar atravessando. Quantas tardes, quantos domingos,
quantos fins de semana ele viveu ao lado da família e de amigos, nos bons tempos
antes da pandemia do Coronavirus. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Na
primeira etapa da internação domiciliar teve relativa melhora. Seguiu-se depois
um quadro irreversível de agravamento. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Partiu
para a Eternidade aquele que um dia jurou <em><span style="background: white; color: #4e4f52; font-size: 12.0pt; font-style: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold;">consagrar a vida a serviço da
humanidade, da saúde e do bem-estar do paciente como suas primeiras
preocupações. A respeitar a vida humana, a autonomia e a dignidade do paciente,
guardando o máximo respeito pela vida humana. A não permitir que considerações
sobre idade, doença ou deficiência, crença religiosa, origem étnica, sexo,
nacionalidade, filiação política, raça, orientação sexual, estatuto social ou
qualquer outro fator se interpusessem entre o seu dever e o seu paciente,
respeitando os segredos que lhe fossem confiados, mesmo após a morte do doente.
A fomentar a honra e as nobres tradições da profissão, guardando respeito e
gratidão aos seus mestres, colegas e alunos pelo que lhes é devido, partilhando
seus conhecimentos médicos em benefício dos pacientes e da melhoria dos
cuidados de saúde. Até onde a triste realidade da pandemia do coronavirus lhe permitiu,
ele cuidou da sua própria saúde, bem-estar e capacidade para prestar cuidados
da maior qualidade, não tendo nunca usado de seus conhecimentos médicos para
violar direitos humanos e liberdades civis, mesmo sob ameaça. Promessas que fez
solene e livremente, sob palavra de honra, no dia de sua formatura.<o:p></o:p></span></em></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><em><span style="background: white; color: #4e4f52; font-size: 12.0pt; font-style: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold;">(Com esse conto homenageio todos
os médicos e médicas e outros profissionais da área de saúde que tiveram a vida
ceifada pela terrível Pandemia do Coronavirus, Covid-19. Reconhecimento que
estendo aos que permanecem na luta nessa guerra desigual).<o:p></o:p></span></em></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><em><span style="background: white; color: #4e4f52; font-size: 12.0pt; font-style: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold;">* Jornalista e Escritor. <o:p></o:p></span></em></p>OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-51076884695941425212022-01-29T19:30:00.007-03:002022-01-29T19:30:54.399-03:00<p> </p><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O APRENDIZ DE ESCRITOR<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Publicado
originalmente em minha página do Facebook, em 11ago2021</i>)<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É gratificante a
gente ler um livro e se identificar com o que diz o autor. Especialmente quando
a obra trata do objeto de trabalho que fazemos com prazer. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Foi assim que eu me senti ao
“degustar” o Aprendiz de escritor — Sobre livros, leituras e escritos. Não se
trata de mais um manual de fórmulas para se aprender a escrever, que
invariavelmente não funcionam. É um livro de modesto título e de valor
inestimável para quem lida com textos ou pretende com eles trabalhar.</span><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", sans-serif; font-size: 11.5pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O autor, Odenildo
Sena, aborda o ato de escrever de forma leve e dialogada com o leitor, dando
dicas para a produção de um bom texto. Ele enfatiza a importância do hábito da
leitura, especialmente de autores reconhecidos pela arte de escrever, mais uma
concordância entre mim e o autor do livro. Sempre entendi que quem não lê não
escreve. E se escreve, o faz de forma deficiente para dizer o mínimo.</span><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", sans-serif; font-size: 11.5pt; text-indent: 35.4pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Odenildo cita
vários escritores e obras indispensáveis que estimulam o hábito da leitura. Ele
fala sobre as estratégias que usa na redação de seus textos, tal como nunca
conformar-se com a primeira versão final de um texto. É prudente deixá-lo
descansar e retomá-lo mais adiante. Escrever e reescrever até sentir que o
texto está em condições de ser publicado. Não significando que ele esteja
acabado, pois o livro não termina no ponto final do autor, quem o conclui é o
leitor.</span><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", sans-serif; font-size: 11.5pt; text-indent: 35.4pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Tanto é assim que
Odenildo discorda e eu estou com ele, do que disse certa vez o escritor
argentino Jorge Luís Borges, que a pessoa mais importante no livro é o autor.
Não. A mais importante é o leitor ao formar sua ideia no fim da leitura. Com a
liberdade de rever seu entendimento nas releituras.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Confesso a você,
amigo leitor. Li o Aprendiz de escritor num fim de semana. E fui sublinhando
diversas passagens, método também sugerido e usado por Odenildo. Resultado: o
livro ficou bastante marcado. Não faz mal. Pra mim, livro lido é livro anotado.</span><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", sans-serif; font-size: 11.5pt; text-indent: 35.4pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Escrevi e reescrevi
diversas vezes este texto, como sempre faço e o autor do Aprendiz de Escritor
assim sugere. E com a certeza de que cada leitor terá uma forma de vê-lo.</span><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", sans-serif; font-size: 11.5pt; text-indent: 35.4pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Odenildo e eu não
somos velhos conhecidos mas o fascínio por livros nos une, além de ambos sermos
amazonenses, ele de Manaus e eu de Parintins. Por ora, conheço-o virtualmente,
o que foi proporcionado por um amigo comum, o jornalista, poeta e compositor
Zeca Torres, Torrinho, ícone da cultura e da música do Amazonas, autor e
compositor de Porto de Lenhas, a “Cara de Manaus”. E tantas outras.</span><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", sans-serif; font-size: 11.5pt; text-indent: 35.4pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Daí surgiu uma
interação à distância muito promissora. O Odenildo brindou-me com um exemplar
do Aprendiz de Escritor e eu retribuí a gentileza com um do meu Asas de um rio.</span><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", sans-serif; font-size: 11.5pt; text-indent: 35.4pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Com certeza ainda
vamos nos conhecer pessoalmente. Seja em Leça da Palmeira, onde ele reside
atualmente lá em Portugal, aqui em Belém, em Manaus ou quem sabe onde. E vamos
degustar vinhos e queijos e conversar bastante sobre os assuntos que nos
aproximam.</span><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", sans-serif; font-size: 11.5pt; text-indent: 35.4pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Odenildo Sena é
formado em Letras pela Universidade do Amazonas, onde lecionou Língua e
Literatura Portuguesa por muitos anos. Especialista em Psicologia em Ensino e
Aprendizagem pela Universidade de Campinas e Mestre em Linguística Aplicada
pela PUC/SP, com a dissertação “A Semântica do Poder”, onde analisa a
influência de um dado universo léxico próprio do período ditatorial. Tornou-se Doutor
em 1997 pela mesma PUC/SP com a tese “De Fernando a Fernando: as teias
ideológicas do poder”, em que analisa o discurso dos dois primeiros presidentes
civis, após o período militar.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Além do Aprendiz de
Escritor, editado pela Valer, de Manaus/AM, em 2020, são outras obra de
Odenildo: No tempo do eu menino, coletânea de crônicas (Valer/ 2015); Mazelas
do livro didático, ensaios (Valer/2016); Tempos de memória, crônicas (Casa
Literária/2016); Palavra, poder e ensino da língua, obra em que ele evidencia suas
preocupações e compromisso com a desmitificação dos processos que envolvem a
constituição da Língua, concebida não como mero “instrumento de comunicação
entre indivíduos”, (Valer/2019).</span><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", sans-serif; font-size: 11.5pt; text-indent: 35.4pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic",sans-serif; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E a sua obra prima,
que será minha próxima leitura: A engenharia do texto, um caminho rumo à
prática da boa redação, editado em 2011 pela Valer e em 2018 pela Chiado Books,
de Lisboa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><br /><p></p>OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-35934408697840937922022-01-29T19:22:00.002-03:002022-01-29T19:22:57.803-03:00<p> </p><p></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #050505; font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>BUEN CAMINO - Relatos de uma viagem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #050505; font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #050505; font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Resenha do livro solicitada pela
autora Josette Lassance. Publicado originariamente na minha página do Facebook,
em 7 de julho de 2021</i>)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #050505; font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“O caminho é um aprendizado e uma grande loucura
que só sente quem o faz. Bebo vinho para sonhar ao que vim e para o que sinto
de verdade. Ninguém pode afirmar ao certo o que você possa sentir — o
sentimento está tão dentro, tão fundo — e minha conquista é o percurso, não
apenas a beleza do lugar, é mais pelo pulsar verdadeiro do que está vivo” diz a
escritora paraense Josette Lassance em seu livro BUEN CAMINO – Relatos de
Viagem, Editora Paka-Tatu, 2019. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #050505; font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A autora logrou certamente alcançar o propósito místico
e ancestral do Caminho de Santiago.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Caminhar é também uma forma de sonhar por um
pensamento que nos satisfaça e também um percurso através da vida. Uma forma de
aprender, antes de morrer, a abandonar o que nos torna nocivos e a nos entregar
às nossas vontades mais verdadeiras, diz Josette que é professora de História e
Artes Visuais e pós-graduada em Artes, autora de diversos livros e com
participação em diversas antologias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #050505; font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Muitas são as explicações para o culto a Santiago e
a razão para se percorrer os caminhos que levam a Santiago de Compostela,
cidade da província de Corunha, capital da unidade autônoma da Galiza, no
nordeste espanhol. A mais aceita é a de que, vindo da Terra Santa no ano 34
d.C., o apóstolo Santiago pregou pela primeira vez em Iria Flávia, cidade
próxima de Compostela. Sua ação evangelizadora muito incomodava, razão por que
foi perseguido e morto por decapitação na Judéia. Muito querido por seus
discípulos, dois deles, Teodoro e Atanásio, levaram de barco o corpo e a cabeça
de Santiago até Padron que então, era o porto de Iria Flávia. Eles teriam
enterrado os restos mortais de Santiago no monte Libredón, onde hoje se ergue a
catedral de Santiago. Na virada do século oitavo para o nono, o rei Afonso II
das Astúrias, o Casto, teria sido o primeiro a peregrinar até Santiago. Ele
mandou construir uma igreja no local onde, reza a lenda, estão os restos
mortais de Santiago. Ali se estabeleceu uma comunidade religiosa permanente que
com o passar dos anos tornou-se um dos principais centros de peregrinação da
cristandade. As rotas se estenderam por toda a Europa cristã, aumentando a cada
ano o afluxo de peregrinos. Muitos desses ao longo do seu Caminho de Santiago
refletem sobre sua vida e não raramente voltam pessoas muito melhores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #050505; font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No final da obra, Josette relaciona as cidades da
rota francesa, dá sugestões do que levar durante o caminho e fala também da
credencial do peregrino — documento semelhante a um passaporte que identifica o
peregrino, que deve apresentá-lo nos lugares em que chega. Hoje essa credencial
simboliza que o detentor é alguém que fez a peregrinação com sentido cristão,
mesmo que seja uma atitude de busca. O livro é portanto uma leitura recomendada
para se conhecer a temática e especialmente para quem sonha um dia realizar o
seu Caminho de Santiago. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #050505; font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #050505; font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">BUEN CAMINO, prefaciado pelo poeta e professor de
Poéticas e Cultura Amazônica, da UFPA, João de Jesus Paes Loureiro, que no
final ressalta não ter Josette queimado os objetos usados no seu Caminho de
Santiago, em Finisterra – cidade que por muito tempo foi considerada o fim do
mundo por situar-se no extremo sul de uma península. Essa queima dos objetos em
Finisterra é uma práxis tradicional para os que fazem o Caminho de Santiago.
Ela optou por escrever seus desejos e colocá-los sob a pedra das promessas. Daí
conclui Jesus “Só a palavra poética resiste ao fogo, às cinzas, ao fim da
terra, às chamas ardentes do tempo”.<o:p></o:p></span></p><br /><p></p>OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-33018459272198068422021-04-17T19:56:00.026-03:002021-04-18T02:57:45.240-03:00CANÇÃO PARA HENRY<p> </p> H<span style="text-align: justify;">á
cada dia somos surpreendidos por fatos trágicos e inexplicáveis nesta verdadeira
era das trevas que vivem nosso país e o mundo. Nada mais parece nos surpreender.
Mas há fatos que nos abalam ante a sua estupidez e <span style="text-align: left;"> </span>desumanidade. </span><span style="text-align: justify;"> </span><span style="text-align: justify;">Eu coloco nesse rol o assassinato
do menino Henry que a mídia divulgou à exaustão desde há duas semanas.</span><div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>De
outra parte, tive a grata satisfação de ler na mídia impressa e no grupo de whatsapp
da Academia Paraense de Jornalismo, o profundo, belo e emocionante texto do confrade de APJ
Ernane Malato, que é jurista, escritor e acima de tudo um humanista. Compartilho
com meu leitores a:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6J3bp2jpLlVezjcDpS3UcKHcGUZgxmZPxxjgQ850IfgOALsN0nWTSZIBtQQZe3IOYNEgFwk9LS-42YL-2M2CDXySa-IiaHEG83LJcmHe8rZZoXFYWnwf_pLfzjHcXKPLA5Y-hmX5Kgz4Q/s1125/caos-e-sil%25C3%25AAncio.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="691" data-original-width="1125" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6J3bp2jpLlVezjcDpS3UcKHcGUZgxmZPxxjgQ850IfgOALsN0nWTSZIBtQQZe3IOYNEgFwk9LS-42YL-2M2CDXySa-IiaHEG83LJcmHe8rZZoXFYWnwf_pLfzjHcXKPLA5Y-hmX5Kgz4Q/w400-h245/caos-e-sil%25C3%25AAncio.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Em tempo de caos, um convite a contemplar o silêncio"<br />(Povíncia Marista Brasil Centro-Sul)</td></tr></tbody></table><br /><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"> CANÇÃO PARA HENRY<span style="text-align: justify;"> </span><span style="text-align: justify;"> </span><span style="text-align: justify;">Ernane
Malato</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> <span> </span></o:p>Por que feriram sua infância, sua
inocência, interrompendo o destino que se escrevia? Com que direito
interferiram em sua estrada, onde flores e riachos se alinhavam? Que permissão
obteve seu algoz para ferir tua arquitetura tênue, em tua constituição delgada
e extinguir sua vida que iniciava? </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span> </span>Que ousadia foi essa, a de cessar
a esperança na sua vida e a sua vida na esperança desta vida? Que autorização
foi essa em cruzarem seu caminho e apagarem o sol que começava a nascer? Que
atrevimento foi esse o de riscar de sua existência tantas coisas naturais e
permitir a invasão de outras tão descomunais? Com qual liberdade alteraram seu
futuro, violaram seu presente e soterraram teu passado? </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span> </span>Por que cruzaram seu caminho, sua
estrada, sua rota, os seus sonhos e a sua felicidade que ainda se formavam? Por
que tiraram da sua vida várias vidas, várias idas, tantas voltas que haveriam e
oportunidades que sobrevoavam? A título de quê? </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span> </span>Que monstruosidade cruzou sua
felicidade que ninguém havia sido autorizado a violar? Qual a fera que
ultrapassou o seu sagrado umbral, rompendo seu egrégio templo que o Criador
elaborou, preservado por milênios pela esfinge guardiã da existência
embrionária? Quem decepou as asas dessa ave que se preparava para voar? Que
agouro invadiu seus campos férteis, contaminando o pólen que alimentava o verde
dos teus céus floridos e o azul de tuas probabilidades infinitas? </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sua pureza, seu sorriso, seus
brinquedos, seus desejos, sua fome, seus murmúrios, suas queixas, suas dores,
seus horrores e seus gritos, ultrapassam a sanha da brutalidade que avançava
sobre sua luz que ofuscou a escuridão de quem chegava. </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Serafins, querubins e arcanjos de
outra faixa universal, estremeçam! Miguel, Gabriel, Rafael, Salatiel –
intermediários entre humanidade e divindade – desembainhem vossas espadas!
Cumpram vossos ofícios! Enfrentem o Cérbero! Decepem a medusa! Escancarem os
portões sagrados desse Parthenon! Soprem vossas trombetas douradas para a queda
das muralhas da absurdez! Abriguem a inocente ave que aterrissa em vossas
acrópoles! Mantenham sua chama acessa para que ilumine essa história!<span style="mso-spacerun: yes;"> </span> </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A ferocidade não detém o poema,
nem a homenagem que o mesmo realiza no momento em que tantas vidas também
partem. Não impede a palavra da transformação, a incontinência da expressão
contida, nem o grito de protesto da inconformação retida. O poema não se curva
ao que destrói porque enfrenta, luta e reconstrói. </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O poema enfrenta a selvageria da
maldade, a insensatez da desumanidade e a demência da obscuridade. Desafia o
que desafiou a ordem dos sentidos, a estabilidade da normalidade, a ameaça da
aspereza e o temor da carruagem induzida a transportar ovelhas para outra
estação. O poema enfrenta a banalidade da maldade porque habita outro mundo que
cintila. </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>O poema não se destrói nem é destruído pelo que destrói. Não persegue,
sobrevive. Se renova a cada opressão que se desenha no arcabouço social. O
poema resiste e em cada amanhecer persiste, porque vive na confrontação da ação
que ofende a própria vida. Persiste por não permitir violação e destruição por
quem insiste em destruir e violentar. Não se cala, não se conforma, não morre e
nele sobrevive o que para sempre deve viver. </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O poema não esquece e homenageia
a criança que partiu em todos nós, juntamente com outras tantas violentadas
pela alienação, pelo abandono, pela fome, pela miséria, pela marginalidade e
pela exclusão.<o:p></o:p></p><br /><p></p></div>OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-5288909284262019432021-04-06T09:34:00.000-03:002021-04-06T09:34:50.599-03:00MAQUIAVEL, esse injustiçado.<p> </p><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span> </span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIPTn0_R_NhS9qKSSfkFxaJj_yBF2UW2Nq30sJ3FGAXgsSzXRSEHUK1endN97miTujFwad6z1r-SSsdc7pL-Oc9BnFGiiSnqf7IeekedqNy3kuPZuifMjdbamA60zX8CuDJclhn_M9xo_3/s750/Foto+de+Mquiavel.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="750" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIPTn0_R_NhS9qKSSfkFxaJj_yBF2UW2Nq30sJ3FGAXgsSzXRSEHUK1endN97miTujFwad6z1r-SSsdc7pL-Oc9BnFGiiSnqf7IeekedqNy3kuPZuifMjdbamA60zX8CuDJclhn_M9xo_3/w321-h160/Foto+de+Mquiavel.jpeg" width="321" /></a></div><br /><span> </span><span> </span><span> </span>Os termos maquiavelismo
e maquiavélico, na linguagem corrente, assumiram um significado pejorativo e
maldoso. O uso distorcido é tão frequente e aceito, que a palavra maquiavélico
constitui verbete em dicionários como sinônimos do que é pérfido, falso,
perigoso. É comum a gente ouvir expressões do tipo – “Cuidado! Esse cara é
maquiavélico”. Especialmente se for um político.<o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Essa associação do que é sórdido, malicioso com o pensamento
de Maquiavel encerra uma tremenda injustiça contra o que propôs Niccolo di
Bernardo Machiavelli, filósofo e diplomata florentino, cuja obra literária mais
famosa é “O Príncipe” (Il Principe), escrita entre 1513 e 1516 durante o exílio
de Maquiavel na França e publicado em 1532, após a morte do autor. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A distorção do pensamento maquiaveliano decorre de
interpretações equivocadas do pensamento de Maquiavel, especialmente em leituras
retilíneas que não contextualizam a obra no tempo e no espaço. Na Península
Itálica da Renascença (Século XVI) prevaleciam pequenas repúblicas, reinos,
ducados, e os Estados Papais que disputavam entre si o controle de territórios.
Maquiavel percebia o risco dessa divisão que deixava a península sujeita a
invasões por parte das grandes potências europeias. Em “O Príncipe”, ele faz considerações
e recomendações ao governante, o Príncipe, sobre como exercer o poder na
administração de um país.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O fundamento da principal obra do intelectual florentino é a
distinção entre ordem política e moral cristã, aspecto fundamental para a
compreensão da forma dele ver a realidade. Em função dessa análise, ele dá sugestões
para a sustentação do poder político institucionalizado. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>À época, os Estados se sustentavam na representação política
da classe burguesa que financiava o Estado, representante dos seus interesses
econômicos, políticos e ideológicos, reivindicando inclusive o uso legítimo da
força. E também na religiosidade cristã que exercia papel crucial na manutenção
da ordem social, no comportamento coletivo, influindo significativamente na
forma de agir do governante. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Maquiavel concorre para o rompimento dessa visão embasada na
religião dominante. Em “O Príncipe”, o sábio florentino inovou propondo
objetivamente a distinção das ordens política e religiosa, sustentando a
separação da política em relação à religião e encarando a política como um
campo orgânico, autônomo e distinto da religiosidade, que não deve ser superior
ao Estado. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Essa visão da realidade contrariava poderosos interesses
principalmente os da igreja católica. Daí passou-se a usar o termo “maquiavélico”
a tudo de mal ou cheio de subterfúgio. É a incompreensão da essência do que propôs
Maquiavel: a autossuficiência do poder político do Estado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Em
sua mais conhecida obra, Maquiavel abordou o modo de compreensão do poder
político e seus efeitos. A leitura da obra despida de visão preconceituosa
induz a que é de responsabilidade do governante a definição de rumos para o
Estado. Sendo dele e dos operadores da política o dever de melhor promover a
ordem institucional e a paz coletiva. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Não
bem compreendidas e se afirmadas fora de contexto, as ideias de Maquiavel podem
ser e são frequentemente deturpadas. Em momento nenhum a expressão "os
fins justificam os meios", frequentemente atribuída a Maquiavel é encontrada
no livro “O Príncipe”. As lições de Maquiavel recomendam aos governantes a maneira
adequada para o sucesso de um governo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Nascido
em Florença, em 3 de maio de 1469, filho de Bernardo e Bartolomea di Nelli, uma
família toscana, Maquiavel iniciou seus estudos aos sete anos, uma fraca educação
básica, até por ser de uma família pobre. Adulto, ele se tornou um dos grandes
pensadores renascentistas, com formação humanista. Formado pela Universidade de
Florença, antes <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">30
anos assumiu a função de secretário da Segunda Chancelaria, importante
instituição do governo de sua terra natal. No exercício dessa função diplomática
ele elaborou tratados e alianças com outros países e consolidou suas qualidades
administrativa e governamental.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Ele
serviu em Florença por 14 anos. Com o retorno ao poder do governo destituído, Maquiavel
foi demitido em 7 de novembro de 1517, acusado de conspiração. Foi preso e
torturado o que o levou a se exilar na França, onde fez profunda reflexão sobre
tudo o que viveu e presenciou, e escreveu suas principais obras, inclusive “O
Príncipe”. De retorno à sua Florença, ele passou a viver recluso e faleceu em 21
de junho 1527. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Além
de “O Príncipe”, Maquiavel também escreveu “Relatos sobre os fatos na Alemanha”,
“Retrato das coisas da França” e “Discurso sobre a primeira década de Tito
Lívio”. No campo da dramaturgia, ele escreveu diversas peças teatrais, sendo a
mais famosa, “A mandrágora”, protagonizada pelo jovem Calímaco apaixonado por
Lucrécia, casada com o doutor Messer Nicia. Em cinco atos Maquiavel satiriza a
corrupção da sociedade italiana.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">“O
Príncipe” encerra uma teoria do Estado moderno, daí Nicolau Maquiavel ser
considerado o pai da Ciência Política Moderna. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: Times;">O autor é Bacharel em Direito e Jornalismo pela UFPA. Foi
locutor de rádio e escreve em jornais impressos, sites e no </span><a href="http://blogdooctaviopessoa8.blogspot.com/"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: Times;">http://blogdooctaviopessoa8.blogspot.com/</span></a><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: Times;"> Em 2015 editou o livro de crônicas <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Causos Amazônicos</i>, reeditado em 2018. Em
2020 publicou o romance/documentário <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Asas
de um rio- A saga dos Catalinas na Amazônia</i>. Poeta bissexto, Octávio é
imortal da Academia Maçônica de Letras do Estado do Pará e da Academia Paraense
de Jornalismo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: Times;">* Publicado no jornal eletrônico Ver-O-Fato no dia 2 de
abril de 2021.<o:p></o:p></span></p><br /><p></p>OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-87835637781572896402021-04-05T16:59:00.000-03:002021-04-05T16:59:07.594-03:00TEM JABUTICABA NO MEIO DO CAMINHO. CUIDADO!<p> </p><p><br /></p><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; text-align: justify;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; text-align: justify;">Não escorregue nem tropece. Muita gente desprevenida comete
essa imprudência. Talvez embevecida pela mensagem dos textos que lê, por pressa
ou por acreditar que o Dr.Google é infalível, faz afirmações questionáveis. Pra
dizer o mínimo.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>É o caso daquele texto que volta e meia a gente lê por aí,
sob o título <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O tempo e as jabuticabas</i>,
atribuído a Rubem Alves, ou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O valioso
tempo dos maduros</i>, mencionando Mário de Andrade como seu autor. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A
beleza e a profundidade do texto é indiscutível. Ele trata da atitude madura de
não nos importarmos com as coisas irrelevantes da vida, à medida que a gente
vai acompanhando as voltas que o mundo dá e conclui que realmente prender-se às
coisas pequenas ou ilusórias só atrapalha nossa felicidade. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Com pequenas variações, dependendo do gosto de quem o posta,
o conteúdo do texto que pulula na Internet é mais ou menos este:<o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><span lang="EN-US" style="font-size: 14.0pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Contei meus anos
e descobri que terei menos tempo para viver<br />
daqui para frente do que já vivi até agora.<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Tenho mais passado do que futuro…<br />
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas…<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">As primeiras, ele chupou displicente…
mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço…<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Já não tenho tempo para lidar com
mediocridades…<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Não quero estar em reuniões onde
desfilam egos inflados.<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Inquieto-me com invejosos tentando
destruir quem eles admiram,<br />
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Já não tenho tempo para conversas
intermináveis…<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Já não tenho tempo para administrar
melindres de pessoas que,<br />
apesar da idade cronológica, são imaturas…<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Detesto fazer acareação de desafetos que
brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral…<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">As pessoas não debatem conteúdos… apenas
os rótulos…<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Meu tempo tornou-se escasso para debater
rótulos…<br />
quero a essência… minha alma tem pressa…<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Sem muitas jabuticabas na bacia, quero
viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços…<br />
não se encanta com triunfos…<br />
não se considera eleita antes da hora…<br />
não foge de sua mortalidade..<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Caminhar perto de coisas e pessoas de
verdade…<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">O essencial faz a vida valer a pena…<br />
e para mim basta o essencial…</span></i><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Há fortes razões
para se afirmar não ser o texto de Rubem Alves e muito menos de Mário de
Andrade. <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">A atribuição a Alves
provavelmente é em razão dele ter um livro intitulado <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Do universo à jabuticaba</i>, editado em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">2010</b>, pela Editora Planeta do Brasil Ltda., São Paulo/SP. <o:p></o:p></span></p><p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span></p><p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj72E3IIUaSIUak9rrGmcchBmHgoTzg9W-C1FMtfgwGvg4MFGf3sgnSWf4ZCu2vCi3LpdRE7ERSS_l0rVgwzVyTk2FB2-Ke5H-BMbfjPGfsDOQl80FqhgWp2Jjyl5Sm9zdu26TyqvLBUxW4/s2048/Foto+1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1384" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj72E3IIUaSIUak9rrGmcchBmHgoTzg9W-C1FMtfgwGvg4MFGf3sgnSWf4ZCu2vCi3LpdRE7ERSS_l0rVgwzVyTk2FB2-Ke5H-BMbfjPGfsDOQl80FqhgWp2Jjyl5Sm9zdu26TyqvLBUxW4/s320/Foto+1.jpg" /></a></div><p></p><p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Nessa obra, Alves
após introduzir na epígrafe aforismos de Neruda, Nietche e Fernando Pessoa, afirma
que sua vida se divide em três fases <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Na
primeira, meu mundo era do tamanho do universo e era habitado por deuses,
verdades e absolutos. Na segunda fase meu mundo encolheu, ficou mais modesto e
passou a ser habitado por heróis revolucionários que portavam armas e cantavam canções
de transformar o mundo. Na terceira fase, mortos os deuses, mortos os heróis,
mortas as verdades e os absolutos, meu mundo se encolheu ainda mais e chegou
não à sua verdade final mas à sua beleza final: ficou belo e efêmero como uma
jabuticaba florida”.</i> <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Sem dúvida, o
conteúdo do texto itinerante se assemelha, no essencial, à profunda mensagem colocada
por Alves sob a rubrica <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Minha Vida...”. </i>O
que não faculta ao compilador ou a quem o reproduz atribuir a autoria do texto
ao mineiro de Boa Esperança. Mas os desavisados aceitam como verdadeira a autoria
de Alves e replicam e treplicam especialmente nos meios eletrônicos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></i><o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Mais improvável
ainda é o texto ser de Mário de Andrade. Escritor da primeira fase do
Modernismo Brasileiro que teve papel importantíssimo nessa fase crucial da
Literatura brasileira, Andrade inovou absorvendo os valores e a linguagem das
culturas periféricas como a amazônica, mas ele não era dado a temas de natureza
existencial como fazia Alves. <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Há no entanto um
texto menos conhecido no mundo das letras que penso ser o “pai” daquele que é
replicado à exaustão e atribuído a autores que não o escreveram. Trata-se de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O Tempo que Foge</i>, de Ricardo Gondim, pastor
e presidente da Igreja Evangélica Betesda, sediada em São Paulo, e também do
Instituto Cristão de Estudos Contemporâneos. <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Autor de diversas
obras, Gondim publicou em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">2007</b> pela
Editora Ultimato Ltda, de Viçosa/MG, o livro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Eu creio, mas tenho dúvidas- A graça de Deus e nossas frágeis certezas,</i>
que em suas páginas 102 a103 traz:<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">TEMPO QUE FOGE<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span></i></p><p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"></i></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTAj1YpWag37TAAd-dQL3bzPEZwKIXP8dzf1Ar652q7h0BT7O7Mhuhr27hQgW_stQI-rH2tqB8wnJbgxtW2ePestXbrKOKBvz6yJhMx4iF8VZ2tyznV2MKQ5NSQIyrvjc7oIKuCOuWQEyE/s2048/Foto+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1355" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTAj1YpWag37TAAd-dQL3bzPEZwKIXP8dzf1Ar652q7h0BT7O7Mhuhr27hQgW_stQI-rH2tqB8wnJbgxtW2ePestXbrKOKBvz6yJhMx4iF8VZ2tyznV2MKQ5NSQIyrvjc7oIKuCOuWQEyE/s320/Foto+2.jpg" /></a></i></div><p></p><p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><i style="text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">“DESCOBRI QUE TEREI menos tempo para viver daqui pra
frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma
bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicentemente, mas percebendo
que faltavam poucas, passou a roer o caroço.</span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não
quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus
lugares, talentos e sortes.<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não
participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a
miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter
milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para
eventos de um fim de semana com propostas de abalar o milênio.<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para
discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos.
Não gosto de assembleias ordinárias em que as organizações procuram se proteger
e se perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Já não tenho tempo para administrar melindres de
pessoas que, apesar da idade cronológica, são imaturas. Não quero ver os
ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, para “tirar a
limpo”. Detesto fazer acareações de desafetos que brigam pelo majestoso cargo
de secretário do coral.<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes
gramaticais sutis, ou as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar
explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque
há um grupo que a considera herética. Gosto e ponto final! Lembrei-me de Mário
de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas rótulos”. Meu
tempo tornou-se escasso para debater rótulos.<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Já não tenho tempo para ficar explicando se estou ou
não perdendo a fé, porque admiro a poesia de Chico Buarque e de Vinícius de
Moraes; a voz de Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, de Thomas Mann,
de Ernest Hemingway e de José Lins do Rego. <o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado
de gente muito humana, que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
triunfos, não se considera eleita para a “última hora”, não foge da sua
mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar
humildemente com Deus. Caminhar perto dessa pessoas nunca será perda de tempo.”
<o:p></o:p></span></i></p><p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span></i></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 18.6667px; line-height: 107%;"><span style="color: #02234a;">O autor, </span></span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: Times;">Octávio Pessôa, é Bacharel em Direito e Jornalismo pela UFPA.
Foi locutor de rádio e escreve em jornais impressos, sites e no </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: Times;"><a href="http://blogdooctaviopessoa8.blogspot.com/">http://blogdooctaviopessoa8.blogspot.com/</a>.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: Times;"> Em 2015 editou o livro de crônicas <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Causos Amazônicos</i>, reeditado em 2018. Em
2020 publicou o romance/documentário <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Asas
de um rio- A saga dos Catalinas na Amazônia</i>. Poeta bissexto, Octávio é
imortal da Academia Maçônica de Letras do Estado do Pará e da Academia Paraense
de Jornalismo. <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><span style="color: #02234a; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p><br /><p></p>OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-17269787492723435122021-03-06T11:56:00.001-03:002021-04-05T17:09:30.683-03:00ENTRE DUAS GUERRAS<p> </p><p><br /></p><p></p><p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Helvetica","sans-serif"" style="background: white; color: black; font-size: 13pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>É sui generis a realidade
que vivemos. Duas guerras se desenvolvem simultaneamente. Guerras contraditórias
e complementares.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Helvetica","sans-serif"" style="background: white; color: black; font-size: 13pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>De um lado a guerra do
mundo da ciência contra um inimigo invisível, o Covid-19, o vírus que provocou
a maior alteração no nosso modo de viver e de interagir com a realidade, que
agora se acentua e se diversifica ante as mutações do vírus original. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Helvetica","sans-serif"" style="background: white; color: black; font-size: 13pt; line-height: 107%;">Com o surgimento do inimigo, num curto espaço de
tempo vacinas foram desenvolvidas e testadas nos países mais avançados. Com a
validação das vacinas pelas instituições acreditadas, elas passaram a ser
aplicadas de forma racional e inteligente na maioria dos países especialmente
os do primeiro mundo. E os que tinham condições de fazer e não o fizeram em
tempo por motivos inconfessáveis, como é o caso os Estados Unidos, depois tiveram
que correr atrás do prejuízo. No Brasil as vacinas foram adotadas depois de
muita relutância dos poderes decisórios, sob pressão dos cientistas e da
imprensa. Ainda assim, a adoção se deu de forma lenta e relutante, após muita
negação da validade do uso da vacina. Isto nos levou à realidade que ora
vivemos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Helvetica","sans-serif"" style="background: white; color: black; font-size: 13pt; line-height: 107%;">Nesse contexto de pandemia, médicos e paramédicos
dedicaram-se e dedicam-se a socorrer as vítimas do terrível vírus, honrando o
compromisso de consagrar a vida a serviço da humanidade, à saúde e ao bem-estar
dos pacientes. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Helvetica","sans-serif"" style="background: white; color: black; font-size: 13pt; line-height: 107%;">A luta é inglória. Esses profissionais são também
seres humanos. Sofrem os efeitos das longas jornadas, da estrutura deficiente
da maioria dos hospitais brasileiros e do natural cansaço decorrente das
condições em que trabalham. Levantamento do Conselho Nacional de Medicina, de
outubro do ano passado, revela que até então 58 profissionais haviam morrido em
São Paulo. O Estado do Pará vinha em segundo lugar com a perda de 51 discípulos
de Hipócrates e o Rio de Janeiro com 50. É certo que a esta altura, março de
2021, esses números estão defasados. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Helvetica","sans-serif"" style="background: white; color: black; font-size: 13pt; line-height: 107%;">Ainda assim, médicos e paramédicos continuam na
sua messe, deixando a família em segundo plano, muitas vezes com filhos
pequenos e pais idosos. Quase não tem mais vida social. Enfim, é uma luta sem
equilíbrio entre as partes contendoras. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Helvetica","sans-serif"" style="background: white; color: black; font-size: 13pt; line-height: 107%;">Na contramão disso, desenvolve-se uma guerra
paralela com o sinal trocado, estimulada por quem deveria defender a população.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Helvetica","sans-serif"" style="background: white; color: black; font-size: 13pt; line-height: 107%;">Em primeiro lugar pelo negacionismo leviano e renitente
que prevaleceu por largo tempo. A virose seria apenas uma gripezinha. Mediante o
afastamento do staff governamental de auxiliares sintonizados com a ciência.
Com a negação da importância do uso de máscaras em locais públicos e pelo mau
exemplo, estímulo velado ou ostensivo às turbas enfurecidas que apregoam a
desestabilização dos poderes da República. Pelo esvaziamento dos setores
sociais como Educação e Saúde, com a designação de ministros que nada entendem
dos assuntos da respectiva pasta. E altos investimentos na indústria de guerra
e facilitação da venda de armas à população, viabilizando o incremento das
milícias que já dominam extensos territórios nas capitais e grandes cidades
brasileiras. Além da formação de grupos paramilitares acionáveis num estalar de
dedos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Helvetica","sans-serif"" style="background: white; color: black; font-size: 13pt; line-height: 107%;">Esta guerra é tão perniciosa quanto a dizimação causada
pelo Coronavirus, que infelizmente vai continuar matando a população. Com uma
particularidade, agora o andar de cima da pirâmide social também está sendo
atingida, ao contrário da fase inicial em que as vítimas eram muito mais os brasileiros
das classes menos favorecidas. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span face=""Helvetica","sans-serif"" style="background: white; color: black; font-size: 13pt; line-height: 107%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Octávio Pessôa é Bacharel em Direito e Jornalismo pela UFPA.
Foi locutor de rádio e escreve em jornais impressos, sites e no </span><a href="http://blogdooctaviopessoa8.blogspot.com/"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: Times;">http://blogdooctaviopessoa8.blogspot.com/</span></a><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> Em 2015 editou o livro de crônicas <i>Causos Amazônicos</i>, reeditado em 2018. Em
2020 publicou o romance/documentário <i>Asas
de um rio- A saga dos Catalinas na Amazônia</i>. Poeta bissexto, Octávio é
imortal da Academia Maçônica de Letras do Estado do Pará e da Academia Paraense
de Jornalismo. <o:p></o:p></span></p><p></p>OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-33499830115126893172020-08-28T17:28:00.004-03:002020-08-28T18:34:43.829-03:00NÃO À TAXAÇÃO DO LIVRO<p><br /></p><p>
</p><p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Octávio Pessôa<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Os autores de livros e o mercado livreiro entram na alça de
mira do governo federal pelo Projeto de Lei 3.887/2020 que cria a
obrigatoriedade de o segmento pagar 12% a título de Contribuição Social sobre
Operações de Bens e Serviços, a CBS. A proposta legislativa fere de morte a
isenção do pagamento de impostos pelo livro, prevista no artigo 150 da
Constituição Federal atual e presente desde a carta constitucional de 1946 para
o papel utilizado na produção de livros e revistas, o que proporcionou livros
mais baratos e acesso de maior parcela da população à cultura e ao
conhecimento. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Essa
tentativa de retrocesso ocorre quando </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;">a média anual de
leitura, no Brasil, é de 4,96 livros por pessoa. Enquanto isso, os franceses
leem 21 livros por ano, los hermanos argentinos leem 5,54 e na decadente
Venezuela esse índice é de 6,64, segundo a Biblioteca Parque Villa Lobos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Para o ministro da economia, Paulo Guedes, a isenção
tributária do livro no Brasil beneficiaria apenas quem mais pode pagar impostos.
Ele argumenta que para compensar o fim da isenção, o governo poderia aumentar o
valor do atual Bolsa Família ou mesmo cogitar de um programa de doação de
livros. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A questão não é assim. A eventual aprovação da tributação de
livros é um prejuízo não apenas para o segmento da editoria, mas para todo o Brasil,
nas palavras do senador Jean Paul Prates, presidente da Frente Parlamentar
Mista em Defesa do Livro, para quem a média de leitura per capta no Brasil é
irrisória. Esclarece ainda o parlamentar, sendo em torno de 10% a média em
direitos autorais pagos a um escritor, embolsando o governo 12%, ele vai ganhar
mais que o autor. Enquanto bancos, financeiras e planos de saúde pagam apenas
5,9%. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O sugerido programa de doação de livros à camada menos
favorecida da população é questionável, para dizer o mínimo. É uma tática que
permite manipulação na escolha de conteúdo, um risco muito grande de seleção de
obras a serem beneficiadas apenas segundo o talante do governo de plantão. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O que vai na contramão do princípio que
orientou a inserção da imunidade tributária do livro na carta
constitucional brasileira– o de facilitar o acesso à cultura e garantir a
liberdade de expressão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A tentativa de acabar com a imunidade
tributária do livro no Brasil, por suas consequências danosas, está na ordem do
dia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>No manifesto Em Defesa do Livro, a Associação Brasileira de
Editores e Produtores de Conteúdo e Tecnologia Educacional (Abrelivros), a
Câmara Brasileira do Livro (CBL), o Sindicato Nacional dos Editores de Livros
(Snel) e outras entidades representativas do setor criticaram a tributação
sobre livros, evidenciando que “não será com a elevação do preço do livro –
inevitável diante da tributação inexistente até hoje – que se resolverá a
questão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>No âmbito local, li a lúcida manifestação do professor
Armando Alves Filho, doutor em História e proprietário da Editora Paka-Tatu, responsável
pela edição de parcela expressiva dos títulos atualmente produzidos no Pará, em
que ele esclarece o retrocesso para o segmento a eventual aprovação da proposta
encaminhada pelo governo para o Congresso Nacional. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Como escritor, coloco-me ao lado dos meus pares que reprovam
a tributação do livro. Sabemos todos, como disse Maurício Gomide em entrevista
à TV Senado, o mercado editorial já é muito difícil e a conta da tributação
certamente irá para o preço do livro. Espera-se assim, que essa proposta seja
barrada no Congresso Nacional. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Concluo
ratificando as palavras da colega jornalista e escritora Hulda Rode “O livro é
essencial para a humanidade: muda mundos, muda realidades e aproxima
continentes. O Imposto trará redução do acesso ao conhecimento, à cultura e à
leitura”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p><br /><p></p>OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-61332816098308642122020-04-23T11:07:00.001-03:002021-04-05T18:51:31.222-03:00Beato Salu é apenas a bola da vez. <br />
<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Quem
pensou que a derrota da trupe bolsonariana para as forças que impediram o golpe
contra as instituições democráticas brasileiras, perpetrada na semana passada significaria
seu aquietamento, enganou-se. Isso depois da pantomima da troca do ministro da
saúde em plena pandemia do Coronavirus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;">A
sobrevivência do bolsonarismo depende desses episódios planejados com detalhes
pelo que está sendo conhecido como gabinete do ódio encastelado no Palácio do
Planalto, para manter a serviço do “mito” a parcela acrítica do eleitorado
brasileiro que faz o jogo com precisão e continua endeusando o chefe. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;">O
episódio da ordem do dia é o rocambolesco discurso do funcionário de terceiro
escalão guindado a ministro das Relações Exteriores (Chanceler do Brasil),
Ernesto Araújo, ideologizando o Coronavirus que estaria a serviço do comunismo
internacional. Afirmação que não resiste à análise mais superficial que seja
por falta de substância.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Não
à toa entre os diplomatas sérios e competentes do Palácio do Itamarati, Ernesto
Araújo é conhecido como Beato Salu. Pra quem não sabe, Salu era um personagem de
uma das novelas do saudoso Dias Gomes (Roque Santeiro, se não me engano) caracterizado
como uma espécie de Antônio Conselheiro, o líder da Revolução de Canudos. Salu
em seu discurso não dizia coisa com coisa, era capaz de confundir a grande obra
do mestre Picaço com a grande pica de aço do mestre de obras. Apelido muito bem
aplicado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Preparem-se. Quando as repercussões negativas do discursóide se acentuarem e o “chanceler” proporcionar outras estultices à frente de um Ministério que já teve à frente prsonalidades do quilate de Afonso Arinos de Melo Franco, Otávio Mangabeira e Innocêncio Serzedello Corrêa e tantos outros, ele será substituído. Quem sabe por outro do mesmo naipe. A ver. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Mas com certeza a idiotice do virus a serviço do comunismo internacional não será o o último capítulo da tragicomédia operada por Salu. Outros episódios virão cada
vez mais grotescos. Aguardem. <o:p></o:p></span></div>
<br />OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-74984891786214916322020-01-30T17:52:00.002-03:002020-01-30T17:52:52.440-03:00CONSTRUINDO A MAÇONARIA DO FUTURO<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu430suQhh6iYnc7dTWoHL0IGEDxeMcoEFAWET4y7hVYbltcndy5QdeTPcs9WxYRdJTxPMk12ug1RLReYG6SAkVmLcagVd3nFzN-Ojv2OUeAbmxBsEnxJQgcyijqklVC1nrPZEoEKnKy_5/s1600/LFF53.+Posse+da+Diretoria.+29jan2020.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="1280" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu430suQhh6iYnc7dTWoHL0IGEDxeMcoEFAWET4y7hVYbltcndy5QdeTPcs9WxYRdJTxPMk12ug1RLReYG6SAkVmLcagVd3nFzN-Ojv2OUeAbmxBsEnxJQgcyijqklVC1nrPZEoEKnKy_5/s320/LFF53.+Posse+da+Diretoria.+29jan2020.jpeg" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ontem, dia 29 de janeiro de 2020, na presença do Sereníssimo
Grão Mestre da Grande Loja do Estado do Pará/Glepa, irmão Edilson Araújo, do
Past Grão Mestre José Nazareno Nogueira Lima, de outros dirigentes da Glepa e de
diversas Lojas Maçônicas, dei posse aos membros da Diretoria da Augusta e
Respeitável Loja Fênix e Fraternidade N° 53, a LFF53 como gosto de chamá-la. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Fato
que concluiu ato que se iniciara no sábado passado, dia 25, em que fui
empossado no cargo de Venerável Mestre da LFF53. Sem dúvida um momento marcante
em minha vida. Após ter dado 67 voltas em torno do Sol, fui escolhido principal
responsável pelo destino daquela Loja Maçônica. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Fiquei
muito honrado com a presença de todos os irmãos e mais ainda com a presença
feminina num evento maçônico em que as mulheres não ficaram apenas ouvindo
discursos. Elas usaram da palavra, interagiram conosco, enfim, tiveram
participação efetiva, como teve minha esposa Ana Celeste. Isso tudo sem
arranhar os princípios e fundamentos maçônicos já que se tratou de uma Sessão
Pública de Posse. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Sim.
Um momento raro na Maçonaria, mas extremamente necessário a meu ver. Com o
valoroso trabalho das mulheres os efeitos da nossa ação são maiores e mais
eficazes. Não basta apenas ser o ombro amigo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Com
gestos dessa natureza, a Grande Loja do Estado do Pará e a LFF53 concorrem para
desmistificar mitos acerca da Maçonaria. Secreta a Maçonaria foi há séculos, até
em razão de circunstâncias históricas. Discreta? Sim, até certo ponto. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Numa
era marcada pela virtualidade, em que a realidade de agora não será a mesma
daqui a pouco e em que o casamento da Inteligência Artificial com a
Bioengenharia e a Biotecnologia constrói Algorítimos que induzem alterações
permanentes sobre a realidade fazendo caducar o recente, sobreviverão as
instituições que se adequarem ao futuro, penso eu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Há
muito o que fazer. Por isso ainda candidato, defini como meta de gestão a
implantação do Planejamento Estratégico na LFF53, estratégia desenvolvida coletivamente
para ser eficaz cujo produto final, o Plano Estratégico, que passa a orientar não
só a gestão que o criou, torna-se o Instrumento de Gestão da Loja, um norte
para as próximas diretorias. Numa linguagem política, o Plano Estratégico não é
um plano de governo mas um plano de Estado. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Cabe-me
agora liderar esse processo de aperfeiçoamento da nossa LFF53 com a ajuda de
todos os irmãos e em sintonia com o Sereníssimo Grão-Mestre Edilson Araújo, colocando
em prática medida sugerida na última Conferência da Maçonaria Simbólica do
Brasil/CMSB, realizada em Brasília, em julho de 2019. Dessa forma nos ombreamos
com Lojas Maçônicas do Brasil que já fizeram seu Planejamento Estratégico, a
exemplo da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Alferes Tiradentes, N° 20, do
Oriente de Florianópolis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">E
com as mulheres ao nosso lado, tenho certeza, as coisas fluirão mais facilmente
na construção do nosso Plano Estratégico e as metas definidas serão
implementadas com mais segurança. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Por
esse caminho a LFF53 cumprirá a missão histórica da Maçonaria Universal de ser
uma verdadeira escola de homens livres e de bons costumes, em constante aprimoramento
em prol do bem estar da humanidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy5yolCb8lfojbgUCHXEZmZKoCuCWKx74hDelKTxox3ABvYeHB2gpKnliCDiBgOf4dvjKuqH-nzllTUG0xBxswK6ab-r1S5yu9UhQoMnv8jxLaiXBOxv4l_WTyBFxrfZHC_0q2CG5W75DV/s1600/WhatsApp+Image+2020-01-29+at+22.43.54.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="1280" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy5yolCb8lfojbgUCHXEZmZKoCuCWKx74hDelKTxox3ABvYeHB2gpKnliCDiBgOf4dvjKuqH-nzllTUG0xBxswK6ab-r1S5yu9UhQoMnv8jxLaiXBOxv4l_WTyBFxrfZHC_0q2CG5W75DV/s320/WhatsApp+Image+2020-01-29+at+22.43.54.jpeg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-74155525159422107852019-09-01T20:06:00.000-03:002020-03-02T13:03:37.837-03:00À NETA QUE VAI NASCER<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Giulia Maria,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Ainda habitavas o ventre materno quando escrevi
essa carta para ti. Foi durante o teu Brunch de Fraldas, no dia primeiro de
setembro de dois mil e dezenove. Ali mesmo em meio aos familiares e convidados,
eu senti uma vontade irrefreável de escrevê-la. Sem constrangimento anotei as
ideias e comecei a digitá-la em meu celular.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A música, um
repertório de qualidade na altura exata a permitir o diálogo entre presentes,
proporcionou-me também oportunidade de reflexão sobre o significado e a beleza
daquele momento. Tudo me estimulava a realizar o meu propósito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYcBI0KXzzJFXQWHSf2vzPDFyqukmmt101K-mv5wocFMhbHpHuDoo0s4kLAZCQ2N4kLZZiC49o7ZlaO5p31Vy0L06niw2FjR1l4_ez-0CjRLLIEx99QpnXMrfEoA4yUytCf2VoOthXcRx6/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="853" data-original-width="1280" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYcBI0KXzzJFXQWHSf2vzPDFyqukmmt101K-mv5wocFMhbHpHuDoo0s4kLAZCQ2N4kLZZiC49o7ZlaO5p31Vy0L06niw2FjR1l4_ez-0CjRLLIEx99QpnXMrfEoA4yUytCf2VoOthXcRx6/s320/2.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Parentes e amigos confraternizavam a
expectativa da tua chegada, degustando saborosas comidas num ambiente bela e
sobriamente decorado. O clima era de festa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Havia sim muita
emoção. Especialmente nos mais avançados no tempo, no outono na Vida como eu
gosto de dizer. Ali estavam teus bisavós paternos Haroldo e Arlene mais
Felizberto e Liege e teus avós Camilo e Cassie. Também presentes estávamos nós,
teus avós maternos, Octavio e Celeste. Além de tios, primos e amigos, muitos
amigos a festejar tua breve chegada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Mas agora, Giulia Maria, só entre nós dois, é<span style="background: white;">s a garantia da minha continuidade. Certamente outros meus
netos virão. Teus irmãos e teus primos, mas serás sempre a primeira neta, como
és a primeira bisneta. Parabéns minha querida. <o:p></o:p></span></span><br />
<span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="background: white;"><br /></span></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhLbLiq8aoekZJHn5WUSDifSE2Z-H3W6m03BX-DQpKSPOLfJViAImwn-KApyffq1dSxlecGrvhedL3yoCvkxZBJOdVo48Hbczo_81RKj-yUMK8mSAhwoT3NAgPGHbCcnjqn6KZzVSeeG_W/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="853" data-original-width="1280" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhLbLiq8aoekZJHn5WUSDifSE2Z-H3W6m03BX-DQpKSPOLfJViAImwn-KApyffq1dSxlecGrvhedL3yoCvkxZBJOdVo48Hbczo_81RKj-yUMK8mSAhwoT3NAgPGHbCcnjqn6KZzVSeeG_W/s320/3.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="background: white;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="background: white;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Eu estudei o significado do teu nome e aprendi que
Giulia Maria é “Jovem Senhora Soberana”. Que charme minha neta! E realmente,
Maria o complemento do teu nome é o nome da Senhora Mãe de Deus, indiscutivelmente
Soberana. Que felicidade. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Desde quando eu soube que estavas concebida, embora
em minha discrição eu procure disfarçar, entrei em estado de graça e em
permanente ansiedade pela tua chegada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Estou louco pra te conhecer, querida netinha. E
enquanto Deus me permitir, quero te carregar nos braços, te ver crescer e te
dedicar todo meu carinho e amor. Amor de avô que dizem ser pai com açúcar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Te aguardo. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-13157778265740563382019-08-30T17:27:00.000-03:002019-08-30T17:27:17.126-03:00O MEU MAFUÁ DO MALUNGO<br />
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">O
“culpado” por essa crônica é o meu colega jornalista Elias Ribeiro Pinto, que
me introduziu na literatura de Haroldo Maranhão. Sim, eu conhecia Haroldo por saber
de sua obra, mas nunca havia lido uma delas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">No
embalo da leitura da coluna literária do Elias, fui na abertura da Feira
Pan-Amazônica do Livro e Multivozes e me dirigi diretamente ao estande da Imprensa
Oficial do Estado do Pará, onde comprei o livro Flauta de Bambu, do Haroldo
Maranhão, reeditado pela IOEPA e prefaciado por Elias, um lutador pela preservação
da literatura amazônica e O Último dos Moicanos da crítica literária no
jornalismo brasileiro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Leitor
voraz, ali mesmo na Feira comecei a me deliciar com a obra haroldiana. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dentre
tantas primorosas chamaram-me atenção especialmente duas crônicas que se
completam aliás um estilo do autor, inaugurar um assunto numa crônica e dar-lhe
continuidade na subsequente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Pois
bem, nessas duas crônicas o autor narra o sumiço de um livro que ele tanto
prezava. Até por conter autógrafo do autor, um poeta de renome
nacional e internacional que Haroldo admirava a ponto de visitá-lo sempre que
ia ao Rio de Janeiro. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Foi
esquecimento, furto de uso, má fé, apropriação indébita ou tudo isso junto? O
leitor decidirá quando saborear o Flauta de Bambu. Só que depois de anos Haroldo,
usando inteligente estratégia, conseguiu tê-lo de volta.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A estratégia? você saberá ao ler o livro. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> Esse fato narrado por Haroldo Maranhão acendeu em mim uma terna
saudade. Fez-me lembrar situação semelhante que eu vivi e ainda vivo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Foi
nos anos 80. Vivia-se no Brasil o processo e abertura política e o prenúncio do
fim da ditadura de 64. Então, os jornalistas Raymundo Pereira e Mino Carta
lançaram uma série de fascículos a que deram o título de Retrato do Brasil. Nesses
fascículos, a História do Brasil foi narrada à luz do materialismo histórico desde
o Império até aquele precioso momento da redemocratização do país que eu ainda
jovem como tantos outros, vivi e participei. (Pena que as conquistas alcançadas
correm sério risco de irem para a lixeira da História, na presente quadra da
vida nacional). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Mas sim, desde a leitura do projeto do Retrato do Brasil eu
compreendi o quanto ele ia ser interessante especialmente como fonte de
pesquisa nos tempos futuros. Por isso, toda semana eu ia até a banca de revista
próxima ao meu local de trabalho, adquiria o meu fascículo, lia avidamente e
guardava com todo carinho. Suprema glória pra mim foi quando concluídos os
capítulos, eu recebi as capas duras para os textos, para as entrevistas com
quase todas as figuras da política e economia brasileiras que concorreram para o
processo de abertura do regime. Esse volume das entrevistas era de menor tamanho.
E além disso havia o box para guardar os gráficos de demonstrações estatísticas
dos assuntos tratados. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Retrato
do Brasil era a obra de maior valor histórico e afetivo de minha biblioteca pessoal.
Só que a minha boa vontade de ajudar levou-me a emprestar ora para um ora para
outro, às vezes um volume, outras vezes a coleção toda. Lembro-me muito bem de
uma aluna da UFPA, salvo engano do curso de Ciência Política, que ao
devolver-me os volumes, emocionada me disse que a nota máxima que alcançara devia-se
muito à leitura daquela obra. Outras vezes emprestei o meu tesouro e devo
dizer que, a essa época, era um verdadeiro entra e sai de pessoas no meu escritório.
O fato é que um belo dia me deparei com a ausência da minha amada coleção.
Ainda cheguei a perguntar a algumas pessoas mas todas me responderam não estar
com elas. Com muita pena me resignei a não mais ver aquela que foi a obra mais cara.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Pois é. A leitura das crônicas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">História do Meu Mafuá</b> e a seguinte <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O “Mafuá do Malungo”</b>, de Haroldo Maranhão, no gostosíssimo livro
Flauta de Bambu me trouxeram à mente esse fato triste da minha vida de
eterno aprendiz. Aí eu fico pensando será que terei a mesma sorte que teve
Haroldo com sua estratégia, usando os recursos da época? Bom, os tempos são
outros, os recursos de comunicação incomparavelmente mais eficientes e eficazes.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">O
resto é com você que tomou emprestado minha coleção e esqueceu de devolver. Devolva-me
mesmo com esse não pequeno atraso e faça um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">seminovo</i>
rsrsrs feliz. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-64176242831296357202019-07-16T16:25:00.001-03:002020-04-17T12:36:08.370-03:00A MAÇONARIA E SEU PADROEIRO, OS SOLSTÍCIOS E A RELIGIOSIDADE CRISTÃ<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Nas sindicância para a admissão de um
novo irmão maçom, é comum a gente ouvir especialmente das futuras cunhadas, as esposas dos irmãos maçons, perguntas estranhas acerca da Maçonaria. É verdade que existe um bode preto
cultuado pelos maçons? Nós esclarecemos tratar-se de uma lenda criada deliberadamente
para prejudicar a Ordem Maçônica. Outra pergunta frequente é sobre a postura da
Maçonaria ante as religiões. Elas se surpreendem ao saber que só o ateu,
aquele que não crê em Deus, não pode ser maçom. O requisito para o homem ser
maçom é que ele creia em Deus e professe uma fé. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Isso porque a Maçonaria existe desde
tempos imemoriais e a cada época ela adota práticas <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e ritualísticas como as religiões o fazem. Assim,
na essência, a Maçonaria guarda semelhança com as grandes religiões, mesmo
sendo ela uma ordem laica. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Atualmente no mundo ocidental, a
Maçonaria tem tudo a ver com o Cristianismo. Ela também tem um Padroeiro que é
invocado na abertura e no encerramento dos trabalhos de uma Loja Maçônica Justa
e Perfeita. Esse padroeiro é São João. Qual seria esse São João? Em resposta a
essa questão surgem pelo menos quatro respostas: São João da Escócia, São João
Esmoler ou de Jerusalém, São João Batista e São João Evangelista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Buscando tirar essa dúvida na literatura
maçônica, inclusive na internet, deparamo-nos inicialmente com a informação
do irmão Guilherme Cândido, que não menciona sua Loja Maçônica e o seu Oriente.
Ele informa que o padroeiro da Maçonaria seria São João da Escócia, isso porque
nos rituais dos primórdios do Rito Escocês Antigo e Aceito, rito seguido na
maioria das Lojas vinculadas à Grande Loja Maçônica do Estado do Pará, invocava-se
São João da Escócia. Ressalta ainda não haver evidência da real
existência de São João da Escócia. Diz ele que o único santo de origem escocesa com o
nome João, oficialmente registrado nos anais da Igreja Católica é o mártir São João
Ogilvie que convertido ao catolicismo aos 17 anos, participou de diversas
instituições educativas, juntou-se aos jesuítas em 1597 e foi ordenado
sacerdote, em 1610, quando o catolicismo sofria uma grande perseguição.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>João Ogilvie morreu
na forca por ser leal ao Papa e não reconhecer supremacia, em assuntos
espirituais, ao soberano do Reino Unido, de que a Escócia faz parte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Outro São João que poderia ser o Patrono
da Maçonaria, segundo irmão Tiago Oliveira de Castilho, da ARL Sir Alexander
Fleming, do Oriente de Porto Alegre, é São João de Jerusalém também conhecido
como São João Esmoler. Os valores que ele praticava o credenciam. Ela era um
príncipe do reinado de Chipre afeito à benevolência, à ponderação e à
tolerância. Homem casado, após perder a esposa e dois filhos, passou a
dedicar-se integralmente ao amor ao próximo e à caridade. Assumiu o sacerdócio e
entrou para a Ordem Beneditina. Ele apaziguava brigas, arbitrava disputas, dava
conselhos, ouvia as reclamações dos necessitados, procurava corrigir os erros e
neutralizar o ódio que prejudicava as pessoas. Ninguém para ele era
insignificante que não merecesse sua atenção. Ele desarmava os inimigos usando
sua humildade e às vezes ajoelhava-se aos pés dos contendores rogando o
recíproco perdão. João tinha uma predileção especial pelos visitantes que iam à
Terra Santa em visita ao Santo Sepulcro e os ajudava em tudo o que podia. Por
sua messe, no século VII João foi canonizado, com o nome São João de Jerusalém,
ou São João Esmoler. Sua postura coincidente com os ideais maçônicos, poderia ele ser o Patrono da Maçonaria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Para a corrente maçônica mais expressiva
e influenciada pela Igreja Católica, são padroeiros da Maçonaria São João
Batista e São João Evangelista, em razão da data comemorativa desses santos ser
próxima do Solstícios de Verão e do Solstício de Inverno. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Solstícios são fenômenos da natureza que
tem um forte componente esotérico e a Maçonaria tem também um componente esotérico. O Solstício
ocorre quando a terra, que descreve uma órbita elíptica em torno do sol,
alcança o afélio, nome dado ao ponto mais distante em relação ao Sol no movimento
de translação que o nosso planeta realiza em torno do astro-rei. Nos solstícios,
o globo terrestre sofre os efeitos máximos da inclinação de 23 graus e 27
minutos de seu eixo de rotação em relação ao eixo do movimento de translação em
torno do sol, o que explica as estações extremas, o Verão e o Inverno.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Quando o Sol está em sua posição mais
boreal, ou seja, ao Norte, é Solstício de Verão no hemisfério norte, o que
ocorre no dia 21 de junho, sendo o dia mais longo do ano. Consequentemente,
nesse dia do outro lado do planeta, no hemisfério sul, ocorre Solstício de
Inverno com a noite mais longa do ano. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Já no 21 de dezembro, o Sol está em sua
posição mais austral, isto é, ao Sul. Aí ocorre o fenômeno inverso. No
hemisfério sul ocorre o Solstício de Verão com o dia mais longo e no hemisfério
norte, o Solstício de Inverno com a noite mais longa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Qual
o nexo dessas informações científicas com o assunto Santo Padroeiro da
Maçonaria? Tudo a ver. Qual a data comemorativa de São João Batista? Dia 24 de
junho. E a de São João Evangelista? 27 de dezembro. Ambas as datas são próximas
à data dos Solstícios, fenômenos que tem significados importantíssimos para a
Humanidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Antes de aprofundarmos esses
significados, uma breve menção ao equinócio que é o fenômeno oposto e complementar aos
Solstícios. O equinócio se dá quando a terra está no periélio, que é o ponto
mais próximo da terra em relação ao sol. No equinócio as noites são exatamente
iguais nos dois hemisférios da terra, justificando o termo equinócio que vem do
latim <i style="mso-bidi-font-style: normal;">aequinotio</i> e significa noites
iguais. Quando num hemisfério é o equinócio de Primavera, no outro é o de
Outono. E vice-versa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Retornando aos Solstícios. Na extensa e
profunda obra de José Castellani, nome que dispensa apresentação no mundo
maçônico, aquele médico, escritor e historiador evidencia os vínculos entre os
Solstícios, a Maçonaria contemporânea e o Cristianismo. A primeira observação
dele é quanto à época do ano em que as maiores autoridades maçônicas, os Grãos
Mestres das Grandes Lojas e os Veneráveis Mestres das Lojas Simbólicas, são
empossadas. Essas cerimônias de posse ocorrem sempre no Solstício de Verão ou
em data próxima a esse momento ímpar do calendário astrológico de profunda
importância religiosa e esotérica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Registra Castellani que o homem
primitivo distinguia duas épocas, uma de frio e uma de calor, o que lhe permitia
trabalhar a terra de forma mais propícia e produtiva. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em função dos Solstícios surgiram os cultos
solares, com o Sol sendo proclamado o Rei dos Céus por ser fonte de luz e calor,
daí exercer influência marcante sobre todas as religiões e crenças posteriores.
E desde as antigas civilizações, o homem imaginou os Solstícios como aberturas
opostas do céu, como portas, por onde o Sol entrava e por onde ele saía. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt;">O fenômeno dos
Solstícios e seus efeitos personificou, na cultura romana, o deus Janus. Aquele
que tinha duas faces simetricamente opostas, uma olhando permanentemente para o
passado e a outra olhando sempre para o futuro, graças à marcha pendular do Sol
entre o trópico de Câncer, no Hemisfério Norte e o trópico de Capricórnio, no
Hemisfério Sul. O nome desse Deus romano é emblemático. Ele deriva de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">janua</i>, palavra latina que significa
porta, razão por que ele era também conhecido como Janitur, ou seja, porteiro, daí
que era representado com um molho de chaves na mão, significando o guardião das
portas do céu. Pela tradição cristã, a alegoria de Janus foi personificada em São
Pedro, o Porteiro do Paraíso, só que sem qualquer relação com o Solstício. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt;">O Solstício do
trópico de Câncer, 21 de junho, é considerado o Solstício da Esperança e lembra
São João Batista. Refere-se à porta que as almas mortais atravessam, a Porta
dos Homens. O Solstício do trópico de Capricórnio alude a João Evangelista que é
reverenciado em 27 de dezembro. É o Solstício do Reconhecimento, a porta
atravessada pelas almas imortais, que é considerada a Porta dos Deuses. Para os
antigos egípcios, o Solstício de Câncer era consagrado ao deus Anúbis e os
gregos o atribuíam ao deus Hermes. Anúbis e Hermes são, na mitologia desses
povos, os encarregados de conduzir as almas ao mundo extraterreno.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt;">O simbolismo
cristão vai ao encontro, ou seja, no mesmo sentido dessa interpretação
mitológica. Para a Maçonaria, as festas solsticiais são em última análise, as
festas de São João Batista e de São João Evangelista. Essa visão guarda forte
relação com o deus romano Janus e suas duas faces – o futuro que deve ser construído
e o passado de que se deve tirar lições. Na visão simbólica, no fim de cada ano
e começo de um a Ano Novo, o passado e o futuro realizam uma transição marcado
pelo nascimento de Cristo. O João Batista anuncia a vinda de Jesus e João
Evangelista propaga a sua palavra. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt;">A semelhança
entre as palavras Janus e Joannes – João em hebraico, Ieho-hannam , que
significa graça de Deus – facilitou a troca do Janus pagão pelo João cristão, substituindo
uma tradição pagã que se chocava com o cristianismo. E assim os dois São João,
o Batista e o Evangelista, foram associados aos Solstícios, o de Verão e o de
Inverno, e presidem as festas solsticiais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt;">Outro dado interessante
evidenciado por Catellani é a configuração da constelação de Câncer. As duas
estrelas principais se chamam Aselos – do latim Asellus diminutivo de Asinus,
ou seja, jumento, burrico. Na tradição hebraica, as duas estrelas se chamam Haiot
Nakodish que significa animais de santidade. E são designados pelas duas
primeiras letras do alfabeto hebraico, Aleph e Beth, correspondentes ao asno e
ao boi. Diante delas, há um pequeno conglomerado de estrelas denominado, em
latim, Praesepe, que significa presépio, estrebaria, curral, manjedoura. Como
nasceu Jesus Cristo? Ele nasceu em 25 de dezembro sob o signo de Capricórnio,
durante o solstício de inverno, sendo colocado em uma manjedoura, entre um asno
e um boi. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt;">É importante que
se diga que essa data de nascimento de Cristo é puramente simbólica. Para os primeiros
cristãos, Jesus teria nascido em julho, sob o signo de Câncer, quando os dias
são mais longos no hemisfério Norte. O sentido cristão, no plano simbólico,
aborda a Porta dos Homens, ou seja, o Cristo ser humano. Mas Jesus é o ungido,
o Messias, o Cristo, na teologia cristã, sendo o polo complementar, a Porta de
Deus, sob o signo de Capricórnio. Torna-se assim, compreensível a dualidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt;">Um elemento material
e um religioso influíram na determinação da data de 25 de dezembro. O material
refere-se ao hábito do primeiros cristãos de festejar o nascimento de Jesus
Cristo enquanto os romanos festejavam o deus Baco. Entregues aos folguedos e
orgias, os romanos reduziam a carga de perseguições aos cristãos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O
aspecto religioso da determinação da data 25 de dezembro remonta ao Mitraísmo,
religião de mistérios surgida na Índia que se difundiu pela Pérsia e chegou ao
Médio Oriente, espalhando-se pelo império romano nos séculos seguintes, face à
forte adesão de seus soldados ao Mitraísmo, termo que vem de Mitra, <span style="background: white; color: #222222;">uma divindade indo-iraniana que remonta
ao segundo milênio a.C. Consta que o imperador romano Teodósio I proibiu a
prática dessa religião, no final do terceiro sécuolo da era cristã. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Os adeptos do Mitraismo reuniam-se na
noite de 24 para 25 de dezembro, a mais longa e mais fria do ano, numa
festividade chamada Natalis Invicti Solis, que significa nascimento do Sol
triunfante. Durante toda a fria noite eles ficavam fazendo oferendas e preces
pela volta da luz e do calor do Sol que era comparado ao deus Mitra. O
cristianismo, ao fixar essa data para o nascimento de Jesus, identificou-o como
a Luz do Mundo, a luz que surge depois das prolongadas trevas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt;">Há muito mais
aspectos simbólicos na temática dos padroeiros da Maçonaria e nos Solstícios. Uma
no entanto se evidencia, a de que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">na
dualidade está o princípio da vida</i>. Diante de Câncer e de Capricórnio, dos
dias mais longos do verão e dos mais curtos do inverno, do São João do inverno
com as trevas e a Porta de Deus e do São João do verão com a luz e a Porta dos
Homens, o Natal de Cristo e os Solstícios são oportunidades de reflexão sobre o
passado e de prospecção acerca do futuro, a exemplo do deus Janus. Momento de
olharmos, do ponto em que estamos, o que temos sido e o que pretendemos do
futuro. Não à toa nas festas de fim/início de ano desejamos o que? Feliz Natal
e um Bom Ano Novo. Esses votos adquirem maior significado quando se tem a exata
dimensão dos Solstícios e do<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nascimento de Cristo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt;">Octavio Pessoa –
Mestre Maçom da Loja Fênix e Fraternidade 53, da Grande Loja Maçônica do Estado
do Pará e membro efetivo da Academia Maçônica de Letras do Estado do Pará.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-85779045370176427132019-06-05T17:08:00.000-03:002019-06-06T20:28:16.727-03:00<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq2JSKUZMPGkBKRhswJIOOjou1NeKux5KMcV7UTbF1MQCxyx9zp39TM-QDfUyvbETPIC5lgCVMZ6TmXo4Tu7a2oSKnTQNES0LHc2Vb_6aonOcThxd8IiWUebWn8qyvwxaOcUugKp-OtPwb/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="121" data-original-width="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq2JSKUZMPGkBKRhswJIOOjou1NeKux5KMcV7UTbF1MQCxyx9zp39TM-QDfUyvbETPIC5lgCVMZ6TmXo4Tu7a2oSKnTQNES0LHc2Vb_6aonOcThxd8IiWUebWn8qyvwxaOcUugKp-OtPwb/s1600/download.jpg" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br />
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
NO
DIA INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE BELÉM NADA TEVE A FESTEJAR. <o:p></o:p></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
5
de Junho – Dia Internacional do Meio Ambiente. Nesse dia o belenense nada teve
a comemorar, este ano. Sua cidade ainda convivia com os efeitos da avalanche de lixo
a que foi submetida.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
A
causa do episódio não é "privilégio" da capital paraense, é uma
questão que vai muito além. E dada a forma como o assunto vem sendo
tratado no Brasil, as expectativas são preocupantes.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Às
vésperas daquele dia, retornando de uma longa viagem ao exterior, deparei-me com uma Belém “inundada” no
lixo. Diante da situação que encontrei esta que eu adotei como minha
segunda cidade natal, procurei conhecer com a profundidade possível o que levou
Belém àquela situação. Conhecidos os fatos, pesquisei e estudei a legislação
sobre o assunto. É isso que compartilho agora com o amigo leitor, inclusive
afinal, minhas reflexões e conclusões. <o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
A empresa Guamá Tratamento de Resíduos, que há aproximadamente quatro anos
recolhe as 1.300 toneladas de resíduos sólidos geradas diariamente nos
municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, e as descarrega no Aterro de
Marituba para o devido tratamento, pleiteou junto à Prefeitura de Belém aumento
do valor da tonelada de resíduos para R$ 90,46, a fim de continuar os serviços.
A PMB ofereceu R$ 80,00. Como forma de pressão, a empresa suspendeu a coleta de
lixo de Belém. Ante impasse, a PMB pediu tutela de emergência junto à 1ª. Vara
Cível e Empresarial da Comarca de Marituba. Não houve acordo para manter em
funcionamento o aterro de Marituba até a definição de outra área com licença
ambiental para a finalidade. O caos se estabeleceu com a suspensão da coleta de
lixo em Belém. A Prefeitura de Belém recorreu ao TJE, tendo o desembargador
Luiz Gonzaga da Costa Neto decidido liminarmente pela continuidade da coleta do
lixo da capital e descarga dos resíduos no Aterro de Marituba por mais quatro
meses. Proibiu ainda a retomada do uso do Lixão do Aurá, em Ananindeua, como
depósito de lixo. O magistrado definiu o valor de R$ 85,00 para o preço da
tonelada do lixo de Belém, meio termo entre o valor proposto pela Prefeitura de
Belém e o pleiteado pela Empresa e ofereceu prazo para a empresa tomar as
medidas necessárias ao “alteamento do maciço com o devido acompanhamento e
fiscalização do órgão estatal competente e do Ministério Público, sem prejuízo
da possibilidade da expansão uma vez havendo condições de segurança e técnica
para tanto”. <o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Ante a manifestação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
no sentido da liberação do Aterro de Marituba para continuar recebendo os
resíduos sólidos, o desembargador Luiz Gonzaga determinou que a empresa faça,
nos termos da Resolução 358/2005 do CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente
e do Termo de Ajustamento de Conduta/ TAC assumido junto ao Ministério Público
Estadual, o tratamento dos resíduos gerados. E também, que o município de Belém
elabore, o quanto antes, um Plano de Gerenciamento do Resíduo Sólido para a
cidade e o Estado do Pará por meio de sua Secretaria de Meio Ambiente analise
com a maior brevidade as licenças ambientais solicitadas pela empresa Guamá
Tratamento de Resíduos e “busque a
solução definitiva para o problema, posto que não é aceitável que a coletividade possa vir a ser penalizada
com, literalmente, a proliferação de uma situação degradante em termos de saúde
pública. <o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
A Empresa prestadora de serviços prometeu
recorrer da decisão judicial e esclareceu ao público pela imprensa,
que investiu na implantação do primeiro aterro sanitário de grande porte da
Amazônia e diante da emergência quando do início de suas atividades, agilizou
providências no menor tempo que pode e aceitou temporariamente por seis meses um preço excepcional, para que os
municípios pudessem adequar seus orçamentos. Só que o valor provisório,
insuficiente para suprir os custos do aterro sanitário segundo a empresa, nunca foi readequado e é insuficiente para suprir os
custos do aterro sanitário.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Três
anos depois, é ainda a empresa que afirma, em novembro de 2018, com seis meses de antecedência, a
Guamá informou às autoridades que encerraria o recebimento dos resíduos de
Belém, Ananindeua e Marituba, em razão de insegurança jurídica por falta de contrato com os municípios, licença de ampliação pendente,
esgotamento da capacidade técnica e inviabilidade financeira para novos investimentos. Acrescendo
que a empresa sempre compartilhou
da missão de contribuir com uma solução, para evitar uma crise na gestão dos de resíduos nos
municípios, reafirmado sua responsabilidade
e empenho nos diálogos para equacionar os desafios, mas diz a Guamá,
os municípios legitimaram sua inércia amparando-se numa ação judicial que
determinou a continuidade das operações do aterro, sem uma solução definitiva
para a questão.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
A decisão judicial provocou a ira dos
moradores de Marituba que passaram a bloquear a rodovia BR-316 e a impedir o
acesso de caminhões de lixo ao aterro, cobrando o fim do funcionamento do
aterro sanitário.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Enquanto as Prefeituras Municipais se
omitem nas obrigações decorrentes da Política Nacional dos Resíduos Sólidos e seus
dirigentes digladiam entre si sugerindo soluções estapafúrdias, o povo pagador dos impostos que
sustentam o funcionamento das máquinas político-administrativas municipais sofre.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Em linhas gerais esse é o resumo dessa
ópera triste, lamentável e por que não dizer mal cheirosa, decorrente do
sistemático descumprimento de suas responsabilidades pelos ditos homens
públicos. E o que está em jogo é a Política Nacional de Resíduos
Sólidos que até aqui é letra morta na maioria dos municípios brasileiros. A compreensão
dessa Política pressupõe o conhecimento da Lei 12.305, de 24 de agosto de
2010, que foi discutida por quase duas décadas em foros especializados e
no Congresso Nacional. Essa lei, que foi regulamentada pelo Decreto 7.404, de
22 de dezembro daquele ano (2010), dispõe sobre como os rejeitos sólidos seriam
tratados em nosso país. Em linhas gerais preconizou a extinção dos lixões com a
substituição por aterros sanitários, além da implantação do reuso, reciclagem,
compostagem e tratamento do lixo, a coleta seletiva e regularização dos
catadores de lixo, nos municípios, dando prazo de quatro anos para os aentes públicos a ela se
adequassem. Posteriormente esse prazo foi escalonado em função do perfil dos entes federativos. O prazo
estabelecido, na última alteração, definiu para as capitais e municípios de regiões metropolitanas, até 31 de julho de
2018. Municípios de fronteira e os com mais de 100 mil habitantes, pelos
cálculos do Censo de 2010 do IBGE, até 31 de julho de 2019. Aqueles entre 50
mil e 100 mil habitantes, até 31 de julho deste ano de 2020. E os com menos de
50 mil habitantes até 31 de julho de 2021.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
A política brasileira de resíduos sólidos é embasada
fundamentalmente na Lei 12.305/2010 e no Decreto 7.404/2010 e em normativos deles
decorrentes prioriza a redução do volume de resíduos gerados, por meio da ampliação
da reciclagem, com a adoção de mecanismos de coleta
seletiva e inclusão social de catadores, bem como do reuso
de resíduos, da compostagem, tratamento do chorume e queima
do gás metano, tendo como consequência a extinção dos
lixões, dando eles lugar a aterros sanitários para
receberem apenas dejetos, que é aquilo que em última
instância não pode ser aproveitado, sendo os aterros forrados com material
impermeável para evitar a contaminação do solo.<span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
A
realidade é que desde um ano atrás Belém está em débito com a obrigação de
resolver a questão dos rejeitos sólidos de forma adequada. O remendo que até
aqui foi adotado, a utilização dos serviços de uma empresa sem contratação
formal e prorrogados mediante decisão judicial, está esgarçado e a exigir uma
solução em consonância com a Política de Resíduos Sólidos.<span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Além disso, um
fato agravante está na iminência de acontecer. Trata-se da previsível
extinção do Conama, no próximo dia 28 deste mês de junho de 2019, em razão do
Decreto 9.759, de 11 de abril deste ano, com que o governo federal “brindou” o povo brasileiro. O
artigo 5º. desse normativo legal estabelece que a partir de 28 de junho deste
ano ficam extintos os colegiados da administração pública federal, excetuando
no parágrafo único desse artigo 5º. unicamente os colegiados previstos no
regimento interno ou no estatuto de instituição federal de ensino e os
colegiados criados a partir de 1º. de janeiro deste ano. <span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
O Conama, Conselho Nacional do Meio Ambiente, <span style="background: white; color: #4c4c4c; font-family: "" serif "" , "serif";">criado em
1982 pela </span><span style="font-size: 13.5pt;"><a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938compilada.htm"><span style="background: white; color: black; font-family: "" serif "" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Lei n º 6.938/81</span></a></span><span style="background: white; color: #4c4c4c; font-family: "" serif "" , "serif";"> – que estabelece a Política Nacional do
Meio Ambiente, é órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA. Em outras palavras, o CONAMA existe para assessorar,
estudar e propor ao Governo, as linhas de direção que devem tomar as políticas
governamentais para a exploração e preservação do meio ambiente e dos recursos
naturais. Além disso, também cabe àquele colegiado, dentro de sua competência,
criar normas e determinar padrões compatíveis com o meio ambiente
ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida.</span> Detalhe, o Conama é
presidido pelo Ministro do Meio Ambiente. Sem o apoio de um
colegiado comprometido com a causa do meio ambiente com quem se socorrerão os
municípios brasileiros nas questões dessa natureza? A questão é grave.<span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">
A verdade é que os mais diversos tipos de </span>lixo são produzidos em todos os lugares, em maior ou menor
quantidade. Os países amadurecidos, ante a gravidade do problema, adotam
medidas eficazes voltadas para a menor produção de resíduos sólidos, adotando
medidas como as que comentamos. Infelizmente a realidade
brasileira é na contramão da postura desses países. Temos talvez uma das
melhores políticas de resíduos sólidos, mas ela não é colocada em prática. Uma justificativa
usada com frequência é o alto custo de implementação das medidas. De fato o
custo de implementação de uma política de resíduos sólidos não é reduzido. E
fator crucial é a própria educação do povo, para que cada um cumpra a sua parte.
Mas o lixo e seus efeitos estão à frente de todos nós. Enquanto não o encararmos
jamais seremos um povo desenvolvido. É um assunto que diz respeito ao cidadão,
aos municípios, aos estados e ao país. E o instrumento que cada um de nós tem é
o nosso voto, competindo a nós questionarmos os candidatos, seja da esfera municipal, estadual ou federal, quanto à sua visão a
respeito da Política de Resíduos Sólidos e o seu nível de comprometimento com a causa.</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></div>
OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-33906689027741366572019-05-14T12:21:00.000-03:002019-05-14T14:15:54.519-03:00UMA ENRIQUECEDORA POLÊMICA<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
Octavio Pessoa<o:p></o:p></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Foi há uns dois meses. Instaurou-se um diálogo muito
interessante aqui neste espaço entre confrades acadêmicos, acerca de um assunto
literário que envolveu também conhecimentos musicais. Registrei os pontos
principais, mas as demandas do dia-a-dia me impediram de colocar no papel, mais
precisamente no computador, as observações que me ocorreram. Agora, longe de
Belém e com tempo disponível, retorno ao assunto. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Começou com o confrade Aissar pondo em pauta a pedra
preciosa oferecida pelo professor Eduardo Affonso “de nosso garimpo vernacular”,
diz aquele acadêmico da Amalep. Nesse texto afirma Eduardo que há dois tipos de
palavras: as proparoxítonas e o resto, sendo as proparoxítonas o ápice da
cadeia alimentar do léxico, estando elas para as outras palavras assim como os
mamíferos para os artrópodes. Afirma ele que as palavras mais pernósticas são
sempre proparoxítonas. “Das mais lânguidas às mais lúgubres. Das anônimas às
célebres”. E acrescenta, se o idioma fosse um espetáculo, as proparoxítonas permaneceriam
longe do público, fingindo que fogem dos fotógrafos e se achando o máximo. Para
pronunciá-las, há que ter ânimo, falar com ímpeto e despóticas exigem ainda acento
na sílaba tônica! Sob qualquer ângulo, a proparoxítona tem mais crédito. É
inequívoca a diferença entre o arruaceiro e o vândalo. O inclinado e o íngreme.
O irregular e o áspero. O grosso e o ríspido. O brejo e o pântano. O quieto e o
tímido. Uma coisa é estar na ponta, outra é estar no vértice, assim como estar
no topo e estar no ápice. Uma coisa é ser fedido, outra é ser fétido. É fácil
ser valente, mas é árduo ser intrépido. Ser artesão não é nada perto de ser <i style="mso-bidi-font-style: normal;">artífice</i>. Legal ser eleito Papa, mas bom
mesmo é ser <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Pontífice</i>. Sublinha ainda
a raridade dessas duas últimas proparoxítonas que rimam entre si e acresce, porque
elas se acham únicas, exóticas, esdrúxulas. As figuras mais antipáticas da
gramática.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Se quer causar um
impacto insólito, prossegue Eduardo, elogie com proparoxítonas. É como se o
elogio tivesse mais mérito, tocasse no mais íntimo. O sujeito pode ser bom,
competente, talentoso, inventivo, mas não há nada como ser considerado ótimo,
magnífico, esplêndido. Da mesma forma, errar é humano, épico mesmo é cometer um
equívoco. Escapar sem maiores traumas é escapar ileso, tem que ter classe pra
escapar incólume. Aquilo que você não conhece é só desconhecido, quando você
não tem a mínima ideia do que seja aí já é uma incógnita. Ao centro qualquer um
chega, poucos chegam ao âmago. O desejo de ser proparoxítona é tão atávico que
mesmo os vocábulos mais ordinários têm o privilégio, efêmero, de pertencer a
essa família, ou não seriam chamados de oxítonas e paroxítonas. Não é o cúmulo?<o:p></o:p></div>
<div style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 1.0pt 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
– É isso, vivendo e aprendendo! encerrou
o ínclito Aissar. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Os acadêmicos Ivandi e Aristides,
impávidos, elogiaram-no. Eu também, ante a boçalidade das proparoxítonas
denunciadas por Eduardo Affonso, entrei no jogo e, no melhor paraensismo disse –
Paidégua essa! É melhor dizer paidégua do que ótima, não é? Ótima é uma palavra
muito pávula. Égua!<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>até no paraensismo
tem proparoxítona. E põe pavulagem nisso. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Empolgado, fiz um comentário que
desencadeou uma polêmica [as proparoxítonas passaram a me perseguir]. Afirmei, só
o Chico Buarque pra fazer a letra de uma música em que cada verso termina com
uma palavra proparoxítona. </div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=5-ogT6iCWx8">https://www.youtube.com/watch?v=5-ogT6iCWx8</a></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O Aissar rebateu. Chico não foi o único, muito menos o primeiro. Surpreso, confessei minha ignorância – Certamente que não, companheiro, mas sinceramente eu não conheço outra música em que a palavra final de cada verso seja proparoxítona. Se você conhece outra, por favor apresente que eu escrevo um artigo sobre a nossa discussão. Aissar acenou que sim, mas até hoje está num silêncio gritante [quanto a este assunto].<o:p></o:p></div>
</div>
<br />
<div style="border-bottom: 1pt solid windowtext; border-image: initial; border-left: none; border-right: none; border-top: none; padding: 0cm 0cm 1pt;">
<div style="border-bottom: 1pt solid windowtext; border-image: initial; border-left: none; border-right: none; border-top: none; padding: 0cm 0cm 1pt;">
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Foi aí que o confrade Elton Melo socorreu Aissar e juntou a letra da música Formato Mínimo, do Skank: </div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=B_CzoSu_RUg&list=RDB_CzoSu_RUg&start_radio=1">https://www.youtube.com/watch?v=B_CzoSu_RUg&list=RDB_CzoSu_RUg&start_radio=1</a></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 1.0pt 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Parabenizei o colega Elton
Costa. Ele me provou que realmente o Chico não é o único. Eu é que não conhecia
essa bela música do Skank. Linda e profunda letra, disse eu. Ante minha reação,
Elton confessou – Linda e profunda... uma boa definição para ela. É a minha
preferida desse grupo. Composição do Samuel Rosa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Informei ao irmão não conhecer muito
as músicas do Skank. Bom, comentei, só vejo um cochilo na letra dessa música. No
último verso. Embora comumente se diga rúbrica (proparoxítona) o correto é
rubrica (paroxítona). Elton argumentou – Uma licença poética, único momento em
que me declino à linguística. Realmente, disse eu, ao poeta tudo é permitido.
Não amarremos a Poesia. E fiz um comentário – Isso é muito legal. Precisamos exercitar
mais essa prática aqui neste grupo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Aí o confrade-presidente Claudio
Jorge se manifestou – Verdade grande Octávio. A forma correta de escrita da
palavra é rubrica, uma palavra paroxítona, com a sílaba bri como sílaba tônica.
E esclareceu. O substantivo feminino rubrica faz referência, principalmente, a
uma assinatura abreviada. E lembrou que não devemos esquecer que fazemos parte
de uma Academia de Letras e como tal, externar mais nossas opiniões.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Ratifiquei a observação do mestre
Cláudio Jorge e peguei embalo. Ainda sobre licença poética, dizem que o
brasileirismo “inzoneiro", palavra hoje dicionarizada, teria sido usado
pela primeira vez por Ary Barroso para manter a harmonia e a métrica [lá vem a
proparoxítona de novo] de sua música Aquarela do Brasil. Cláudio Jorge foi além
– Como outros "arremedos" utilizados em músicas, para composição e,
caíram em uso contínuo no linguajar tupiniquim. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
A saudável e enriquecedora, na
minha avaliação, polêmica terminou com a inserção do vídeo da Gal Costa
cantando Aquarela do Brasil. Externei então, para mim, Aquarela do Brasil é o Hino
Popular Brasileiro. Elton Costa aplaudiu. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Aí está confrade Aissar, o
artigo que eu me comprometi a fazer. Acho que está mais pra crônica.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=CA7N-CsY1os&list=RDCA7N-CsY1os&start_radio=1">https://www.youtube.com/watch?v=CA7N-CsY1os&list=RDCA7N-CsY1os&start_radio=1</a></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
</div>
</div>
OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-21626177171467464452018-08-20T19:01:00.000-03:002018-08-20T19:01:58.952-03:00MARÍLIA EMMI AGORA EM PORTUGUÊS E INGLÊS<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> A socióloga, doutora,
professora e pesquisadora Marília Emmi mais uma vez é reconhecida na seara da
ficção que abraçou após sua aposentadoria da UFPA. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Ainda
na Academia, Marília se tornou Mestre com sua tese que deu origem ao livro hoje esgotado sobre a “Oligarquia do
Tocantins e o domínio dos castanhais” e doutorou-se com a tese que originou a obra “Italianos na Amazônia:
pioneirismo econômico e identidade”. Ela escreveu depois, um livro em que
ampliou o espectro da imigração na Amazônia, “Um Século de Imigrações
Internacionais na Amazônia Brasileira”. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBBri2K1QSvZec0r-g7kpklqDXzM36uYmDG6WiuBOUgTyY_H2QQq58ZYX2WMFbWQ8qYH2vdEP0PNDAqfYsUJfEbDlebtCHJJ7Z6zsHH2Z0qTQ4zm5LbS4B3eSoYb14WFVvqoVSfGsLu8XD/s1600/Mar%25C3%25ADlia+e+Giovanni.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="160" data-original-width="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBBri2K1QSvZec0r-g7kpklqDXzM36uYmDG6WiuBOUgTyY_H2QQq58ZYX2WMFbWQ8qYH2vdEP0PNDAqfYsUJfEbDlebtCHJJ7Z6zsHH2Z0qTQ4zm5LbS4B3eSoYb14WFVvqoVSfGsLu8XD/s1600/Mar%25C3%25ADlia+e+Giovanni.jpg" /></a></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14pt; text-indent: 35.4pt;">As
origens italianas tanto de Marília quanto do marido, Giovanni Emmi, falaram
mais alto e hoje ela se dedica à ficção em textos com a temática da imigração
italiana na Amazônia. Seu primeiro conto, “Letizia”, foi premiado no 1º
Concurso Literário Brasil-Itália publicado na Antologia Vozes Ítalo-brasileiras
I / Voci Italobrasiliane I (2016).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Selecionado,
um novo conto de Marília faz parte agora da coletânea bilíngue Faz de Conto III
/ Make Believe III, organizado por Jannini Rosa e apresentado por Betty
Silberstein, escritora, revisora e tradutora e é editada pela Helvetia, de Cabo
Frio/RJ.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">São
35 contos de diversos autores editados num livro que não tem capa e contracapa.
Em qualquer sentido que o leitor apanhe o livro, a leitura é possível. De um
lado em Português e de outro em Inglês. Essa concepção gráfica lembra a
obra do consagrado autor paraense Daniel da Rocha Leite em parceria com o
também paraense Paulo Vieira, “Peso-Ver-O”, que não é bilíngue, mas aborda sob
dois enfoques a temática da feira do Ver-O-Peso de Belém. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Compartilho com o prezado leitor, o texto em Português do conto de Marília Os três amigos / The Three
Friends, sugerindo a leitura da coletânea completa que pode ser solicitada pelo
site www.helvetia-edicoes.com.br<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Os três
amigos<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Como se
não bastasse o som da vitrola no último volume, o coro das vozes dos três
amigos, ao entoar uma velha canção do folclore italiano, rasgava o silêncio da
noite naquela cidadezinha do interior da Amazônia. Quando não era a vitrola, o
som vinha do acordeon de Vittorio sempre acompanhado pelos amigos que
aumentavam a voz no refrão: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Merica, Merica, Merica / Cosa saràlo
‘sta Merica? / Merica, Merica, Merica / Un bel mazzolino di fior <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
A cena se
repetia todas as vezes que Gennaro, Vittorio e Giuseppe se encontravam. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
_ A
italianada já começou a cantoria, vou me recolher! Reclamava dona Maricota,
vizinha de Giuseppe. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
_Vamos
para casa da vovó! Os filhos de Giuseppe já sabiam que era hora de sair para
dar aos amigos a liberdade de mergulharem numa Itália distante, que só existia
em suas recordações. Eram tantas evocações: pessoas, lugares, acontecimentos
que só no universo deles fazia sentido. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
O calabrês
Gennaro era da província de Cosenza. Após breve passagem pelo Rio de Janeiro,
morou por algum tempo em Belém, de onde seguiu ao encontro de parentes que
haviam se radicado em Óbidos, próspera cidade do baixo Amazonas. Solteiro,
deixou Maria, sua noiva na Itália, mas em Óbidos casou-se com Manuela, filha de
um comerciante espanhol, seu patrão. Gennaro, que era ferreiro de profissão,
depois de muita luta conseguiu montar um pequeno comércio de gêneros
alimentícios, ao lado de sua oficina. O lucano Vittorio, veio da província de
Potenza e fixou residência em Belém. Dois anos após a chegada, mandou buscar a
mulher e os filhos. Foi jornaleiro e engraxate mas conseguiu se firmar´ como
sapateiro. Trabalhou durante muitos anos na sapataria Bella Itália, no centro
de Belém. Prosperou, conseguindo tornar-se sócio desse estabelecimento. O
siciliano Giuseppe desde muito jovem trabalhou na agricultura. Convocado,
esteve nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Desse período, além da
memória dos combates, da fome e das agruras da guerra, alucinações
fantasmagóricas povoavam seu imaginário. Enfrentou muitas dificuldades para se
fixar em Belém. Aceitava o trabalho que aparecia. Foi leiteiro, jornaleiro,
engraxate e sapateiro. Resolveu tentar a sorte na cidade de João Coelho,
situada às margens da estrada de ferro de Bragança. Nessa cidade fixou
residência e conseguiu montar um pequeno restaurante onde servia a verdadeira
massa italiana que tinha prazer em preparar. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
O
compromisso era imprescindível: todo final de mês Vittorio e Genaro cumpriam o
mesmo ritual, tomar o trem em Belém para o encontro na casa de Giuseppe.
Haveria algo no passado que unia esses três imigrantes com diferentes
trajetórias e histórias de vida? O fato de terem vindo de regiões empobrecidas
do sul da Itália e em circunstâncias adversas, além do sonho de juntar recursos
para o retorno à terra natal talvez explicasse tamanha cumplicidade, ou haveria
algo mais?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
As
crianças gritavam alvoroçadas: Lá vem o trem! Lá vem o trem! O barulho do trem
trazia um pouco de vida àquelas paragens. Os vendedores ficavam à beira da
estrada com tabuleiros na cabeça anunciando seus produtos: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
- Olha a
broa, olha o pastel! Vai uma pupunha cozida? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Ofereciam
também frutas da região. Um cheiro gostoso se espalhava no ar: cupuaçu, bacuri,
araçá, jambo. Tudo era convertido em alguns trocados. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
O encontro
dos amigos era um acontecimento singular! Giuseppe vestia sua melhor roupa,
sapatos engraxados, cujo brilho a grossa camada de poeira escondia. O
inseparável boné xadrez sobre seus ralos cabelos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Não
importava se o tempo estava chuvoso ou ensolarado. A cena sempre se repetia.
Vittorio e Gennaro desciam do trem bastante cansados, cabelos em desalinho,
roupas acinzentadas pela fumaça e por vezes queimadas pelas brasas que se
desprendiam do trem, mas nem se importavam com os percalços da viagem. Sempre
com um embrulho debaixo do braço, Gennaro trazia guloseimas para os filhos do
amigo. As crianças ficavam à espreita e logo que recebiam os doces sumiam pela
vizinhança. Vittorio trazia vinho, jornais e revistas que ganhava de patrícios
assíduos em sua sapataria. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
O encontro
começava tão logo a locomotiva sumisse na estrada e entrava pela noite.
Geralmente durava dois ou três dias. Só terminava com a partida do trem que
levava de volta os visitantes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Nem parece
que já haviam se passado mais de trinta anos quando a bordo do navio Europa os
três desembarcaram no Rio de Janeiro. A decisão de buscar o Brasil como destino
do percurso migratório estava nos planos do calabrês e do lucano, ambos tinham
parentes e promessas de trabalho. Diferente era a situação do siciliano.
Insatisfeito com seu ofício de ajudante de cozinha no navio, sempre que
aportava, tinha desejo de ficar. Considerava o sonho impossível, não fosse a
motivação e a ousadia dos novos amigos que fizera, sobretudo por conseguir
burlar a vigilância e partilhar alimentos que minorassem a fome e o desconforto
a que eram submetidos como passageiros de terceira classe. Gennaro e Vittorio
juraram que iriam conseguir realizar o sonho do novo amigo. Sim, ele também
tinha o direito de “fazer a América”! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
O plano de
fuga foi posto em prática na ocasião do desembarque no Rio. Giuseppe ofereceu
ajuda para carregar as malas e assim que se viu em terra firme desapareceu na
multidão. O que aconteceu depois? As histórias só foram conhecidas quando na
década de 1950, por obra do acaso, houve o reencontro dos três numa estação da
ferrovia Belém-Bragança. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
_ Senhor,
que horas parte o próximo trem para Bragança? Moro em Óbidos, mas preciso
entregar uma encomenda... <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
A frase é
interrompida por gritos de direções opostas:<span style="text-indent: 35.4pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
_ Gennaro!Gennaro!
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
_
Vittorio! Giuseppe! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Quanto
tempo choraram abraçados! Queriam saber dos diversos caminhos percorridos,
compartilhar experiências, conhecer a história de cada um. Estavam felizes no
Brasil, mas a nostalgia da terra-mãe seria o elo da corrente que iria
acompanhá-los nos encontros mensais, pelo resto de suas vidas. <o:p></o:p></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
Marilia
Ferreira Emmi <o:p></o:p></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
Belém-Pará
14/01/18<o:p></o:p></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
</div>
<br />OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-23312771541388187442018-05-28T11:44:00.001-03:002018-09-27T17:21:33.681-03:00A INCONTINÊNCIA DIGITAL E A FILOSOFIA DE RIOBALDO<br />
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Octavio Pessoa<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> Tal como a incontinência urinária, a incontinência
intestinal e outras afins, espalha-se agora outra incontinência tão perniciosa quanto
as suas semelhantes, a <i>Incontinência Digital</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> O portador da <i>Incontinência
Digital</i> não resiste à coceira incontrolável na ponta dos dedos e, junto com
as numerosas mensagens de autoajuda, replica as notas bombásticas que invadem
as mídias eletrônicas, especialmente quando o conteúdo da nota “bate” com o
ponto de vista que ele sustenta, a maioria das vezes absorvido por osmose de
falsos formadores de opinião. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O
<i>Incontinente Digital</i> é um assíduo
frequentador dos grupos do wathsapp. Ele não percebe que a maior guerra dos
dias atuais é a provocada e estimulada pelos fabricantes de opiniões a serviço
deste ou daquele interesse, que encontram nos <i>Incontinentes Digitais</i> os seus maiores aliados no processo de
viralização das fake News. Parece que o <i>Incontinente
Digital</i> sente verdadeiro orgasmo ao ingenuamente prestar valorosa
colaboração no espalhamento das falsas notícias. O relacionamento do produtor
de falsas informações e o <i>Incontinente
Digital</i> é como o da tampa e do penico. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A
<i>Incontinência Digital</i> tem cura? Há
controvérsias. Há sim paliativos como, por exemplo, contar até mil antes de dar
vazão à incontrolável urticária dos dedos diante das notícias e informações
extravagantes, especialmente quando elas contêm opiniões com a qual o
portador dessa <i>Incontinência</i> se
identifique.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Os
<i>Incontinentes Digitais</i> parecem sofrer
de outros males como aversão às leituras substanciosas e à reflexão consciente
sobre o que leem e veem. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Riobaldo,
personagem do clássico “Grande Sertão: Veredas” de João Guimarães Rosa, escrito
em meados de século passado, parece referir-se aos <i>Incontinentes Digitais</i> com essa tirada filosófica: “O senhor deve
de ficar prevenido: esse povo diverte por demais com a baboseira, do traque de
um jumento formam tufão de ventania. Por gosto de rebuliço. Querem porque
querem inventar maravilhas glorionhas, depois eles mesmo acabam crendo e
temendo. Parece que todo mundo carece disso”.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Antes de dar vazão à
sua <i>Incontinência Digital</i> lembre-se
das palavras do personagem de Guimarães Rosa. E não faça “<i>Do traque dum jumento um tufão de ventania</i>”. </span><br />
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<br />OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-52733055456734982272017-10-23T12:00:00.000-03:002017-10-23T12:00:44.536-03:00RELIGIOSIDADE E VALORES<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Feliz
de quem tem senso de religiosidade. De qualquer crença, pois o importante é o
sentimento de que nós não estamos sós. Há uma força superior que tudo orienta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Se
Cristão, penso eu, é melhor porque Cristo resgatou a Humanidade do pecado e
retornou ao Pai, cabendo-nos seguir seus ensinamentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> Melhor ainda se cristão Católico, pois
temos uma intercessora entre o Altíssimo e nós. Ela nos protege e pede ao
Senhor graças e bem aventuranças a todos que a procuram. Ela pode ser invocada
por suas mais diversas denominações. A mãezinha dos paraenses é a Senhora de
Nazaré, que homenageamos especialmente no segundo domingo de outubro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A
compreensão da religiosidade para a felicidade humana se acentua e se sedimenta
quando alcançamos o Outono da Vida. É quando temos maturidade de olhar para
trás e refletir em função dos valores contidos nos Evangelhos e no livro
fundamental das grandes religiões. O que fizemos na Primavera, quando
florescíamos e no Verão, quando produzíamos intensamente solidificando a nossa
existência? Fomos éticos no dia a dia não fazendo ao outro o que não desejamos
para nós? Ou fomos utilitaristas retirando de cada situação apenas o que nos interessa?
Abrimo-nos para novo, para o que nos é diferente ou nos aferramos a ideias
preconcebidas? Permitimo-nos ampliar nossos vínculos ou nos trancamos em
redomas com os nossos imediatamente iguais? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">No
Outono da Vida, feliz é quem construiu muitos vínculos. É uma pessoa rica, talvez
até milionária. Não no sentido material do dinheiro ou do poder porque esses
valores passam. É um milionário do maior bem que uma pessoa pode ter- as
amizades. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Acredito
que a rede de relacionamentos é o maior ativo, o maior bem que uma pessoa pode
ter e sei que muitos outros assim também pensam. O ser humano não foi criado
para viver só. Os vínculos criados ao longo de uma existência, as amizades, são
o alimento da alma e o bálsamo no Inverno da Vida.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-59094514767640534522017-01-03T11:35:00.000-03:002017-04-12T12:28:42.524-03:00Fólio/2016: Uma Realidade Prenhe de Utopia<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 16px; text-align: justify; text-indent: 37.7953px;">(Matéria publicada na edição de 24/25 de dezembro de 2016 do Diário do Pará, Caderno “Você”, página 10 – Coluna do jornalista Elias Ribeiro Pinto).</span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 16px; text-align: justify; text-indent: 37.7953px;"><br /></span>
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuymgnvswW421ww6WRqD1sMoH0pjIwy5X6BWqsBGSeCM0G8AjfeBPSeWFZX4i3mbIOkdG0I4gxpDGB7MWopjxFQ-GLjw67Rl23RKvircXaA0DYvMJ1cSXrbmWn1EIvh9GOCjVrtJLIFx2X/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuymgnvswW421ww6WRqD1sMoH0pjIwy5X6BWqsBGSeCM0G8AjfeBPSeWFZX4i3mbIOkdG0I4gxpDGB7MWopjxFQ-GLjw67Rl23RKvircXaA0DYvMJ1cSXrbmWn1EIvh9GOCjVrtJLIFx2X/s400/1.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ana Celeste e eu no Folio/2016</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-right: -7.05pt; text-align: center;">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“...<i>há entre os utopianos uma quantidade de
coisas que eu aspiro ver estabelecidas em nossas cidades. <o:p></o:p></i></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Aspiro mais do que espero</span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">”.
Thomas More<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-align: justify;"> </span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: -14.15pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O
FOLIO- Festival Literário Internacional de Óbidos, na sua segunda edição, de 22
de setembro e 2 de outubro deste ano, afirmou-se como uma <b>realidade</b> do mundo literário mundial, tendo a <b>utopia</b> como tema. Ainda em junho, na inauguração
da exposição de Júlio Pomar sobre Dom Quixote, no Museu Municipal de Óbidos, a
vereadora cultural Celeste Afonso considerou aquele momento como a arrancada do
FOLIO e afirmou “Na sua segunda edição, o Fólio afirma-se como a
concretização de um sonho maior, transnacional, tornado realidade: a cultura
como um bem essencial acessível a todos”. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: -14.15pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O
maior Festival Literário de Portugal tem um <i>glamour</i> especial porque
se realiza numa cidade dentro de um castelo medieval, com suas ruas estreitas e
irregulares, cheias de gente de todo lugar ávida por Cultura nas suas mais
diversas manifestações como a literatura, a música, as artes plásticas e a gastronomia.
E pelo FOLIO Digital o visitante pôde acompanhar todos os eventos da
programação e gerir sua agenda com os escolhidos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: -14.15pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> No FOLIO 2016 foi introduzido o Comboio Literário, trens populares
que transitavam entre a estação do Rossio em Lisboa e Óbidos para levar e
trazer participantes que, ao longo do trajeto, iam “se aquecendo” com os livros
disponibilizados e assistindo à leitura de poemas e performances e mais, tinham
50% de desconto nas mesas de autores e nos concertos, com a apresentação do
bilhete do trem. Novidade também o “The Cooked Book”, uma experiência visual
para honrar todos os Chefs do mundo que diariamente escrevem com comestíveis
palavras a história da Gastronomia. Nesse programa “cada prato é uma história,
cada Chef um escritor, cada livro cozinhado é uma peça de cultura cr-EAT-ive”,
comida criativa.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: -14.15pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Autores de renome mundial fizeram-se presentes no FOLIO/2016, dentre
eles V.S. Naipaul, Prêmio Nobel de Literatura e Salman Rushdie, autor de “Os
Filhos da Meia-Noite” e vencedor do Booker Prize. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: -14.15pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> A Amazônia se fez presente pelo cantor/compositor amapaense,
militante da preservação ecológica Osmar Junior, no bate-papo “O Amazonismo na
música e Literariedade de Osmar Júnior”, pela historiadora Anete Costa Ferreira
com a palestra sobre “O Amapá para quem não conhece” e por Josiane Ferreira e Carlos Lima na Contação
de Histórias “Lendas e Mitos do Amapá/Amazônia”. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: -14.15pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Como programado, a Utopia correu solta na Vila Literária de Óbidos
desde as exposições permanentes “Utopia Coletiva”, com cartazes feitos pela
comunidade <i>online</i> e “Utopia, hoje”, com
dez artistas interpretando de forma
livre e autoral as obras “Mensagem” de Fernando Pessoa e “A Jangada de Pedra”
de Saramago. E em outros eventos como a conversa do escritor e gestor cultural
português Mega Ferreira sobre Miguel de Cervantes e seu “Dom Quixote de La
Mancha”, o personagem utopista mais famoso da Literatura ocidental e a de Andrea
del Fuego e Afonso Cruz sobre o lugar do
fantástico na literatura lusófona atual e a criação de universos imaginários e
ainda José Gil falando sobre a Utopia em Fernando Pessoa e Carlos Reis sobre a
Utopia em Saramago. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: -14.15pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Nos debates “UTOPIA- Matemática e Literatura” discutiram-se temas
como literatura e visualização com ferramentas matemáticas, fragmentos
matemáticos na literatura tradicional, matemática e literatura do renascimento.
No evento paralelo II Seminário Internacional Educação, Leitura e Literatura,
ocorreram dentre outros <i>wokshops</i>, “TEATRUPIA: utopia (in) cena
(com) texto”, “Utopias digitais: da não ilha fiz ilha”, “A incrível máquina de
entrelaçar utopias” e “Utopia e Literacia, de Thomas More ao Próximo Futuro”. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: -14.15pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Também foram tratados no FOLIO “Consciência e utopia nas literaturas
africanas de língua portuguesa” e
Jornalismo e Utopia em relação à Política, à Sociedade, à Economia, ao Rádio,
ao Desporto e à Cultura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: -14.15pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Veja os melhores momentos do Folio em : </span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><a href="http://foliofestival.com/videos/">http://foliofestival.com/videos/</a></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdZHX5cX743vb1ENDUjZdrlmVLAYZzSihYp3ZFcXXKjjVgZFbVwxUMkYY5Hq2vuFfE_s5f2QQENj7dIZGihpMtIfia4LSRhafaPkEj6eAeTZtoW8Taiz4GnCw36oyhHuPdVwRxOweVkmXD/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdZHX5cX743vb1ENDUjZdrlmVLAYZzSihYp3ZFcXXKjjVgZFbVwxUMkYY5Hq2vuFfE_s5f2QQENj7dIZGihpMtIfia4LSRhafaPkEj6eAeTZtoW8Taiz4GnCw36oyhHuPdVwRxOweVkmXD/s320/2.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<b style="font-family: "times new roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">Com essa postagem homenageio o amigo Elias Ribeiro Pinto, um dos "Últimos Moicanos" do Jornalismo Literário brasileiro, com sua página que para o ano (2017) completará maioridade de inserção dominical no Diário do Pará. Sim serão 21 anos de publicação ininterrupta no Diário. Somando-se a esse tempo o período em que Elias publicou sua página na extinta Província do Para, lá se vão quase 3 décadas. </b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><b>A propósito disto, um dos debates que eu assisti durante o Folio foi sobre "A Crise do Jornalismo e da Crítica Literária no Brasil e Portugal", entre dois jornalistas portugueses e um brasileiro. Eles atestaram a falência dessa modalidade de jornalismo dentre outras razões pela crítica realizada nas redes sociais quase que simultaneamente aos lançamentos de livros e outras obras. E principalmente, em face da pouca importância atribuída ao Jornalismo Literário pelos editores dos grandes jornais. A distorção da finalidade do Jornalismo provocada pela visão do lucro imediato determina o corte dos assuntos culturais. Os jornalistas culturais são "cassados" de seus postos, sendo levados a se utilizarem cada vez de seus blogs e sites especializados e as redes sociais para exercitar o jornalismo e a crítica literária, retroalimentando o sistema. </b></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><b>Por tudo isto, o jornalista paraense Elias Ribeiro Pinto merece reconhecimento e homenagem do público leitor pela longevidade de sua página inserida no Caderno "Você" do Diário, sempre com temas da maior relevância literária e cultural. Parabenizando também </b></span><b style="font-family: "times new roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">os dirigentes do Diário pela manutenção da página dominical do Elias, um dos últimos bastiões do jornalismo cultural nos grandes jornais do país.</b><br />
<b style="font-family: "times new roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;"><br /></b>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;">Saiba mais sobre o Folio, sobre Óbidos
e assuntos afins acessando:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;">http://blogdooctaviopessoa8.blogspot.com.br/2015/12/boas-perspectivas-para-intercambio.html<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="p1" style="margin-bottom: 15.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="p1" style="margin-bottom: 15.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-47130068773473896992016-11-25T20:32:00.000-03:002018-09-27T17:12:29.285-03:00MEMÓRIAS OU FOTOGRAFIAS?<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; line-height: 19.3333px;">(Postado originariamente no Facebook, no dia 21 de junho de 2016)</span></div>
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw9nzVWecBRaONe5eE4j7YBuLnlm1sn2g6Ar6HHwSDLzt2ZdqdpPqlxsqIaEB5s6L_w9gNNWaTwPXpgOCeqUvmilAtkKU0pYhiog_G1AnuFsECDTd9526ZPGiPD-vBpfwpJUcB9i_Wf8Zh/s1600/12512688_469795676542057_4638804738320897205_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw9nzVWecBRaONe5eE4j7YBuLnlm1sn2g6Ar6HHwSDLzt2ZdqdpPqlxsqIaEB5s6L_w9gNNWaTwPXpgOCeqUvmilAtkKU0pYhiog_G1AnuFsECDTd9526ZPGiPD-vBpfwpJUcB9i_Wf8Zh/s320/12512688_469795676542057_4638804738320897205_n.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin: 4.5pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #1d2129;">Escolas com paredes e tetos esburacados, alunos desmotivados
pela falta de condições, outros que fazem dessa ausência a motivação para
prosseguirem na luta, professores abnegados que embrulham no celofane do “não
faz mal” até os baixíssimos salários e nem por isso desistem da missão e com
todas as dificuldades buscam se qualificar e encarar o sacerdócio para que
nasceram. Registros também das raramente bem equipadas escolas e daqueles que
estão no ma</span><span class="textexposedshow"><span style="color: #1d2129;">gistério por um acidente e com
postura pretensamente ideológica (partidária, isto sim), vão na contramão do
processo de ensino/aprendizagem, enodoam a categoria e frustram seus alunos.
Esses professores, penso eu, quando expelidos do magistério vão certamente
ocupar sinecuras nos ineficazes gabinetes acarpetados, conferindo os dias e as
horas para a tão sonhada aposentadoria.</span></span><span style="color: #1d2129;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin: 4.5pt 0cm; text-align: justify;">
<span class="textexposedshow"><span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEight6BtOZ1akk5fOuX2wEKo3gLoJjQ7FGUKVVzZp_MZ0rGiC2dUyAp250L_7GmbhH23XaytEIENLyRVvIDfNIKwdLY0ApeGRUJ_rTECRdIWdm0xD4LYmIEgHO05viBhrJhsk_2yTZVgjRB/s1600/11696026_442153852639195_2776839469960186288_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEight6BtOZ1akk5fOuX2wEKo3gLoJjQ7FGUKVVzZp_MZ0rGiC2dUyAp250L_7GmbhH23XaytEIENLyRVvIDfNIKwdLY0ApeGRUJ_rTECRdIWdm0xD4LYmIEgHO05viBhrJhsk_2yTZVgjRB/s200/11696026_442153852639195_2776839469960186288_n.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin: 4.5pt 0cm; text-align: justify;">
<span class="textexposedshow"><span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin: 0cm 0cm 4.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Esse é o mosaico apresentado por<span class="apple-converted-space"> </span><a href="https://www.facebook.com/tiese.junior"><span style="color: #365899; text-decoration: none;">Tiese Teixeira Júnior</span></a>,
historiador, pesquisador e professor da rede pública de ensino, em sua singela
e emblemática obra “Escolas da Amazônia – Memórias”, Editora Paka-Tatu. Para
mim, mais fotografias verbais que memórias, especialmente para quem conhece a
realidade do interior do Brasil.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin: 0cm 0cm 4.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin: 4.5pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O autor, que é Mestre em Dinâmicas
Territoriais e Sociedade na Amazônia PDTSA/UFPA e doutorando em Ciência
Sócioambiental, NAEA/UFPA, presenteou-me com um exemplar do livro que “devorei”
numa viagem em que percorria uma realidade totalmente oposta àquela que eu lia na obra de
Tiese, que também escreveu Estudos Amazônicos: Ensino Fundamental, Pelas
Margens do Pará e Estudos Amazônicos: Ensino Médio.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin: 4.5pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">As fotografias verbais que Tiese
desvela , com a simplicidade dos sábios e a convicção dos experimentados na
Vida, são candentes. Uma leitura necessária para quem quer conhecer o dia
a dia da educação nos grotões do Brasil.</span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-22593441383442774402016-10-04T11:01:00.000-03:002019-02-22T19:22:07.664-03:00ESTAVA ESCRITO...<br />
<div align="center" style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 0cm; text-align: center;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 0cm; text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW9jxs34y7_NMrVpPFnmwLJ4YDCWNAbBK4SEEox-KbwzzKzrJWhEosgMslPKLxP3t0yTtoUZn1zvB8bFoJwaSYD8UVEm7kGX-DCPXQqFakudmMhkx1G1JZ3ZmQAV-os03rtAoJJ8G7uRdu/s1600/1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW9jxs34y7_NMrVpPFnmwLJ4YDCWNAbBK4SEEox-KbwzzKzrJWhEosgMslPKLxP3t0yTtoUZn1zvB8bFoJwaSYD8UVEm7kGX-DCPXQqFakudmMhkx1G1JZ3ZmQAV-os03rtAoJJ8G7uRdu/s400/1.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
</div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;">Nada
acontece por acaso. Para Carl Gustav Yung fatos comumente atribuídos ao acaso
se explicam pela lei da sincronicidade universal e pelo inconsciente coletivo.
No curso das pesquisas sobre os aviões Catalina, para a futura edição de obras
sobre a saga desses aviões, vivi uma situação que parece se explicar por
motivos imponderáveis.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: medium;">Fizera eu uma postagem na página “Amigos de Parintins”, do Facebook, pedindo a colaboração dos meus conterrâneos e amigos no sentido de me enviarem fotos, textos, informações que pudessem ter, inclusive sobre acidentes com aqueles aviões que surgiram como equipamentos de guerra, tiveram atuação expressiva durante a II
Guerra Mundial, tanto na Europa quanto na costa brasileira e ao fim do grande
conflito realizaram no Brasil missões militares em tempos de paz de grande importância para a integração da Amazônia, sendo assim </span></span><span style="color: #1d2129; text-indent: 35.4pt;">“Asas de Guerra e de Paz”. A utilização dos Catalinas pela aviação civil no transporte de passageiros e carga, especialmente na linha aérea orientada pela calha
do rio Amazonas, evidenciaram o importante papel social e econômico desses hidroaviões anfíbios para os
ribeirinhos amazônicos. Eles eram assim as “Asas de um rio”.</span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;">Diversos conterrâneos
e amigos acorreram ao meu pedido, inclusive May Freitas, para mim, então, ilustre desconhecido. May foi além do que eu esperava. Deu-me elementos, enviou fotos, polemizou
comigo, enfim, colaborou decisivamente para o enriquecimento do trabalho.
<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;">A
conversa virtual entre nós se acentuou e derivou para outros temas.
Em dado momento May sugeriu que nos conhecíamos e fez perguntas
sobre pessoas da minha família, o que no início me deixou “encucado”. Quando eu
soube seu nome completo, Maycílvio (assim mesmo com “y” e “c”), minhas memórias
mais recônditas foram sendo resgatadas. Era eu um curuminzinho sendo
alfabetizado na escola particular das irmãs Freitas, na Travessa Rio Branco, da
Parintins da minha infância. Recordei minha professora, Dona Nilia Freitas, na
cabeceira daquela longa mesa e nós alunos, no entorno com nossos cadernos,
lápis, borracha e cartilhas, atentos às explicações ou sendo sabatinados na
tabuada em que nós aprendíamos as quatro operações fundamentais. <o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;">Um
turbilhão de imagens passou pela minha mente. E dentro daquele cenário, a
figura daquele jovem sempre prestativo e
atencioso, ajudando as tias que o criavam, nas mais diversas tarefas da casa e
da escola. Era o Maycílvio. Maycílvio Freitas que na vida adulta adotou o apelido
pelo qual sempre foi tratado, Maí, grafado May. Interessante. Logo no início de
nossas conversas virtuais eu lia o nome dele com a pronúncia em inglês (Mei) e
pensava ser uma mulher. Sim. Meu amigo virtual era aquele jovem que circulava
pela casa/escola sempre de forma simpática com todos os alunos. <o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: medium;">Nossa
origem comum nos levou à lembrança de “paradas” hilárias, outras nem tanto e a outros assuntos, especialmente da Parintins do passado e l</span></span><span style="color: #1d2129; text-indent: 35.4pt;">amentamos a descaracterização
histórica que nossa cidade vem sofrendo. </span></span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="color: #1d2129; text-indent: 35.4pt;"><br /></span><span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: medium;"> Abordamos a despersonalização do “Caracol”. O caracol era uma estrutura junto à
rampa que ligava o antigo trapiche do porto à área urbana de Parintins, com estilo de época do final do século dezenove. Era revestido por pedras pretas que abrigavam em seu interior figuras em formato de caracóis feitos por pedras brancas incrustadas nas pedras pretas. Esse verdadeiro monumento foi destruído e substituído
por uma estrutura fria e sem vida. <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: medium;"><span style="color: #1d2129;">Questionamos
também o desaparecimento da balaustrada, outra estrutura de época que marcava nossa
cidade. Balaustrada porque formada por balaústres, colunetas </span>com base e capitel espaçadas entre si, sustentando uma
espécie de parapeito. H</span><span style="color: #1d2129; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #1d2129; font-size: small; text-indent: 47.2px;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: medium;">oje não tenho dúvida de que a Balaustrada, por seu significado na simbologia maçônica, era um marco da passagem de maçons à frente da municipalidade de Parintins, que deixaram obras de bom gosto para a posteridade. Intenção essa prejudicada. As últimas gerações e as futuras só terão notícia do que um dia tivemos aquele monumento histórico, l</span></span><span style="color: black; text-indent: 47.2px;">ocalizado num ponto estratégico da cidade, à margem do rio Amazonas. Dali se contemplava o por do sol mais bonito do mundo. </span></span><span style="text-indent: 35.4pt;">Na Balaustrada e no Caracol muitos </span><span style="color: #1d2129; text-indent: 35.4pt;">namoros começaram, floresceram e certamente muitos ali terminaram. Eram lugares de “muitas emoções”, como diz o Roberto.</span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: medium;"><span style="color: #1d2129; font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: medium;">Comentamos
também as alterações na Praça do Cristo Redentor totalmente descaracterizada, o fim do Cine Brasil e
o abandono do Palácio Cordovil, sede da Prefeitura Municipal por tantos anos, que homenageia o fundador da cidade, José Pedro da Silva Cordovil. Esse </span></span><span style="color: #1d2129; text-indent: 47.2px;">Palácio deveria ser transformado num Museu Municipal para ali se preservar os ícones e valores da ilha Tupinambarana, onde Parintins é situada, e de sítios das redondezas.</span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;">Nossos
diálogos virtuais foram além do saudosismo conservador e vulgar que se opõe ao
progresso. Este é inevitável. O equívoco reside quando em nome do progresso
se apagam marcos culturais de uma sociedade. Muitas vezes simplesmente destruídos e substituídos por obras de estética questionável, quase sempre construções de valor
astronômico e de duração efêmera, o que coloca em xeque a idoneidade dos “realizadores”, que "engordam" seus caixas de campanha com os recursos públicos destinados a essas obras. </span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="color: #1d2129; text-indent: 35.4pt;">Nossas
conversas na verdade, foram cheias de juventude pois ser jovem é </span><span style="color: #1d2129; text-indent: 47.2px;">“ter abertura para o novo na mesma medida do respeito pelo que é imutável”, o que é cultural, como diz </span><span style="color: #1d2129; text-indent: 35.4pt;"> Artur da Távola que na crônica
“Ser Jovem”. </span><span style="color: #1d2129; text-indent: 35.4pt;">O que deveria ser imutável por registrar épocas
da História de um povo é solenemente desprezado pelos ditos homens públicos.</span></span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="color: #1d2129; font-family: Times, Times New Roman, serif; text-indent: 35.4pt;">O
mesmo se dá com os nomes dos logradouros públicos que são trocados com a
complacência dos ditos representantes do povo nas câmaras municipais para
homenagear “figuras” do momento e sufocar o nome de personalidades e datas importantes
para uma população. Tema esse muito bem explicado pelo cientista
político José Murilo de Carvalho, no livro “A Formação das Almas: O Imaginário
da República no Brasil”.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;">Evidenciadas afinidades de pensamento entre o May Freitas e eu foi inevitável o desejo recíproco de uma conversa "ao vivo e a cores" logo que possível. Coloquei-o a par da minha ideia de
lançar, ainda no ano passado, o meu livro de crônicas “Causos Amazônicos”, 2ª.
Edição em Manaus e em Parintins. Ele não só aquiesceu ao projeto como teve papel
crucial para o lançamento do livro em Manaus, por sua amizade com o dono da
Livraria Valer, onde o livro foi lançado <span class="textexposedshow">no dia 5
de junho de 2015. Agora, por uma dessas ironias da vida, o May não pode comparecer
ao lançamento em Manaus, o que era propósito dele e expectativa minha. Ele sofreu um infarto do
miocárdio na madrugada daquele dia. <o:p></o:p></span></span></span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: medium;"><span class="textexposedshow"><br /></span></span></span>
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: medium;"><span class="textexposedshow"><br /></span></span></span>
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA_vVlTwBcSspylP3xXXb4Fzdczqy_0OBYzTcPOhyphenhyphenEdhgy5Qv-mSaCZly7VROfjtD7juLPqgnMFUWkpdCaK8ZNR9cfseHSNx2otjr-bGIARZFbTbByboWCpZaNet61U76F5T0RrVWflr_m/s1600/2.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA_vVlTwBcSspylP3xXXb4Fzdczqy_0OBYzTcPOhyphenhyphenEdhgy5Qv-mSaCZly7VROfjtD7juLPqgnMFUWkpdCaK8ZNR9cfseHSNx2otjr-bGIARZFbTbByboWCpZaNet61U76F5T0RrVWflr_m/s320/2.JPG" width="320" /></span></a></div>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span class="textexposedshow" style="line-height: 14.5pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #1d2129;"><br /></span></span>
<span class="textexposedshow" style="line-height: 14.5pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #1d2129;">Recuperado do susto, graças a Deus, May entrou em contato
comigo e garantiu-me que estaria em </span></span><span style="color: #1d2129; line-height: 14.5pt; text-indent: 35.4pt;">Parintins em julho seguinte, para prestigiar-me no lançamento em nossa terra natal. E
cumpriu. Ele foi o primeiro convidado a chegar à ao local do evento, o que
permitiu uma longa e prazerosa conversa.</span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: medium;"><span style="color: #1d2129; font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;">Foi um “questionamento
de afins”, nas palavras do mestre Artur da Távola na crônica “Afinidade o sentimento que
resiste ao tempo e ao depois”. O cronista afirma e eu concordo plenamente com a ideia de que, quando há afinidade não importa o tempo que passou. Quando os afins se encontram é como se o tempo não houvesse passado. O vínculo continua como se interrupção não tivesse ocorrido.</span></span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: medium;"><br /></span></span>
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: medium;">May e eu remexemos o baú de saudades. Fatos e pessoas de Parintins, algumas
ainda vivas e outras já noutro plano de vida foram lembradas. Ficamos tão à vontade que May me falou sobre familiares
dele, muitos dos quais eu não cheguei a conhecer. <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;">Órfão dos
pais Antonio Prazeres de Freitas, conhecido como Antonio Presépio, e Iracema de
Barros Freitas, May foi criado pelas tias conhecidas como as irmãs Freitas,
todas ligadas ao magistério nas singelas escolas particulares da época em nossa
cidade natal. Anna Gertrudes de Freitas, a famosa professora Annita Freitas, conhecida
por sua rispidez mas que foi responsável pela educação de muitos cidadãos e
cidadãs que dignificaram e dignificam nossa cidade. Anna Rita de Freitas
(Annicota) gêmea de Annita e que cedo faleceu. Honorina Nília de Freitas, a Dona
Nilia, minha professora. Luce Orion de Freitas, que além de tudo cantava no
coral da então igreja matriz de Parintins, dedicada a Nossa Senhora do Carmo,
hoje sede da paróquia do Sagrado coração de Jesus, em razão da construção da
Catedral de Parintins, onde a Mãe do Carmo passou a ser homenageada.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;">May se
emociona quando fala da tia Annita Freitas, em quem ele e o irmão mais velho,
Yano, viam a figura da mãe que cedo partiu desta vida. A Professora Anita Freitas foi
nome de Escola Pública em Parintins e depois “cassada”, tendo a Escola outro nome, se é que ainda existe. Ele lembra também com saudade do seu
tio José Maria Alberto de Freitas, oficial de Marinha Mercante que morava no
Rio de Janeiro. O tio Zé Maria era casado com Dora Goes, irmã do Sr. Raul que
virou personagem de uma das crônicas contidas em meu livro Causos Amazônicos.
Zé maria e Dora tiveram uma filha chamada Moema e criaram a irmã de May de nome Yara, que vive hoje no Rio de Janeiro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;">Nossos
reencontro e aprofundamento da amizade foram tão significativos que, no almoço
do Círio do ano passado May esteve presente em minha casa. Evento que completará um ano no próximo domingo e certamente será lembrado.</span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;"> </span></span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN66Wby4ocQvAe4HTOXSvR5It6ccih8CAfdJhrcidunhpeP5iwF1l5gOJs4ZvqGZ6BdjE65fyj4DS4f10jxVMVAbCN7B6uzEbcJKfDwk_Hptv0WaDYFdNiyg6MsxaxOCogWgUwqTmtb33A/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN66Wby4ocQvAe4HTOXSvR5It6ccih8CAfdJhrcidunhpeP5iwF1l5gOJs4ZvqGZ6BdjE65fyj4DS4f10jxVMVAbCN7B6uzEbcJKfDwk_Hptv0WaDYFdNiyg6MsxaxOCogWgUwqTmtb33A/s400/3.jpg" width="400" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: small;">À direita, May Freitas no almoço do Círio de Nazaré de 2015, em minha casa</span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: medium;"></span></span><br /></span>
<div style="text-indent: 47.2px;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;">É isso aí. Afinal, felizes são as pessoas que sabem construir vínculos. Melhor ainda é se saber "regar” amizades. O efeito disso é imponderável e vale mais do que qualquer riqueza material.<o:p></o:p></span></span></div>
<div>
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: medium;"><br /></span></span></div>
</div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: x-small;">(editado
em função de postagem no Facebook de 31 de outubro de 2015 sob o título MEU
REENCONTRO COM MAY FREITAS). </span><span style="font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-10393983992922132222016-09-15T17:02:00.000-03:002019-02-22T19:15:45.157-03:00O Contestado Amazonas X Pará, “Prato Cheio” para acadêmicos <br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;"> </span><span style="color: #1d2129; font-size: 14pt; line-height: 14.5pt;">Poucos sabem que já houve uma Zona do
Contestado entre o</span><span style="color: #1d2129; font-size: 14pt; line-height: 14.5pt;"> </span><span style="color: #1d2129; font-size: 14pt; line-height: 14.5pt;">Amazonas e Pará. Isto
significa dizer que havia uma zona reclamada por ambos os Estados como parte integrante
de seu território. A ignorância, no verdadeiro sentido da palavra,
desconhecimento, acerca desse assunto e outros da mesma natureza se acentua especialmente
entre pessoas de gerações mais recentes.</span><br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 14.5pt; margin: 4.5pt 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;"><span class="textexposedshow"><br /></span></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqT0QB9-SX9VfVu657dsi3kSafnjGa0LjmDANjSFmGQ9wMmqDiM_bSFNjGiZeGnDVRu7JlN2t-JONq-XckAUuPT4tZEbWpRxmOBkiuRc0ofjcM78rphHumFS6xT4TtwArNrZ39o2wiiD16/s1600/Estado+do+Aamzonas.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqT0QB9-SX9VfVu657dsi3kSafnjGa0LjmDANjSFmGQ9wMmqDiM_bSFNjGiZeGnDVRu7JlN2t-JONq-XckAUuPT4tZEbWpRxmOBkiuRc0ofjcM78rphHumFS6xT4TtwArNrZ39o2wiiD16/s320/Estado+do+Aamzonas.gif" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mapa do Amazonas</td></tr>
</tbody></table>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin: 4.5pt 0cm; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;"><span class="textexposedshow"><br /></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 14.5pt; margin: 4.5pt 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Como nativo de Parintins, Amazonas,
nascido em 1952, eu tenho na memória as conversas que ouvia na minha infância,
entre meus familiares e amigos de meu falecido pai, Octacílio José Pessoa
Ferreira, sobre assuntos “lá do contestado”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 14.5pt; margin: 4.5pt 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;"> Essa
Zona Contestada era na região do baixo rio Nhamundá que serve de limite entre
Pará e Amazonas. O baixo rio Nhamundá é uma região de muitos paranás, igarapés e muitos lagos, como
o lago do Nhamundá, Aduacá, Cutipanã, Uruá, Curiá, Xixiá, Aminaru, Siriberu e
tantos outros. A Zona Contestada centrava-se no lago do Aduacá, com suas
particularidades de Aduacá de Cima, Aduacá do Meio e Aduacá de Baixo e ainda o
lago do Cutipanã, onde meu pai começou sua vida de comerciante, antes de
mudar-se com a família para Parintins, polo de influência da região.<o:p></o:p></span></div>
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDW8MHjw7f1V4qH1DZ3jcTCVCyil85Ln51pcXYwWGDPWmLZVwzYGJOKcPF9dPjlR100cUNZ00wwNoHf9oEVuW1P32aIgh4ptoWpYmCpvqbgi5CqYyXH9Y4BRCz4sXLgqZRGkwjp1r4HdNz/s1600/Estado+do+Par%25C3%25A1.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDW8MHjw7f1V4qH1DZ3jcTCVCyil85Ln51pcXYwWGDPWmLZVwzYGJOKcPF9dPjlR100cUNZ00wwNoHf9oEVuW1P32aIgh4ptoWpYmCpvqbgi5CqYyXH9Y4BRCz4sXLgqZRGkwjp1r4HdNz/s320/Estado+do+Par%25C3%25A1.gif" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mapa do Pará</td></tr>
</tbody></table>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin: 0cm 0cm 4.5pt; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 14.5pt; margin: 4.5pt 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Tomei conhecimento de uma
particularidade interessante a respeito da solução do Contestado
Amazonense/Paraense. Foi num bate-papo de varar madrugada com meu primo Hermes
Pessoa, médico veterinário radicado em Parintins e um estudioso de temáticas
amazônicas. A disputa entre Amazonas e Pará teria se resolvido por dois irmãos
da família Pessoa. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 14.5pt; margin: 4.5pt 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;"> Oriundos
de Sobral, no Ceará, eram eles Sérgio e Inácio Pessoa. O primeiro muito cedo
migrou para o Amazonas <span class="textexposedshow">e se tornou um dos mais
influentes políticos naquele Estado. Foi vereador, deputado, prefeito de
Manaus, presidente da Junta Comercial, provedor da Santa Casa de Misericórdia e
presidente do Banco do Amazonas. Hoje é nome de rua na capital amazonense.</span><o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 14.5pt; margin: 0cm 0cm 4.5pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Sobre Inácio Pessoa pouco se sabe. O que
é certo é que cumprindo a saga dos nordestinos migrou para o Pará onde também fez
carreira política. A informação que se tem, sem comprovação dos fatos, é que na
solução do contestado as discussões foram conduzidas por Sérgio Pessoa zelando
pelos interesses do Amazonas e Inácio Pessoa defendendo o estado do Pará.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 14.5pt; margin: 0cm 0cm 4.5pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;"> O
conhecimento dessa possível realidade histórica envolvendo dois irmãos da
família Pessoa de pelo menos três gerações antes da minha, não me fez orgulhoso.
Só acentuou minha curiosidade acerca dos meandros das discussões e dos fatores
que induziram a solução da questão. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 14.5pt; margin: 0cm 0cm 4.5pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Quando se pesquisa o assunto “Contestado”
na Internet, encontram-se diversas matérias sobre o contestado mais famoso do
Brasil, o que envolveu o Paraná e Santa Catarina. E uma ou outra menção a
contestados do sul e sudeste. Nada existe acerca de contestados de outras
regiões, como o que envolveu Amazonas e Pará.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 14.5pt; margin: 4.5pt 0cm; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Tomando a atuação desses meus dois
parentes distantes apenas como um possível lance pitoresco da História, acho
que o Contestado entre Pará e Amazonas é assunto que merece ser estudado em profundidade,
constituindo-se num “prato cheio” para produção de tese acadêmica. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 14.5pt; margin: 4.5pt 0cm; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Fica a sugestão para pesquisadores da
área de Sociologia, História ou Geografia da Amazônia.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin: 4.5pt 0cm; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14pt; line-height: 14.5pt; text-indent: 35.4pt;">(editado a partir da postagem no
Facebook, de 6 de agosto de 2015, sob o título“Solução entre Pessoas)</span></div>
</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-80870702605188233402016-07-06T21:07:00.001-03:002016-07-06T21:13:22.576-03:00“CAUSOS AMAZÔNICOS” CHEGA AO PERU MUITO BEM ACOMPANHADO<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBgP4qG9N7l1GMiINnNZYfCokmhECv5fJMhb0NYk9J707mpoNiChtX1baE8r-MPJCQrpZsZajEowPP_XIjAxll62VJFhBPy0q8WvxhQlchtyyVdHTvNNKssB7jJiwRhlFF551A8vgxspvh/s1600/afichito+juan+-+Copy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBgP4qG9N7l1GMiINnNZYfCokmhECv5fJMhb0NYk9J707mpoNiChtX1baE8r-MPJCQrpZsZajEowPP_XIjAxll62VJFhBPy0q8WvxhQlchtyyVdHTvNNKssB7jJiwRhlFF551A8vgxspvh/s1600/afichito+juan+-+Copy.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; line-height: 115%; text-align: justify;"> </span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 14pt;"> </span><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"> O "Causos Amazônicos" 2a. Edição Será apresentado na Feira de Livros que ocorrerá durante o V Colóquio
Internacional de Literaturas Amazónicas/CILA, em Lima/Peru, de 14 a 16 deste
mês de julho. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"> <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #1d2129;">O CILA visa incrementar a literatura produzida na Pan-Amazônia e foi realizado pela
primeira vez há cinco anos, em Lima, capital do Peru. A partir da segunda
versão passou a homenagear um escritor relevante das letras amazônicas. O
homenageado deste ano é Juan Rodríguez Pérez, um escritor que criou um universo
próprio ambientado no alto Hualga, região de San Martin e nos setores mais degradados da
cidade de Lima. É um escritor nato de estética pessoal cujo universo literário
é um dos mais ricos da literatura peruana contemporânea.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="background: white; color: #1d2129;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGaxb7OehvgJROm23tPQVxK5-aj3QBgidYIa_6Fw3_Zjx5tRmPVCI7AsQnUGbIyY2RgVA_f-xNcC6CyJwwcbtRW-PdbI75K3UHsMChVMIIxPhBcKNpc0Sg3IJEzoj59VxAdyYXnp9yQm-d/s1600/Benilton.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGaxb7OehvgJROm23tPQVxK5-aj3QBgidYIa_6Fw3_Zjx5tRmPVCI7AsQnUGbIyY2RgVA_f-xNcC6CyJwwcbtRW-PdbI75K3UHsMChVMIIxPhBcKNpc0Sg3IJEzoj59VxAdyYXnp9yQm-d/s1600/Benilton.jpg" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: white; color: #1d2129; line-height: 115%; text-align: justify;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: white; color: #1d2129; line-height: 115%;"> </span><span style="background: white; color: #1d2129; line-height: 115%;">No Colóquio, o </span><span style="line-height: 115%;">Professor da UFPA, Pós
Doutor, poeta e escritor Benilton Cruz <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #1d2129;">comunicará uma pesquisa sobre Mário Faustino. Mais precisamente as vozes
dos romanceros no poema de Faustino, O Romance, inserido no livro o Homem e sua
Hora, de 1955. Nesse poema há muitos traços da musicalidade dos romances em
versos da bela tradição ibérica dos romanceros (Espanha) romanceiros
(Portugal), pequenos poemas narrativos em versos, rimados e metrificados cujo
conteúdo gira em torno do amor e sua natureza trágica, diz Benilton.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="background: white; color: #1d2129; line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="background: white; color: #1d2129; line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: white; color: #1d2129; line-height: 115%;">Na Feira de Livros do V CILA, o intelectual
paraense apresentará </span><span style="line-height: 115%;">seu novo livro “<span style="background: white; color: #1d2129;">Espólios para uma Poética- Lusitanias Modernistas em Mário de
Andrade”, recém-lançado pela Paco Editorial de São Paulo, e o “Causos
Amazônicos”, 2ª. Edição, de minha autoria, editado pela Paka-Tatu, de Belém do
Pará, que lá ficarão disponíveis para venda.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="background: white; color: #1d2129;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="background: white; color: #1d2129;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2mxbNYr1DVR1jU5XE1g_tHOsNms6ViY3PYBZga4tdU3TQnVru9Iafd7z4mhe5l_xXk0EQ0yflV7yP8MWA4AGwPg-dTduOHSDsibj27rXTwcttf9pwiJeZU1YeUQGvNRuXRJQKfbjVgDB0/s1600/benilton_lobato_cruz___divulgacao.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2mxbNYr1DVR1jU5XE1g_tHOsNms6ViY3PYBZga4tdU3TQnVru9Iafd7z4mhe5l_xXk0EQ0yflV7yP8MWA4AGwPg-dTduOHSDsibj27rXTwcttf9pwiJeZU1YeUQGvNRuXRJQKfbjVgDB0/s1600/benilton_lobato_cruz___divulgacao.jpg" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="background: white; color: #1d2129;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="background: white; color: #1d2129;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: white; color: #1d2129; line-height: 115%;"> Em </span><span style="line-height: 115%;">“<span style="background: white; color: #1d2129;">Espólios para uma Poética- Lusitanias
Modernistas em Mário de Andrade” Benilton </span><span style="color: #333333;">comprova
que por detrás do experimento modernista existe a legitimação do português como
língua de prestígio, rememorada da época de expansão do longo século XVI, -
língua essa que não vem sozinha em seu destino de desbravar a continentalidade
brasileira - ela recupera e acende o veio cultural lusitano que vai se somar ao
conjunto das outras tradições da multiculturalidade brasileira. <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #333333;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 115%;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 115%;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 115%;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 115%;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPWHapCtaw3GxmidhjKHc-TDDD21qaaq9G1AXJ1X1ROPm7SCjWq7oM_cbSfrH-YWYrEAw1CazkdMWyn7qTd5wh2FoKi4xqRkzQHuzPBfgtSAWYe6fO_zrvE4C3JJyzKrKneaKq6ZZMi9FP/s1600/03.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPWHapCtaw3GxmidhjKHc-TDDD21qaaq9G1AXJ1X1ROPm7SCjWq7oM_cbSfrH-YWYrEAw1CazkdMWyn7qTd5wh2FoKi4xqRkzQHuzPBfgtSAWYe6fO_zrvE4C3JJyzKrKneaKq6ZZMi9FP/s320/03.jpg" width="229" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 115%;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #333333; line-height: 115%;">Como fez no Café Santa Cruz,
de Coimbra, Portugal, em novembro do ano passado, Benilton apresentará ao
público do V CILA, o Causos Amazônicos, de que ele enfatiza “</span><span style="background: rgb(246, 247, 248); line-height: 115%;">essa linguagem utilizada por Octavio, ainda
muito impregnada dos primeiros colonizadores portugueses que foram
conquistadores, navegadores, gente de coragem na travessia ao Novo Mundo, e
isso com certeza a língua portuguesa não esquece”. Refere-se Benilton a termos
do homem simples da Amazônia que eu uso até por ser um deles, “ilharga” por
exemplo, que na sua singeleza remete à
linguagem dos navegantes e colonizadores. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: rgb(246, 247, 248); line-height: 115%;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: rgb(246, 247, 248); line-height: 115%;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: rgb(246, 247, 248); line-height: 115%;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: rgb(246, 247, 248); line-height: 115%;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A apresentação por Benilton da obra e do autor do
livro “Causos Amazônicos” naquele tradicional espaço onde se reúne a fina flor
da intelectualidade portuguesa facilitou sobremaneira minha comunicação com o público após a apresentação e também, nos diálogos posteriores. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: rgb(246, 247, 248); line-height: 115%;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"> <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #1d2129; line-height: 115%;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Benilton e eu poderemos estar juntos na
próxima edição do CILA e, como ele diz e eu concordo plenamente “agora vamos
conquistar literalmente a literatura Pan-Amazônica”.</span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8233315674473115592.post-11456175516480322932016-07-02T11:25:00.000-03:002016-07-02T11:25:26.304-03:00ESSAS MULHERES MARAVILHOSAS<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: right;">
<span lang="PT" style="color: #1d2129; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.5pt;">(Artigo publicado originalmente no Facebook , 21 de maio de 2016)<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="color: #1d2129; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Interessante. O recém-empossado presidente da
República escolhe um ministério exclusivamente masculino e reduz o status da
Cultura na esfera federal, que deixou de ser um Ministério e passou a ser uma Secretaria
dentro do ressuscitado MEC- Ministério da Educação e Cultura, um péssimo
exemplo para os Estados e Municípios. Enquanto isso mulheres de diferentes
faixas etárias dão show, marcam gols nos mais diversos campos do conhecimento,
inclusive na Cultura. Três exemplos contemporâneos, com gente da Amazônia. <o:p></o:p></span><br />
<span lang="PT" style="color: #1d2129; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidT-GsIxHkJx8xmZzDCSsub-26YB9tOpvdwtuFZUyU8cusHCwDzPAEKYYFISnzGfg51HIjxVhqC7ztYyDTdG-ofxrhm21MKTgfBnLnaV9EA7kxMrbtoTfpR7rLWjewIiP64ppBiBpht_73/s1600/Mar%25C3%25ADlia+Emmi.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidT-GsIxHkJx8xmZzDCSsub-26YB9tOpvdwtuFZUyU8cusHCwDzPAEKYYFISnzGfg51HIjxVhqC7ztYyDTdG-ofxrhm21MKTgfBnLnaV9EA7kxMrbtoTfpR7rLWjewIiP64ppBiBpht_73/s200/Mar%25C3%25ADlia+Emmi.jpg" width="161" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Marília Emmi</td></tr>
</tbody></table>
<span style="color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<span style="color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"> A professora, socióloga especializada em imigração
internacional para a Amazônia, Marília Emmi, que teve sua primeira incursão na
ficção, o conto “Letizia”, selecionado para integrar a Antología de contos
escritos por mulheres sobre imigração italiana, foi convidada a estar presente
no lançamento da Antologia, durante a Bienal do Livro de São Paulo, de 25 de
agosto a 4 de setembro e, ainda este ano estará em Roma para o lançamento
italiano da Antologia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="color: #1d2129; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><br />
<span lang="PT" style="color: #1d2129; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span>
<span lang="PT" style="color: #1d2129; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span>
<span lang="PT" style="color: #1d2129; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeh1we6qthJQzVTr9Zk6ietNVWLo3Larfx-fLh8yfnQM-Rs65kStM-ZH59_dYEWZv2pTjy82WGKBMDViiybL07qa4a9w9bbZKf109JrxZjp9fB9Yuo-BqNZjXyuIlfkkZOpPyGvjP3hpYp/s1600/Geni+Begot.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeh1we6qthJQzVTr9Zk6ietNVWLo3Larfx-fLh8yfnQM-Rs65kStM-ZH59_dYEWZv2pTjy82WGKBMDViiybL07qa4a9w9bbZKf109JrxZjp9fB9Yuo-BqNZjXyuIlfkkZOpPyGvjP3hpYp/s1600/Geni+Begot.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Geni Begot</td></tr>
</tbody></table>
<span style="color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"> A pedagoga, professora, poeta, escritora e
agitadora cultural Geni Begot realiza o “Chá Cultural” da Escola Otávio Meira,
da cidade de Benevides, do Estado do Pará, é homenageada pelos seus pares,
pelos alunos e servidores da Escola e com sua iniciativa, realizada pela
terceira vez, homenageia poetas e escritores, proporciona oportunidade aos
alunos exercerem sua criatividade, na música, na poesia, na dança, na encenação
de poesias e crônicas. Um espetáculo emocionante. Um marco na história da
Escola Otávio Meira, da Cultura e da Educação, no Estado do Pará. Tudo é
possível ser feito quando se tem Amor pelo que se faz.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="color: #1d2129; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> A engenheira de alimentos Luciana Centeno tem seus
méritos reconhecidos por sua competência profissional e sua dedicação ao
magistério e ao empreendedorismo, o que lhe rendeu o carinhoso título de Girl
Power (garota poderosa) pelo programa “Empreendedorismo, curta essa ideia”/
Universitec, da Universidade Federal do Pará. Luciana, aos 26 anos tornou-se
PHD em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Cornell University/EUA. Isso sem
ter vínculo com a UFPA, onde formou-se Engenheira de Alimentos aos 21 anos, e
sem bolsa do CNPQ. Sua pós-graduação em Universidade americana “de ponta”
deveu-se ao currículo que Luciana montou ao longo de sua graduação, buscando
conhecer o lado prático da profissão, durante os períodos de férias. Na Cornell
fundou o Chocotec e após fundar o Clube de Empreendedorismo da UFPA, tornou-se
professora do Curso de Gastronomia da UNAMA- Universidade da Amazônia e, no ano
passado realizou seu grande sonho. Após a vitória de seu projeto no Prêmio
Samuel Benchimol de Empreendedorismo Sustentável, convidou a colega Camila
Travassos Bastos, doutora em Engenharia de Alimentos pela UFPA para criarem a
NAYAH Sabores da Amazônia, Delícias da Natureza, empresa que tem como
princípios a responsabilidade com o desenvolvimento sustentável e a extração
consciente de matérias-primas amazônicas. E mantém intensa parceria com os
produtores artesanais do chocolate feito com cacau da Amazônia.<o:p></o:p></span><br />
<span lang="PT" style="color: #1d2129; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg630M5bDhlz_d1HOIMR6syY8u8FAgYuVoP7hggipgjgqgrfCJUmxMUz-oTz5ZuuZsYHr9J0bByELeMz8_HwXH5HcLJ0Ib4EuHaixkSfIQM8O2eXJ_rLOTfbcHUadDjJRoqj5OMW0WDr3Tb/s1600/20160107_142202.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg630M5bDhlz_d1HOIMR6syY8u8FAgYuVoP7hggipgjgqgrfCJUmxMUz-oTz5ZuuZsYHr9J0bByELeMz8_HwXH5HcLJ0Ib4EuHaixkSfIQM8O2eXJ_rLOTfbcHUadDjJRoqj5OMW0WDr3Tb/s320/20160107_142202.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Luciana Ferreira Centeno</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"> Afinal, quem está na contramão da História? Essas
mulheres maravilhosas ou o presidente da República e seu governo?</span></div>
</div>
OCTAVIO PESSOAhttp://www.blogger.com/profile/11573963627008622634noreply@blogger.com0