Roberto e eu com o meu exemplar do Guindaste Amarelo |
Um
encontro casual de dois amigos que há anos não se viam, na Estação das Docas, desencadeia
o mais novo romance de Roberto Carvalho de Faro, “O Guindaste Amarelo”. Foram
seis horas de reminiscências que os velhos companheiros navegaram.
Daniel
da Rocha Leite optou por chamar de Preamar a abertura d“O Guindaste Amarelo”. Confessa
que, “ao terminar de ler as líquidas páginas e marés deste livro, os seus
lugares de gentes, vidas, máquinas e sonhos, naufrágios iminentes, águas idas e
vindas, olhos e correntezas, eternos
retornos, buscas de um sentido para as nossas vidas, fiquei com a submarina sensação de que nós - assim
como o personagem Jonas Trindade - somos todos rios. Rios desse mar insondável de
existir, águas do cotidiano das nossas lutas, vazantes, lançantes, perau dos
destinos que escrevemos em nossas histórias”.
Alerta
Daniel que “O Guindaste Amarelo” não é um livro comum, é um livro feito de
guindastes e sonhos, beira de rios e gentes, águas grandes e estios, percalços
e chão, esperanças e perseveranças, trabalhos de terra e infinitas fainas a
cumprir: o sempre sonhar, ir buscar, atravessar rios e cidades, lutar por viver
e amar. Não sendo, então, um livro comum, mas, sim, um livro de rios, gentes e
suas máquinas de se (co)mover, no início de suas primeiras marés, partiremos daqui,
da Preamar, deste belo romance de Roberto Carvalho de Faro”.
O
autor, na contracapa, diz que já pensava em aposentar o teclado (a caneta,
antigamente), para textos ficcionais, acreditando que o já escrito “ainda que
não relevante” seria o suficiente, para deixar registrado. Modesto esse Roberto
Carvalho, que incluiu em seu nome, o da sua cidade de origem, Faro,no Oeste do Pará.
Prossegue
ele, afirmando que uma particularidade da vida de seu interlocutor – as
experiências na exploração do comércio de frete na calha do rio Amazonas, com
empurrador e uma balsa – o fez “parir” o livro que retrata as vivências do
protagonista nas águas do caudaloso Amazonas. “Quanta aventura!” conclui Roberto.
A
empresa SC Transportes e Construções, de Manaus/AM, que atua inclusive, no ramo
de transporte fluvial, apoiou Roberto na edição do livro.
Quem se
orgulha de carregar no peito a força das águas do Rio Mar, vai se deliciar, lendo a obra desse caboclo que, com suas amazônicas obras, tornou-se imortal da
Academia Paraense de Letras.
No
sábado passado, estive com Roberto, na sua “Cabana do Bosque”, da Rua João
Canuto, 510, em Ananindeua. Foram horas e horas a absorver conhecimentos e
vivências. O que nada neste mundo paga. No final, trouxe meu exemplar autografado e
outros exemplares para presentear os amigos. A obra pode ser solicitada diretamente ao autor, pelo telefone 32553612 e também na Academia Paraense de Letras. Rua João Diogo, 235 (em frente aos Bombeiros).
Sob a cuieira que Roberto trouxe de Faro, sua cidade natal |
"Guindastes e sonhos, beira de rios e gentes, águas grandes e estios, percalços e chão, esperanças e perseveranças, trabalhos de terra e infinitas fainas a cumprir: o sempre sonhar, ir buscar, atravessar rios e cidades, lutar por viver e amar".
ResponderExcluirSalve, Roberto!
Ah, como sou seu fã!
É claro que eu vou ler.