domingo, setembro 1

À NETA QUE VAI NASCER




Giulia Maria,

Ainda habitavas o ventre materno quando escrevi essa carta para ti. Foi durante o teu Brunch de Fraldas, no dia primeiro de setembro de dois mil e dezenove. Ali mesmo em meio aos familiares e convidados, eu senti uma vontade irrefreável de escrevê-la. Sem constrangimento anotei as ideias e comecei a digitá-la em meu celular.

         A música, um repertório de qualidade na altura exata a permitir o diálogo entre presentes, proporcionou-me também oportunidade de reflexão sobre o significado e a beleza daquele momento. Tudo me estimulava a realizar o meu propósito.



Parentes e amigos confraternizavam a expectativa da tua chegada, degustando saborosas comidas num ambiente bela e sobriamente decorado. O clima era de festa.

       Havia sim muita emoção. Especialmente nos mais avançados no tempo, no outono na Vida como eu gosto de dizer. Ali estavam teus bisavós paternos Haroldo e Arlene mais Felizberto e Liege e teus avós Camilo e Cassie. Também presentes estávamos nós, teus avós maternos, Octavio e Celeste. Além de tios, primos e amigos, muitos amigos a festejar tua breve chegada.

Mas agora, Giulia Maria, só entre nós dois, és a garantia da minha continuidade. Certamente outros meus netos virão. Teus irmãos e teus primos, mas serás sempre a primeira neta, como és a primeira bisneta. Parabéns minha querida.




Eu estudei o significado do teu nome e aprendi que Giulia Maria é “Jovem Senhora Soberana”. Que charme minha neta! E realmente, Maria o complemento do teu nome é o nome da Senhora Mãe de Deus, indiscutivelmente Soberana. Que felicidade.  

Desde quando eu soube que estavas concebida, embora em minha discrição eu procure disfarçar, entrei em estado de graça e em permanente ansiedade pela tua chegada.

Estou louco pra te conhecer, querida netinha. E enquanto Deus me permitir, quero te carregar nos braços, te ver crescer e te dedicar todo meu carinho e amor. Amor de avô que dizem ser pai com açúcar.

Te aguardo.