quinta-feira, fevereiro 27

EMPREENDEDORISMO: CURTA ESSA IDEIA é marcado pela interação.


        Boas iniciativas merecem ser evidenciadas e publicadas em todas as mídias. Cumpro esse papel, registrando neste blog o “Empreendedorismo: Curta essa ideia!”, promovido pela Agência de Inovação Tecnológica da UFPA, UNIVERSITEC, dentro da programação da Semana do Calouro, que se encerra amanhã, sexta-feira, 28 de fevereiro, com a palestra “Empreendedorismo: Curta essa ideia!”, de 9 às 11h no Centro de Convenções Benedito Nunes, da Universidade Federal do Pará

Desde o início, o evento voltado para o Empreendedorismo, com apoio do Instituto de Ciências Exatas e Naturais (ICEN), do Instituto de Tecnologia da UFPA (ITEC) e do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT-Gumá), foi marcado pela interação entre alunos e professores nas dinâmicas de grupo realizadas.

Para Leila Furtado, idealizadora e facilitadora do “Empreendedorismo: Curta essa ideia!”, os participantes,  bastante motivados, satisfazem sua curiosidade acerca do Empreendedorismo. Como a Universidade tem a missão de contribuir para a construção de uma sociedade sustentável a partir do conhecimento produzido na Instituição, diz Leila, um evento dessa natureza é importante para estimular nos alunos o   empreendedorismo, seja na vida pessoal, nas organizações em que venham a prestar sua colaboração, ou mesmo como  geradores de empregos, nos empreendimentos que venham a criar e desenvolver, concorrendo para que a UFPA cumpra seu papel de fomentadora do desenvolvimento da Amazônia.

A Universitec enfatiza os frutos que podem ser gerados em decorrência do evento. A geração de novos empreendimentos para a incubadora de empresas da Agência, a transferência de tecnologia à sociedade por outros meios, além do apoio à criação e desenvolvimento de empresas pela incubadora, o que permite a expectativa de que o “Empreendedorismo: Curta essa ideia!” não só desperte o interesse pelo empreendedorismo mas também, que os empreendimentos gerados pelos alunos sejam melhor planejados e estruturados.

Luciana Ferreira Centeno, engenheira de alimentos e pesquisadora de sua área em nível de pós-doutoramento, também  organizadora e facilitadora, considera o evento uma iniciativa brilhante, que tem tudo para gerar interesse dos calouros e estimular neles o espírito empreendedor que nos próximos anos de universidade, poderá ser aprimorado por meio de outras iniciativas e capacitações, proporcionando a formação de novos empreendedores que certamente contribuirão com negócios mais sustentáveis para a sociedade.
        
    Para Layana Duarte, Caloura de Farmácia, as atividades trouxeram clareza sobre o tema.  “Estou achando esta atividade interessante porque, de maneira divertida, está trazendo conhecimentos que eu precisava na área de empreendedorismo.”


quarta-feira, fevereiro 26

DES/ENCONTRO NO ELEVADOR. The end.


         Na última crônica contei um episódio patético que presenciei, junto com outras pessoas, na porta de entrada e depois, no elevador de um hospital da cidade, quando fui fazer teste ergométrico.

       Um “coroa” abriu gentilmente a porta e segurou-a, facilitando a entrada de todos. Entre as  pessoas que passaram, uma “gatinha” olhou pro gentil homem e chamou-lhe com doçura pelo nome. Ele não deu ouvidos. Prosseguiu na cortesia pras demais pessoas.

              No elevador em que todos entraram, ela meio sem graça e com a cândida voz, chamou-lhe duas vezes pelo nome e ele permaneceu impávido, recostado numa das paredes do elevador, com o olhar perdido no horizonte. Encabulada, ela disfarçou o constrangimento, aparentemente conferindo mensagens no celular e desceu num dos primeiros pavimentos, enquanto ele prosseguiu subindo.

              A cena inusitada chamou a atenção de todos e despertou o espírito do cronista.  Estaria ela enganada? Falando com um estranho, julgando ser o seu conhecido? A meiguice da voz e a ternura do olhar chegavam a ser desconcertantes. Na esteira do teste ergométrico, construí minhas hipóteses sobre a cena presenciada.

    Primeira, o “coroa” sofre de surdez e naquele dia, esqueceu o discreto aparelho auricular que usa pra reduzir a deficiência auditiva, razão por que a provocação "passou batida”.

    Na segunda hipótese, achei que a mocinha estava enganada e o “indigitado” é gay. Ele nem piscou e desejou que a  “saliente e apresentada” fosse pro inferno.

      Ante a sacanagem com o desconhecido, dei-lhe uma forra. Eles se conheceram mesmo num furtivo encontro em que as afinidades explodiram, “rolando” um recíproco  desejo de aprofundamento do vínculo, que é dificultado pelos compromissos afetivo de ambos e agravado pela expressiva diferença de idade entre eles. Agora o toque nelsonrodrigueano: no dia do des/encontro, ele estava impactado pelo diagnóstico médico e só pensava nos  exames que tinha que fazer, que poderiam confirmar sua sentença de morte. Pergunto agora: será que aquele incomum festival de salamaleques pro público, seria uma purgação antecipada?

      Alertei o leitor de que a crônica não estava terminada. Diante do quadro descrito, eu aceitaria outras explicações ou até mesmo um desfecho pro episódio.

     Num sugestivo e-mail uma leitora disse que se o "coroa" não ouviu, se ele é gay ou se foi vítima da sentença de morte antecipada, ela não sabe. Mas percebe que eu fiquei tão impressionado com a beleza e a voz da moça que ela mereceu até uma crônica. 

Pelo Facebook,  minha colega Daely Cunha, jornalista profissional hoje radicada em Vitória, Espírito Santo, assim se manifestou:

“Vai ver que discutiram por ciúmes... e ele fez ‘ouvido mouco’ aos apelos de ‘bandeira branca, amor!’ que ela tentou, chamando por ele...E ela saltou antes para pegar outro elevador ou descer pelas escadas, de volta ao térreo... Quem sabe saiu porta afora e vida adentro, valorizando o que lhe restou depois da possível discussão: a beleza, a juventude e a oportunidade de recomeçar...”


Obrigado, Daely. Sua alternativa também faz sentido e gostei demais da expressão "saiu porta afora e vida adentro" Com o seu texto dou-me por satisfeito e encerro o assunto.

sábado, fevereiro 1

DES/ENCONTRO NO ELEVADOR. Uma crônica inconclusa.




-                                    -  Vítor…

A “gatinha” falou com voz meiga, ao entrar no hospital. O “coroa” permaneceu firme, segurando a porta pra outras pessoas também entrarem.

Todos entraram no elevador, inclusive os dois. De novo a “gatinha” olhou meio sem graça na direção do “coroa” e, - Vítor... Vítor, disse com voz suave e um pouco encabulada, ante a presença das outras pessoas. O “coroa”, encostado numa das paredes do elevador, permaneceu impávido, com o olhar perdido, numa concentração budista. Ela então, disfarçou o constrangimento,  conferindo aparentemente mensagens no celular. Desceu num dos pavimentos. Ele prosseguiu a viagem ascendente do elevador.

Ora, não é comum um homem resistir aos encantos de uma jovem e linda mulher. Mais ainda, quando ela o chama com docilidade pelo nome. Eu, tanto  quanto outros espectadores com certeza, fiquei “encucado” com a cena patética. O espírito de cronista foi provocado.

A mocinha estava enganada? Estaria ela falando com um estranho, julgando ser o seu conhecido? Mas a meiguice de sua voz e a ternura do seu  olhar, chegavam a ser desconcertantes.

Na esteira do teste ergométrico, comecei a constuir hipóteses para o que terminara de presenciar.

Primeira, o “coroa” usa um discreto aparelho auricular no dia a dia, pra reduzir  sua surdez. Justo naquele dia, ele esqueceu o equipamento e  por isso não  ouviu a “provocação”.

Segunda, ela estava enganada de pessoa mesmo, e o cara é gay. Assim, diante da investida, ele fez aquele ar de paisagem amazônica, pensando:- ainda mais essa. Sai pra lá, espinha de bacalhau.

Terceira, eles se conhecem mesmo. E se conheceram num rápido e fugaz encontro profissional, em que afinidades “explodiram”. “Rolou” um clima recíproco de desejo de aprofundamento do vínculo, que é  prejudicado pelos compromissos afetivos de cada um e agravado pela diferença abissal de idade entre eles. E pro azar, no dia do acidental des/encontro, ele estava sob o impacto do diagnóstico médico para seu estado de saúde e só tinha pensamento para o resultado os exames que fora fazer. E assim, nem percebeu que no meio daquelas pessoas, estava aquela jovem mulher que mexeu com a cabeça e o coração dele.


Amigo leitor, esta crônica está inconclusa. O quadro, sem tirar nem por, foi esse que descrevi. Se você tiver outra explicação para o triste des/encontro, aceitam-se sugestões. Ou, se preferir, você pode concluí-la, dando um desfecho para o episódio.