sábado, dezembro 8

"100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças" relembram e confraternizam-se.



           Na quarta-feira, dia 12 de dezembro, amantes da poesia e da música confraternizarão no Bar Soler, situado na esquina da Soares Carneiro com a Curuçá, em Belém do Pará. Nesse dia, os realizadores do “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”, evento da Amazônia, realizado no dia 29 de setembro, no anfiteatro São Pedro Nolasco, da Estação das Docas, exibirão aos poetas e músicos e ao público presente, o compacto do documentário sobre o evento. Na sequência, haverá batepapo dos realizadores com o público, sobre o evento deste ano e os projetos para 2013.

        A exibição do vídeo é o coroamento de todo um trabalho que custou muita inspiração e transpiração. A começar pela fase de organização do evento, que foi elogiadíssimo pelos poetas e ativistas americanos, Michael Rothemberg e Terry Carrion, idealizadores do projeto, que visa reunir criativos (poetas, escritores, músicos e afins), num dia do ano, para expor seus trabalhos, declamar, ler textos, enfim, em torno de temas como a busca da Paz mundial e da sustentabilidade do planeta e coisas afins. 

           O “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”, evento da Amazônia, deste ano de 2012, adotou como semântica, "Fazer da Paz um Verbo", que é explicada, ao longo do vídeo, pelo autor da ideia, o poeta e escritor Daniel Leite.


Os organizadores apreciam o material editado
         Em recente reunião, os realizadores do evento  apreciaram o documentário editado. Decidiu-se então, por se fazer um compacto do documentário, para reduzir o tempo de exibição e aumentar o tempo para o batepapo com o público sobre o processo de que levou ao sucesso do “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”, desde sua primeira versão
A satisfação foi generalizada, com o resultado, o que justificou um brinde, seguido de jantar.

  

Um brinde ao sucesso da Poesia e da Música.
              Será também, uma oportunidade de confraternização entre os criativos presentes no Bar Soler e o público, inclusive com distribuição de brindes.

              Compareça, compartilhe, divulgue!






terça-feira, novembro 27

"Sementes do Sol" será lançado na Assembléia Paraense






          Imperdível o lançamento do “Sementes do Sol”, do cronista/contista obidense, Ademar Ayres do Amaral, no dia 5 de dezembro, a partir das 19:00h, na Sede Social da Assembléia Paraense, da Presidente Vargas.

             Li o "Catalinas e Casarões", em que Ademar descreve a formação histórica e econômica da região do baixo amazonas influenciada pelos municípios de Santarém e Óbidos, com o apogeu e o declínio das grandes fazendas, abordando também a importância que os aviões catalina da Panair do Brasil tiveram para aquela região e toda a Amazônia. Ao mesmo tempo em que resgata as origens e o papel histórico que tiveram as famílias Amaral e Ayres, sem cair no lugar comum das biografias pela biografia.

               Transcrevo a seguir, o comentário do também obidense Célio Simões, na Folha de Óbidos, sobre a nova obra de Ademar:

"Nem bem concluí a leitura do livro do Alberto Rogério, outro me cai nas mãos.  Ademar Amaral reuniu seu talento de cronista, à sua farta, criativa e inesgotável imaginação e trouxe a público seu primeiro romance – SEMENTES DO SOL – onde discorre com grande acuidade sobre um dos mais expressivos ciclos econômicos dentre os que já ocorrerem na Amazônia – o da juta.

A narrativa faz justiça a um punhado de pioneiros japoneses que superando as adversidades da floresta densa e por vezes impenetrável, dedicaram-se de corpo e alma a um projeto de vida onde não havia lugar para o meio termo. Ou seriam bem sucedidos, ou a saga do plantio, colheita, lavagem, secagem e venda da fibra para as usinas de beneficiamento, a preços aviltados, eternizariam no nascedouro suas aspirações de prosperidade.
 

Os leitores que superaram cinco ou seis décadas de vida lembram bem do fausto representado pela Usina Paulista de Aniagem. Um enclave do baronato do café dos Álvares Penteado plantado na estratégica margem do Laguinho, surfando na mais vistosa das embarcações das redondezas, o SIALPE, com seu administrador confortavelmente instalado em uma residência de fazer inveja a muito abastado do lugar.
 

Se por um lado a juta dinamizou a economia do Baixo Amazonas, resgatando-o de um período de quase estagnação, personagens inescrupulosos, sem eira nem beira como “o Turco”, encheram as burras de dinheiro praticando uma das mais abjetas formas de comércio conhecidas no mundo moderno - o aviamento - hoje ainda existente nas lavouras de cana e nos garimpos dos confins da Amazônia.

O universo em que se desenvolve a trama é amplo, porém o pano de fundo é o mesmo: o drama da sobrevivência dos plantadores de juta e a luta tenaz dos japoneses para tornar realidade um sonho no qual a maioria teria desistido no início, tamanhas as dificuldades que encontraram.

Ademar cria personagens que se envolvem em curiosas tramas. Dá vida a outros que lembram figuras conhecidas do dia a dia daqueles bons tempos. Nem todos falam, alguns são até mudos, mas o autor fala por elas. O enredo é envolvente e não permite retorno aos capítulos anteriores, pois a narrativa obedece a uma lógica excepcional, possibilitando o entendimento. Às vezes, a irreverência surge de entremeio ao caótico, claro entrechoques de interesses inconfessáveis (ou não) dos seus principais atores. Poderia ser romance policial, mas não é. No estilo, quando muito.

Os leitores do Ademar (a meu ver, o mais fértil escritor obidense), já vinham merecendo uma obra desse tipo, onde ele, cronista e contista, ascende ao patamar maior do romance. As narrativas nos transportam aos igapós, lagos, igarapés e paranás de uma região fascinante. Os procedimentos das famílias japonesas refletem o melhor da convivência humana, mesmo quando seus atritos mais primitivos se desenrolam ao contato com a natureza mais rebelde. São heróis e vilões, ao sabor de conveniências políticas que eles não controlam nem dominam. Perdidos numa selva sem fim deram azo a um dos mais prósperos períodos da Amazônia, a partir de um único pé de juta do heróico Ryota Oyama.

Quando fala do “Sem Fim”, Ademar me faz lembrar Samuel Benchimol. A Pan-Amazônia constitui a vigésima parte da superfície terrestre, com uma densidade de apenas 1,5 habitantes por quilômetro quadrado, sendo o restante um enorme vazio, desafiando a capacidade humana para conhecê-la e conquistá-la. Basta contemplar no mapa o vasto trecho que serviu de cenário aos dramas que deram ritmo e sabor a
 SEMENTES DO SOL. 

Epopéia de conquistas e sofrimentos de tamanha envergadura nota-se um profundo respeito do escritor pelos Koutakuseis e colonos do Andirá, a ponto de relacioná-los nominalmente ao final do livro. Faço coro a essa reverência, pois os japoneses (que influenciam nossa nacionalidade), outra coisa não foram do que exemplos de pessoas sérias e trabalhadoras. Melhor do que eu, deles nos fala o advogado do Banco do Brasil Paulo Dias de Carvalho, que em 07 de novembro de 1977, ao defender judicialmente Hiroshi Saito (japonês, casado, agricultor) da sanha desonesta e usurária de um cartorário inescrupuloso de Monte Alegre, assim resumiu o que todos sentimos:“Excelência: Estive em Monte Alegre e dediquei meu tempo ao estudo deste problema que reputo extravagante. Mantive contacto com os agricultores japoneses que afinal de contas com sua técnica agrícola conhecida em todo mundo, aqui estão contribuindo para a prosperidade desta Amazônia, revolvendo terras, trabalhando de sol a sol. Homens de pouca instrução mas homens honestos e acima de tudo amantes do trabalho. Pediram-me que intercedesse por eles e agradeceram-me. Informei-os de que nada tinham que agradecer e que nós, brasileiros, é que estávamos agradecidos pelo que de muito haviam feito e pelo que por certo pretendiam fazer também em nosso benefício e até, Excelência, desculpei-me perante aqueles homens uma vez que um nacional nosso por motivos solertes estava-lhes entravando a própria sobrevivência”.

Nunca privei da amizade do Paulo. Sequer o conheci. Suas colocações sobre os japoneses são escorreitas. Comungo de seu conceito sobre essa gente de fibra, que sem nenhuma pretensão mudou os rumos da economia do vale amazônico por um bom tempo. Tempo esse o suficiente para que Ademar dele fizesse o cenário completo de sua vibrante e extraordinária narrativa.

O lançamento de Sementes do Sol será no próximo dia 05 de dezembro, às 19 horas, no Terrace da Sede Social da Assembléia Paraense, na Presidente Vargas. É leitura imperdível."
 

Célio Simões

            Recomendo a todos e estarei presente no lançamento do “Sementes do Sol”. Vamos prestigiar a literatura paraense contemporânea.



domingo, novembro 25

“Escolhas Conscientes” encerrado em Brasília.



Encerramento da 5a. Turma do "Escolhas Conscientes"  

“Escolhas Conscientes”encerrado em Brasília.

Foi na sexta-feira passada, dia 23 de novembro, o encerramento da segunda etapa do Programa “Escolhas Conscientes”, no Instituto Serzedello Correa, do Tribunal de Contas da União.

Essa foi a quinta turma que passou pelo Programa, voltado para servidores às vésperas da aposentadoria ou para servidores aposentados, dentro do prazo de reversão ao serviço público (cinco anos).

A continuidade da programação só confirmou a opinião que externei, no último post: a de que se trata de um programa necessário, para que o trabalhador tome uma decisão com segurança do que está fazendo, uma vez preenchidos os requisitos legais da aposentadoria.

De parabéns as psicólogas do TCU que conduziram a programação, Amélia, Janaína e Ruth, sob a responsabilidade da servidora Graça Duarte. E também, os colaboradores Evaldo Rui, Juciara e Paulino.


Cronista da Amazônia e Cronista Mineiro, Élsio Jeová.
No momento do programa, chamado “Presente Coletivo”, diversos colegas se manifestaram, como a colega Ione Jaszewski, da Secex-PR, que disse um texto de Natal. Rui Oliveira Barbosa, aposentado, falou sobre suas pretensões de escrever um livro. O aposentado Élsio Jeová, que foi inclusive, Secretário de Controle Externo da SECEX/MG,  leu um capítulo de seu livro “Resgate”, em que fica evidente a influência de seu conterrâneo mineiro, João Guimarães Rosa. Na oportunidade, li duas crônicas do meu “Causos Amazônicos” e ofertei um exemplar a todos que participaram do Programa. E Ana Celeste Pereira Ferreira apresentou o acróstico que fez sobre “Escolhas Conscientes”:

E is que é chegada a hora de decidir
S e vamos ficar ou vamos partir ...
C arece muito refletir o que será melhor
O s projetos avaliar, sem pena, nem dó.
L ições de vida insistem em nos dizer
H oje é o presente conquistado
A manhã será o futuro desejado
S erá que estamos dispostos a mudar ou (re) começar?

C ada um sabe o caminho a seguir
O segredo está dentro de si
N a esperança de realizar
S onhos sonhados e não vividos
C oração tranquilo e mente aberta para
I nteresses novos buscar, sem medo de falhar
E ntusiasmo de viver o que virá
N atureza sempre em movimento
T udo tem seu devido tempo
E o rio segue seu curso sem parar
S edento corre ao encontro do mar.
Ana Celeste Pereira Ferreira

Ana Celeste com as psicólogas, Amélia, Janaína e Ruth e a colega Vágna, da Secex/MA

sexta-feira, novembro 16

“Escolhas Conscientes”, um programa necessário.


Programa "Escolhas Conscientes". Turma de novembro/2012


                Nos dias 8 e 9 deste mês de novembro, estive em Brasília, no Instituto Serzedello Corrêa, unidade de treinamento do TCU, participando da primeira fase do programa “Escolhas Conscientes”, de Preparação para a Aposentadoria.
Programa de Preparação para a Aposentadoria pode soar estranho aos menos avisados ou aos que tem uma visão à antiga sobre essa fase tão importante na vida do homem e da mulher. A aposentadoria não é mais a fase do “pijama” para o homem, ou do “tricô” para a mulher. Isso é como “sentar-se no trono do apartamento, com a boca escancarada e cheia de dentes, esperando a morte chegar”, nas palavras do maluco beleza, Raul Seixas. A vida do aposentado ou da aposentada pode ser altamente gratificante e produtiva. Tudo é uma questão de escolha.
A decisão de aposentar-se pode se dar por motivos inconscientes, que, não raras vezes, são indutores de depressão e, nos casos mais graves, até mesmo de morte. Provocam também,  processos de reversão ao trabalho, o que não significa que, no retorno à vida ativa, tudo volte a ser como “dantes no quartel de Abranches”. A vida segue. “Sei que nada será como antes, amanhã”, diz com propriedade, Milton Nascimento.
Por outro lado, o que leva os que reúnem as condições para aposentar-se e  optam por permanecer no serviço? Seria apenas uma fuga de outras situações da vida? Nesse caso, permanecer trabalhando seria a solução mais adequada? O trabalho se tornou um “vício”? A motivação é unicamente financeira? E a produtividade, como fica? Um dia, a “expulsória” chega. E  aí, não tem mais jeito. Quem permaneceu por motivos inconsciente vai ter que “encarar seus demônios, lá fora”. Às vezes, tardiamente. De parabéns os que permanecem na ativa e continuam a produzir com qualidade e de bem com a vida.
Daí a importância de o trabalhador estar consciente da decisão de aposentar-se, quando preenchidos, ou próximo de serem completados os requisitos legais da aposentadoria. Eis aí a importância do “Escolhas Conscientes”, Programa de Preparação para a Aposentadoria, oferecido a seus servidores, pelo Tribunal de Contas da União.
Sessentão assumido, com trinta e cinco anos recém completados, de contribuição para a Previdência Pública,  há algum tempo realizando outras atividades extremamente prazerosas, eu achei uma excelente experiência a participação na primeira etapa do “Escolhas conscientes”. Estarei na segunda etapa, como estarão, com certeza, todos que participaram da parte inicial.  
A validade do Programa é tamanha, que muitos colegas sugeriram que algo semelhante deveria ser feito noutros momentos da vida profissional do servidor, inclusive no ingresso no TCU. Para que o servidor novato amplie seu nível de consciência quanto à importância estratégica do exercício do cargo de servidor do Tribunal de Contas da União, para a Nação brasileira e para o cidadão, enquanto contribuinte.  Toda instituição pública deveria ter um programa semelhante, foi a conclusão de alguns participantes. Tive a confirmação dessa realidade, em meu retorno a Belém, na longa conversa com uma senhora, servidora aposentada do Senado Federal, que viajou ao meu lado, no avião. Ela passou pelo programa “Qualidade de Vida”, equivalente ao “Escolhas Conscientes”, no Senado. Falou-me maravilhada sobre quão importante tem sido para ela, os efeitos de sua participação naquele Programa.
O Programa “Escolhas Conscientes” é desenvolvido sob a responsabilidade da colega Maria das Graças da Silva Duarte de Abreu e ministrado, para a minha turma, pelas psicólogas do TCU, Amélia Midori Yamane Sekido, Janaína Rodrigues e Ruth Helena de Oliveira Souza, coordenadora, com o apoio de profissionais de áreas específicas, como a nutricionista Mônica e a fonoaudióloga Marcela Faulstich.


domingo, novembro 11

"Causos Amazônicos" no Salão do Livro da Região do Capim



                Como antecipei, no último post, o “Causos Amazônicos” se fez presente Salão do Livro da Região do Capim, ação da Feira Pan-Amazônica do Livro, em Paragominas, município polo da Região de Integração do Rio Capim. No horário nobre do dia da abertura, o sábado dia 3 de novembro, estive no Estande do Autor Paraense, autografando exemplares do meu livro de crônicas.

Adnan Demachky, prefeito de Paragominas
           


Aparecida Luciano, secretária municipal de cultura
     
     O prefeito de Paragominas, meu amigo Adnan Demachki, prestigiou a noite de autógrafos e adquiriu também, livros de outros autores paraenses, que tiveram suas obras expostas no Estande do Autor Paraense.

   Também se fez presente, a secretária de municipal de cultura, turismo, desporto e lazer, Sra. Maria Aparecida Luciano
                
         
Luciana Beckymann e Kalyne souza
Autores paraenses presentes no evento, como Alfredo Garcia, Bruno Melo e Rufino Almeida,  permutamos obras e trocamos experiências. Prestigiei também, as estudantes da Faculdade de História, da UFPA, Luciana Bekymann, Érita Evelin e Kalyne Souza, autoras de textos do livro “História e Natureza Nas Aulas de Estudos Amazônicos”, da Coleção Almanaque Amazônico, da Editora Estudos Amazônicos, que a convite das estudantes, fiquei de visitar em minha volta a Belém.  


Érita Evelin
O livro é uma coletânea de textos que tem como fio condutor, a história  e a natureza do Estado do Pará, o que proporciona ao leitor uma reflexão sobre animais e plantas; alimentação, agricultura e trabalho; cultura material; energia elétrica; água e ferrovias; cidades e memórias. O que permite “pensar a História do Pará, por meio das transformações vivenciadas nesse espaço, a partir de seus elementos naturais e, é claro, das pessoas que vivem e constroem tais espaços”, diz no prefácio, a professora Franciane Gama Lacerda, Coordenadora do Projeto.
                
       Aproveitei a oportunidade Salão do Livro da Região do Rio Capim, para oferecer um exemplar do “Causos Amazônicos” à professora Amarilis Tupiassu, uma das avalistas do meu primeiro livro de crônicas. Isto, após ter prestigiado sua excepcional palestra “Letras Portuguesas: ontem e hoje”, uma viagem pelo universo da produção literária lusitana, das suas origens aos dias atuais.

Professora Amarilis Tupiassu 

                No domingo seguinte, dia 4, antes de deixar Paragominas, que há anos não visitava, passeei um pouco pela cidade. Constatei o que já havia observado da última vez que estive naquela cidade.  Uma urbe organizada, limpa e aconchegante, compensando o forte calor, próprio da região. Já me chamara atenção, da última vez em que lá estive, a ausência de pedintes e menores de rua, induzindo a que os problemas sociais estão sendo administrados. Procurei ouvir pessoas do público, sobre a qualidade de vida, e a tônica das respostas foi a da satisfação com a vida em Paragominas.
                 

quarta-feira, outubro 31

“Causos Amazônicos” será lançado em Paragominas




  
No próximo sábado, dia 3, a partir das 7 da noite, estarei autografando meu livro de crônicas, "Causos Amazônicos", no Estande do Autor Paraense, do I Salão do Livro da Região do Capim, que se realizará em Paragominas, até o dia 11 de novembro.

O Salão do Livro da Região do Capim é uma ação da Feira  Pan-Amazônica do Livro, iniciativa do Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Cultura-Secult, que ocorrerá pela primeira vez  naquela cidade, polo da Região de Integração do Rio Capim, que engloba, além de Paragominas, os municípios de Abel Figueiredo, Aurora do Pará, Bujaru, Capitão Poço, Concórdia do Pará, Dom Eliseu, Garrafão do Norte, Ipixuna do Pará, Ourém, Rondon do Pará, Tomé-Açu e Ulianópolis. Funcionará, diariamente, de 9 da manhã às 10 da noite, no Parque Ambiental Municipal. 

Paragominas, junção de Pará, Goiás e Minas, em razão da expressiva presença de  goianos e mineiros, na região do rio Capim, em sua fase pioneira, no final dos anos 50 do século passado,   fica a aproximadamente 350 Km de Belém e é acessada pelas BR-316, BR-010 (Belém-Brasília) e PA-125, para quem se desloca da capital paraense.  

          Município autônomo, desde 1965, desmembrado parcialmente de áreas de São Domingos do Capim e de Viseu, Paragominas ocupa uma área de 19.395,69 km², com uma população de quase cem mil habitantes, e tem hoje, sua economia fundamentada significativamente na exploração de minérios, com destaque para a Vale, na industrialização da madeira, além da tradicional pecuária de corte. A cidade está bem organizada, para ela afluindo gente dos mais diversos recantos do Brasil, a maioria não pretendendo voltar a seu lugar de origem, dadas a qualidade de vida que se desfruta em Paragominas.  


Vista aérea do centro de Paragominas


sexta-feira, outubro 12

Barqueiros de Amor e de Fé


Antonio Juraci Siqueira, o Boto.

Neste Círio, compartilho com meu leitores, esta belíssima Poesia do Mestre Jura:


Barqueiros de Amor e Fé

I
Senhora do Amor Eterno,
em Vossa barca de flores,
volvei-nos o olhar materno,
rogai por nós, pescadores,
nas lutas do dia a dia
pelo pão da poesia
num mar de risos e dores.

II
Nesse rio de romeiros
nossa fé em Vós revoa;
somos todos canoeiros
a remar, com Deus à proa,
nessa igarité tão linda
que o povo chama Berlinda
e vos serve de canoa.

III
Pelas marolas da vida,
envoltos em nossos ais,
em Vós buscamos guarida
aportando em Vosso cais
- porto seguro e divino -
para atar nosso destino
no esteio de Vossa Paz.

IV
Seguimos nossos caminhos,
Senhora de Nazaré,
nós, humildes ribeirinhos
remando contra a maré
rio abaixo, rio acima
na barca que nos anima
onde embarca a nossa fé.

V
Nas rabetas, nas bajaras,
nos cascos, nas montarias,
nos batelões, nas igaras,
vencendo marés bravias
descem cargas de bonança
trazendo amor e esperança
em eternas romarias.

VI
Guiai os nossos barqueiros
com suas cargas de sonhos,
nossos produtos brejeiros,
de artesãos belos, risonhos
e os livrai das emboscadas,
das abordagens tramadas
por malfeitores medonhos.

VII
Virgem Mãe dos construtores
das nossas embarcações,
aliviai suas dores
dai paz em seus corações
para que sem sacrifícios
possam passar seus ofícios
às futuras gerações.

VIII
Ó, Virgem Santa, coloque
Vosso manto sobre nós
pondo em cada roque-roque
a voz dos nossos avós
junto aos sons da Natureza
emprenhando de beleza
este mundo grave e atroz.

IX
Eliminai nossos medos
nos dando um novo sentido,
nos fazei vossos brinquedos
de miriti colorido.
Livrai o meio ambiente
desse monstro poluente
que é o Capital atrevido.

X
E ao final desta jornada,
em prol do Supremo Bem,
Santa Mãe Imaculada,
olhai por nossa Belém!
Abençoai vossos filhos
direcionando seus trilhos
para todo o sempre. Amém!

Antonio Juraci Siqueira

quarta-feira, outubro 10

A FEIRA PAN-AMAZÔNICA DO LIVRO E EU




          A XXVI Feira Pan-Amazônica do Livro encerrou-se no domingo, 30 de setembro, repetindo o sucesso de todas as edições desse evento literário, que ocorre todos os anos, em Belém do Pará. Minha relação com ela foi gratificante e promissora.

           Comprometido com a organização do “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”, evento da Amazônia, que se realizou no sábado, dia 29 de setembro, e que, graças a Deus, foi um sucesso, não pude, este ano, fazer o que sempre fiz, nas edições anteriores da Feira Pan-Amazônica do Livro e sempre faço em eventos semelhantes: ficar pelo menos um dia inteiro, sozinho, “garimpando” títulos interessantes. Ainda assim, comprei pelo menos meia dúzia de livros. Tenho literatura “de sobra”, para ser degustada por muito tempo. E o que é melhor: literatura paraense contemporânea. E de qualidade.


Com Roberto Carvalho de Faro
                Estive na Feira, em duas ocasiões, especialmente para prestigiar amigos “do peito”. Primeiro, o imortal Roberto Carvalho de Faro, que teve seu livro “Arrastado pela Correnteza”, lançado pela Academia Paraense de Letras. Essa obra que já foi objeto de matéria específica neste blog. Prestigiei também a noite de autógrafos, das obras do amigo e irmão de alma e de sonhos, Daniel Leite. “Girândolas” eu já “consumi”, nestes poucos dias. Leio agora, outro livro de Daniel, o AVE EVA, e já está na fila de leitura, o ELAS. Todas, obras “de primeira”. Imperdíveis. Recomendo.

                Mesmo sem tempo para me “perder” entre as obras da Feira Pan-Amazônica e nos eventos especiais da sua programação, tive a felicidade de assistir no domingo de abertura, a homenagem ao falecido maestro e compositor santareno, Wilson Fonseca, feita por seus familiares e admiradores, no ano do Centenário de Isoca, como conhecido por seus conterrâneos.  Com seminário sobre o conjunto da vastíssima obra do Maestro, que vai da música sacra à popular, inclusive o Hino de Santarém, e apresentação de algumas dessas obras. Os presentes naquele auditório comoveram-se com a emoção do desembargador federal do trabalho, Vicente Malheiros da Fonseca, filho de Isoca e também compositor, especialmente ao descrever os últimos momentos de vida do Maestro, ocasião em que ele, Vicente, compôs um réquiem para o pai.

                A Feira Pan-Amazônica do Livro deste ano marcou também,  minha estreia no Estande do Autor Paraense, graças ao empenho do Daniel Leite, que no “apagar das luzes”, conseguiu inserir o meu livro “Causos Amazônicos”, dentre as obras expostas naquele Estande. Uma experiência marcante para mim, que me levou a posicionar-me junto aos organizadores, para que o “Causos Amazônicos” esteja noutras Feiras e noutros espaços futuros.

                Na noite do encerramento, encontrei-me no Estande do Autor Paraense, com o meu amigo Giovanni Miléo, consultor e autor do livro “Automotivação e Linguagem Corporal”, dentre outras obras. Cada um de nós comprou o livro do outro. Logo na segunda-feira, pela manhã, recebi e-mail do  Giovanni, com o seguinte comentário:

               Bom dia, Octavio!
  
                   Meu amigo, comecei a ler o seu livro e tenho me divertido muito.

                   Você escreve muito bem. O texto é dinâmico, leve, gostoso de ler.

                   E como é bom ler um texto com o nosso cenário e o nosso vocabulário.

                   Excelente livro, e para mim, de agora em diante, tenho você como um Veríssimo da Amazônia.

                   Parabéns, o livro está excelente.

                  Pode seguir na carreira que você tem talento. Dá show.

                  Conte comigo.

                   Um forte abraço e fique com Deus.”


                Dá pra ver que o Giovanni foi generoso comigo. Eu, um Veríssimo? Diante do cronista gaúcho, não passo de um escritor “liliputiano”, como descrevo o personagem Little Box, na crônica “O Pequeno Caixa so London Bank”, no “Causos Amazônicos”.

Giovanni, agradeço de público, seu incentivo. Palavras como as suas estimulam a gente. De tal maneira que me sinto motivado a confessar que já estou “gestando” minha primeira obra de ficção. Como sempre, situada na Amazônia. Bem como, tenho um tema para um ensaio, também de interesse para o povo paraense, especialmente o de Belém. Tudo matéria para ser desenvolvida, a partir de 2013, quando já aposentado do TCU, pretendo dedicar-me à literatura e à comunicação.

Um abraço amazônico em você, Giovanni, e em você, leitor. Um Feliz e Abençoado Círio de Nazaré, para todos nós!
                               


domingo, outubro 7

“100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”, uma experiência que veio para ficar




Michel Rothemberg
         “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”  nasceu ano passado, nos Estados Unidos, fruto da ideia dos poetas e ativistas Micahel Rothenberg e Terry Carrion de, num determinado dia do ano, poetas, escritores, músicos e outros criativos, dos mais diversos lugares do mundo, reunirem-se para declamar, ler textos, cantar e fazer outros tipos de apresentações artísticas, buscando a interação com o público, em torno da busca da Paz mundial, da sustentabilidade do planeta e de outros temas afins.  
            

Terry Carrion
      
                
       Este ano, a data escolhida foi o sábado, dia 29 de setembro passado. Dentre os mais de oitocentos eventos ocorridos, em mais de cem países do mundo, destacou-se, segundo os idealizadores, o Evento da Amazônia, que aconteceu no Anfiteatro São Pedro Nolasco, da Estação das Docas, em Belém do Pará.




Anfiteatro S. Pedro Nolasco
 
     Para os realizadores locais, os poetas e escritores, Benny Franklin, Antonio Juraci Siqueira,  Daniel Leite, Jorge Andrade, Octavio Pessoa e o imortal Roberto Carvalho de Faro, que teve participação especial, nas reuniões preparatórias e na própria realização do evento, como piloto, o programa foi aprovado e já se movimentam em torno do evento de 2013 do “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”



                
Antonio Juraci Siqueira

Relembrando meus tempos de locutor de rádio AM, na minha juventude, conduzi a programação do “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”, aberta pelo poeta Antonio Juraci Siqueira, com o seu poema “Canção para fazer da Paz um Verbo”. 



Daniel Leite


Na sequência, o poeta e escritor, Daniel Leite, idealizador da semântica do evento, explicou ao público, o sentido de “Fazer da Paz um Verbo”.



   
         Quase duas dezenas de poetas, escritores e cantores sucederam-se no palco, que teve como cenário, figuras do imaginário e da realidade amazônica, como a cobra grande, o boto e o búfalo marajoara. 


       O evento da Amazônia do “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças” teve também a presença inevitável da chuva do verão amazônico, o que, para poetas, não é motivo de desânimo. Pelo contrário. É pretexto para juntar-se ao público e tocar  informalmente a programação.

A chuva amazônica registra presença

           O público que lotava as arquibancadas do Anfiteatro São Pedro Nolasco misturou-se com os poetas, escritores e  músicos,  que prosseguiram informalmente com a programação, entre as mesas do Bar Marujo’s, da Estação das Docas.



Octavio Pessoa dirige-se a Juraci Siqueira. 
No Marujo's, eu li o poema “Desagravo ao Grande Poeta”, que fiz inspirado nas manifestações encaminhadas a Antonio Juraci Siqueira, após ter lido o livro “Descom/Postura Acadêmica”, em que Juraci compilou as manifestações de diversos intelectuais paraenses, depois da decisão da Academia Paraense de Letras que lhe negou assento de imortal. 


A decisão da APL, diga-se, não agravou tanto a Juraci, que nunca teve por projeto de vida ser imortal, mas principalmente à memória do imortal Alonso Rocha, cuja cadeira estava sendo disputada. Em vida, aquele acadêmico sempre externou o desejo de ser sucedido na APL, por Juraci Siqueira, numa justa homenagem ao conjunto da obra do Boto, como Juraci é conhecido. Desejo que foi expresso, nas exéquias de Alonso, por diversos familiares seus, na presença de tantos imortais.



domingo, setembro 16

COMISSÃO ORGANIZADORA “ARREDONDA” O EVENTO DA AMAZÔNIA E APONTA RUMOS PARA O FUTURO.




          Está cada vez mais instigante a preparação do “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”, Na quinta-feira passada, com a presença especialíssima de Roberto Carvalho de Faro, a Comissão reuniu-se para definir a programação do evento e, durante a reunião, vislumbrou-se em que poderá se tornar esse verdadeiro movimento que se inicia, com a estruturação do evento da Amazônia do 100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”.

Roberto, Daniel Leite, Juraci e Octavio 
          Já “rolava” a reunião, quando chegou o e-mail da Organização Pará 2000, confirmando o previamente acertado com a  a Sra. Jailce Ribeiro, Supervisora Cultural daquela entidade, quanto à cessão, sem ônus, do Anfiteatro São Pedro Nolasco, da Estação das Docas, para a realização do evento que promete agitar o meio cultural de Belém.   No ofício é expressa a satisfação da presidente da Pará 2000, Sra. Gabriela Landé,  de ser parceira do “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”. Na sexta-feira, Benny Franklin e Octavio Pessoa estiveram naquela Organização Social,  agradecendo o apoio e acertando detalhes operacionais. Questões como sonorização e iluminação e a confecção de bonés, camisetas e impressos com a logomarca criada pelo publicitário Rui Bastos, estão agora, na ordem do dia.

Roberto, Juraci, Benny e Daniel

          Ficou definida também, a realização de uma reunião prévia dos Poetas e Músicos que participarão do Evento da Amazônia. Não para ensaiar porque, pela própria natureza da iniciativa, nela devem prevalecer a espontaneidade e a descontração. O objetivo da reunião é promover-se o entrosamento dos participantes.

          Concluiu-se pela aceitação da oferta do  Sr. Mauro Brito, do Serpro, no sentido da comissão Organizadora do Evento da Amazônia assumir a responsabilidade pela programação cultural do V CONSEGI -  Congresso Internacional de Softwer Livre e Governo Eletrônico, que se realizará pela primeira vez fora de Brasília, de 3 a 7 de dezembro, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia. A Comissão assume o empreendimento e o encara como um desafio, que vem ao encontro do pensamento dos organizadores, de que a organização do Evento da Amazônia seja o embrião de uma estrutura permanente, voltada para a união e a mobilização dos poetas, escritores, músicos e outros, na abertura de espaços para os criativos e destinada a influir na adoção de políticas públicas  voltadas ao prestígio e ao desenvolvimento da cultura popular.

          Acertou-se também, que Antonio Juraci Siqueira e Benny Franklin acompanharão o  escritor Octavio Pessoa,  na visita que fará ao Centro Cultural “Amigos da Paz”, do bairro da Pedreira, no domingo, dia 23 de setembro, a partir das cinco da tarde, convidado que foi para “bater um papo” com os comunitários. Octavio falara sobre a importância de se conhecer e valorizar a literatura regional, especialmente a paraense, contemporânea.


Idealizado pelo ativista Everardo Lopes de Aguiar, o “Amigos da Paz” é um espaço de uso público, destinado a acolher manifestações criativas, artísticas e culturais diversas. Um lugar para se ler, declamar poesia, tocar instrumentos, cantar, fazer malabarismos, apresentar peças de teatro, expor quadros, fotografias, assistir a filmes, dança, dentre outras atividades, como explica Maira Neves, filha de Everardo e coordenadora daquele Centro Cultural. O prédio foi construído com recursos próprios do idealizador e realizador, Everardo, que hoje vive em Brasília e é amigo pessoal de Octavio. O salão, com capacidade para 40 pessoas, tem infraestrutura necessária para as finalidades a que se destina e fica na Travessa Vileta, 131, próximo ao Canal do Galo.

No “bate papo”, Octavio lerá crônicas de seu livro “Causos Amazônicos”, de que serão sorteados alguns exemplares, entre os presentes. Também serão ofertados exemplares dos livros do poeta e escritor Daniel Leite, que estará impossibilitado de comparecer ao “Amigos da Paz”, no dia 23, em face de sua participação na Feira Pan-Amazônica do Livro. Benny e Juraci também conversarão com os presentes, declamarão e lerão textos de sua autoria.
          O poeta e escritor Roberto Carvalho de Faro, que terá seu romance “Arrastado pela Correnteza”, lançado, também no dia 23, a partir da s 11 da manhã, na Feira Pan-Amazônica do Livro, externou sua alegria de participar da  reunião,  conversou sobre o atual momento da cultura paraense e estimulou os organizadores a prosseguirem com seus projetos. A comissão decidiu que Roberto será especialmente homenageado no Evento da Amazônia, do “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”.
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