“Dada
a causa, segue o efeito; mantida a causa, mantido o efeito; eliminada a causa,
eliminado o efeito”.
Essa
máxima sociológica elementar é ignorada pelos defensores da divisão do Estado
do Pará, com a criação dos Estados do Carajás e do Tapajós, ao atribuírem ao
tamanho do Estado do Pará, a condição de causa de seu atraso. E, ao prometerem
ao eleitor paraense, a solução dos problemas sociais e econômicos, por meio do
retalhamento do Estado, fazem uma promessa incumprível. O tamanho não é a causa
do atraso do Estado do Pará.
Afirmar
que as mazelas do Pará – caos da saúde e da educação, ineficiência do sistema
de transporte, aumento da violência e crise da segurança, dentre outros -
decorrem do tamanho do Estado é tripudiar sobre a nossa inteligência, e intencionalmente,
confundir a cabeça dos menos esclarecidos. Sabemos que esses problemas não são “privilégios”
dos grandes Estados, como o Pará, o Amazonas e outros. Eles acontecem também
nos pequenos Estados. Tanto nos subdesenvolvidos, como Sergipe e Alagoas,
quanto nos mais avançados, como Rio de Janeiro e São Paulo. Basta se visitar as
pequenas cidades desses Estados e a periferia das capitais para se assistir a ocorrência
de violência, postos de saúde superlotados e desestruturados, estradas e ruas
esburacadas e escolas sem condições de funcionamento, crianças fora da escola. A
mesma televisão, que veicula a campanha mentirosa, escancara em seus
noticiários, a dura realidade, diariamente.
Dizer que o Pará retalhado em 3
Estados vai ter esses e outros problemas solucionados é agir como Seu Creyson, aquele
personagem de um programa de TV, que ao apresentar as mais louca e mirabolantes
soluções para tudo, anuncia: “Os seus probremas se acabaram-se”. O povo
paraense não merece esse escárnio. Mas os adeptos do esquartejamento do Estado
do Pará, apostando no pouco conhecimento do homem simples, utilizam-se da indiscutível
criatividade da publicidade brasileira, para iludir a massa. O complemento
disso são os milhões “investidos” na fragilidade financeira do cidadão comum e
a truculência que já começa a acontecer nos “currais” dos coronéis, das regiões
que pretendem a emancipação.
O discurso dos separatistas induz o eleitor a
que, esquartejado o Estado do Pará, com o surgimento de 3 Estados – o imenso
Tapajós, que já nasceria o terceiro maior Estado brasileiro, o potencialmente
rico Carajás e o Pará residual, que bem poderia ser chamado Paramiri, que em
tupiguarani quer dizer Pará pequeno - de repente, por obra e graça do retalhamento, se daria um milagre.
Brotaria dinheiro a rodo. Do nada surgiriam hospitais, as estradas virariam rodovias
de primeiro mundo, o transporte urbano fluiria tranquilamente, o índice de
assaltos diminuiria, a segurança seria eficiente, os professores ganhariam mais
que o piso salarial e “todos seriam felizes para sempre”. Não é verdade. Recursos
públicos não brotam do nada e a divisão deles entre as 3 esferas da
Administração Pública - União, Estados e Municípios – é definida na
Constituição Federal e nas Leis, que não são alteradas num estalar de dedos. Quem
vai nessa conversa, acredita em Papai Noel, na Branca de Neve e que o Ministro
Luppi não é discípulo do Pinóquio.
As verdadeiras causas das nossas
dificuldades decorrem do atual modelo de gestão, predatório e concentrador. Recursos
existem, mas esse modelo induz a corrupção, o desvio e impede que os recursos públicos,
que se originam dos impostos que pagamos, cheguem aos verdadeiros destinatários, os mais
necessitados. Enquanto as causas estruturais do atraso e da pobreza dos Estados
brasileiros não forem eliminadas, os efeitos perversos persistirão. Dividir não
é solução.
Por
isso, não embarque na “canoa furada” da divisão do Pará. Vote duas vezes 55. Diga NÃO à criação do Estado do Tapajós. Diga NÃO à criação do Estado do Carajás.
OCTAVIO PESSOA.
Jornalista e Advogado
P.S: Permitida a
replicação deste texto em toda e qualquer mídia, desde que a fonte e o autor
sejam citados.
Amor! Aplausos pelo artigo esclarecedor e divertido. Bjs!
ResponderExcluirAOS SEPARATISTAS!
ResponderExcluirNão existe distância, não existe divisão, nem separação, só soma...
Não existe coração partido que não se junte;
Não existe conversa que não resolva;
Não existe dor que não passe;
Porque é muito bom morrer de amor e continuar de pé.
Quando existe amor, não existem diferenças que não possam ser igualadas e superadas, não existe...
Não existem barreiras que não vá ao chão, porque o amor é forte e resistente;
Não existem portas que permaneçam fechadas, não existe...
Porque o amor é a chave da felicidade que abre qualquer tipo de porta, é a chave mestra,
Porque no amor tudo se pode;
Não existe impossível quando o amor entra em ação, os dois se tornam um, se completam;
E quando se ferem, se regeneram, e então, todas as luzes que estavam apagadas se acedessem novamente, Exatamente “do nada”, e começa o show,
Show de amar, magoar, perdoar, superar e continuar,
É o que acontece em uma relação o amor supera tudo,
Mesmo que o “tudo” seja o fim do mundo,
Pois é o amor que sustenta o mundo...
By Hadylla Nascimento
Não e Não! Ninguém divide o Pará!
Boa, meu Mestre!
é isso ai doutor já estou divulgando seu blog nas minhas redes peço ao senhor que ame avise a cada postagens para eu postarnos grupos que administro
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