A XXVI Feira Pan-Amazônica do
Livro encerrou-se no domingo, 30 de setembro, repetindo o sucesso de todas as
edições desse evento literário, que ocorre todos os anos, em Belém do Pará. Minha
relação com ela foi gratificante e promissora.
Comprometido com a
organização do “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”, evento da Amazônia,
que se realizou no sábado, dia 29 de setembro, e que, graças a Deus, foi um
sucesso, não pude, este ano, fazer o que sempre fiz, nas edições anteriores da
Feira Pan-Amazônica do Livro e sempre faço em eventos semelhantes: ficar pelo
menos um dia inteiro, sozinho, “garimpando” títulos interessantes. Ainda assim,
comprei pelo menos meia dúzia de livros. Tenho literatura “de sobra”, para ser
degustada por muito tempo. E o que é melhor: literatura paraense contemporânea.
E de qualidade.
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Com Roberto Carvalho de Faro |
Estive na Feira, em duas
ocasiões, especialmente para prestigiar amigos “do peito”. Primeiro, o imortal Roberto
Carvalho de Faro, que teve seu livro “Arrastado pela Correnteza”, lançado pela
Academia Paraense de Letras. Essa obra que já foi objeto de matéria específica
neste blog. Prestigiei também a noite de autógrafos, das obras do amigo e irmão
de alma e de sonhos, Daniel Leite. “Girândolas” eu já “consumi”, nestes poucos
dias. Leio agora, outro livro de Daniel, o AVE EVA, e já está na fila de
leitura, o ELAS. Todas, obras “de primeira”. Imperdíveis. Recomendo.
Mesmo sem tempo para me “perder”
entre as obras da Feira Pan-Amazônica e nos eventos especiais da sua programação,
tive a felicidade de assistir no domingo de abertura, a homenagem ao falecido
maestro e compositor santareno, Wilson Fonseca, feita por seus familiares e
admiradores, no ano do Centenário de Isoca, como conhecido por seus
conterrâneos. Com seminário sobre o conjunto da vastíssima obra do Maestro, que vai da música
sacra à popular, inclusive o Hino de Santarém, e apresentação de algumas dessas
obras. Os presentes naquele auditório comoveram-se com a emoção do desembargador
federal do trabalho, Vicente Malheiros da Fonseca, filho de Isoca e também
compositor, especialmente ao descrever os últimos momentos de vida do Maestro, ocasião
em que ele, Vicente, compôs um réquiem para o pai.
A Feira Pan-Amazônica do Livro
deste ano marcou também, minha estreia no Estande do Autor Paraense, graças ao empenho do Daniel Leite, que no “apagar
das luzes”, conseguiu inserir o meu livro “Causos Amazônicos”, dentre as obras
expostas naquele Estande. Uma experiência marcante para mim, que me levou a posicionar-me
junto aos organizadores, para que o “Causos Amazônicos” esteja noutras Feiras e
noutros espaços futuros.
Na noite do encerramento,
encontrei-me no Estande do Autor Paraense, com o meu amigo Giovanni Miléo,
consultor e autor do livro “Automotivação e Linguagem Corporal”, dentre outras
obras. Cada um de nós comprou o livro do outro. Logo na segunda-feira, pela
manhã, recebi e-mail do Giovanni, com o
seguinte comentário:
Meu amigo, comecei a ler o
seu livro e tenho me divertido muito.
Você escreve muito bem. O
texto é dinâmico, leve, gostoso de ler.
E como é bom ler um texto com
o nosso cenário e o nosso vocabulário.
Excelente livro, e para mim,
de agora em diante, tenho você como um Veríssimo da Amazônia.
Parabéns, o livro está
excelente.
Pode seguir na carreira que
você tem talento. Dá show.
Um forte abraço e fique com
Deus.”
Dá pra ver que o Giovanni foi
generoso comigo. Eu, um Veríssimo? Diante do cronista gaúcho, não passo de um
escritor “liliputiano”, como descrevo o personagem Little Box, na crônica “O
Pequeno Caixa so London Bank”, no “Causos Amazônicos”.
Giovanni, agradeço de público, seu incentivo. Palavras como as suas
estimulam a gente. De tal maneira que me sinto motivado a confessar que já estou
“gestando” minha primeira obra de ficção. Como sempre, situada na Amazônia. Bem
como, tenho um tema para um ensaio, também de interesse para o povo paraense, especialmente o de Belém. Tudo
matéria para ser desenvolvida, a partir de 2013, quando já aposentado do TCU,
pretendo dedicar-me à literatura e à comunicação.
Um abraço amazônico em você, Giovanni, e em você, leitor. Um Feliz e
Abençoado Círio de Nazaré, para todos nós!
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