Feliz
de quem tem senso de religiosidade. De qualquer crença, pois o importante é o
sentimento de que nós não estamos sós. Há uma força superior que tudo orienta.
Se
Cristão, penso eu, é melhor porque Cristo resgatou a Humanidade do pecado e
retornou ao Pai, cabendo-nos seguir seus ensinamentos.
Melhor ainda se cristão Católico, pois
temos uma intercessora entre o Altíssimo e nós. Ela nos protege e pede ao
Senhor graças e bem aventuranças a todos que a procuram. Ela pode ser invocada
por suas mais diversas denominações. A mãezinha dos paraenses é a Senhora de
Nazaré, que homenageamos especialmente no segundo domingo de outubro.
A
compreensão da religiosidade para a felicidade humana se acentua e se sedimenta
quando alcançamos o Outono da Vida. É quando temos maturidade de olhar para
trás e refletir em função dos valores contidos nos Evangelhos e no livro
fundamental das grandes religiões. O que fizemos na Primavera, quando
florescíamos e no Verão, quando produzíamos intensamente solidificando a nossa
existência? Fomos éticos no dia a dia não fazendo ao outro o que não desejamos
para nós? Ou fomos utilitaristas retirando de cada situação apenas o que nos interessa?
Abrimo-nos para novo, para o que nos é diferente ou nos aferramos a ideias
preconcebidas? Permitimo-nos ampliar nossos vínculos ou nos trancamos em
redomas com os nossos imediatamente iguais?
No
Outono da Vida, feliz é quem construiu muitos vínculos. É uma pessoa rica, talvez
até milionária. Não no sentido material do dinheiro ou do poder porque esses
valores passam. É um milionário do maior bem que uma pessoa pode ter- as
amizades.
Acredito
que a rede de relacionamentos é o maior ativo, o maior bem que uma pessoa pode
ter e sei que muitos outros assim também pensam. O ser humano não foi criado
para viver só. Os vínculos criados ao longo de uma existência, as amizades, são
o alimento da alma e o bálsamo no Inverno da Vida.
Coragem para amar e fé para viver com alegria, segundo os ensinamentos cristãos, sempre a celebrar e desfrutar as merecidas bênçãos. Viva!
ResponderExcluirParabéns Octávio, por tão bela e suave interpretação da vida!
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