domingo, setembro 16

COMISSÃO ORGANIZADORA “ARREDONDA” O EVENTO DA AMAZÔNIA E APONTA RUMOS PARA O FUTURO.




          Está cada vez mais instigante a preparação do “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”, Na quinta-feira passada, com a presença especialíssima de Roberto Carvalho de Faro, a Comissão reuniu-se para definir a programação do evento e, durante a reunião, vislumbrou-se em que poderá se tornar esse verdadeiro movimento que se inicia, com a estruturação do evento da Amazônia do 100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”.

Roberto, Daniel Leite, Juraci e Octavio 
          Já “rolava” a reunião, quando chegou o e-mail da Organização Pará 2000, confirmando o previamente acertado com a  a Sra. Jailce Ribeiro, Supervisora Cultural daquela entidade, quanto à cessão, sem ônus, do Anfiteatro São Pedro Nolasco, da Estação das Docas, para a realização do evento que promete agitar o meio cultural de Belém.   No ofício é expressa a satisfação da presidente da Pará 2000, Sra. Gabriela Landé,  de ser parceira do “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”. Na sexta-feira, Benny Franklin e Octavio Pessoa estiveram naquela Organização Social,  agradecendo o apoio e acertando detalhes operacionais. Questões como sonorização e iluminação e a confecção de bonés, camisetas e impressos com a logomarca criada pelo publicitário Rui Bastos, estão agora, na ordem do dia.

Roberto, Juraci, Benny e Daniel

          Ficou definida também, a realização de uma reunião prévia dos Poetas e Músicos que participarão do Evento da Amazônia. Não para ensaiar porque, pela própria natureza da iniciativa, nela devem prevalecer a espontaneidade e a descontração. O objetivo da reunião é promover-se o entrosamento dos participantes.

          Concluiu-se pela aceitação da oferta do  Sr. Mauro Brito, do Serpro, no sentido da comissão Organizadora do Evento da Amazônia assumir a responsabilidade pela programação cultural do V CONSEGI -  Congresso Internacional de Softwer Livre e Governo Eletrônico, que se realizará pela primeira vez fora de Brasília, de 3 a 7 de dezembro, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia. A Comissão assume o empreendimento e o encara como um desafio, que vem ao encontro do pensamento dos organizadores, de que a organização do Evento da Amazônia seja o embrião de uma estrutura permanente, voltada para a união e a mobilização dos poetas, escritores, músicos e outros, na abertura de espaços para os criativos e destinada a influir na adoção de políticas públicas  voltadas ao prestígio e ao desenvolvimento da cultura popular.

          Acertou-se também, que Antonio Juraci Siqueira e Benny Franklin acompanharão o  escritor Octavio Pessoa,  na visita que fará ao Centro Cultural “Amigos da Paz”, do bairro da Pedreira, no domingo, dia 23 de setembro, a partir das cinco da tarde, convidado que foi para “bater um papo” com os comunitários. Octavio falara sobre a importância de se conhecer e valorizar a literatura regional, especialmente a paraense, contemporânea.


Idealizado pelo ativista Everardo Lopes de Aguiar, o “Amigos da Paz” é um espaço de uso público, destinado a acolher manifestações criativas, artísticas e culturais diversas. Um lugar para se ler, declamar poesia, tocar instrumentos, cantar, fazer malabarismos, apresentar peças de teatro, expor quadros, fotografias, assistir a filmes, dança, dentre outras atividades, como explica Maira Neves, filha de Everardo e coordenadora daquele Centro Cultural. O prédio foi construído com recursos próprios do idealizador e realizador, Everardo, que hoje vive em Brasília e é amigo pessoal de Octavio. O salão, com capacidade para 40 pessoas, tem infraestrutura necessária para as finalidades a que se destina e fica na Travessa Vileta, 131, próximo ao Canal do Galo.

No “bate papo”, Octavio lerá crônicas de seu livro “Causos Amazônicos”, de que serão sorteados alguns exemplares, entre os presentes. Também serão ofertados exemplares dos livros do poeta e escritor Daniel Leite, que estará impossibilitado de comparecer ao “Amigos da Paz”, no dia 23, em face de sua participação na Feira Pan-Amazônica do Livro. Benny e Juraci também conversarão com os presentes, declamarão e lerão textos de sua autoria.
          O poeta e escritor Roberto Carvalho de Faro, que terá seu romance “Arrastado pela Correnteza”, lançado, também no dia 23, a partir da s 11 da manhã, na Feira Pan-Amazônica do Livro, externou sua alegria de participar da  reunião,  conversou sobre o atual momento da cultura paraense e estimulou os organizadores a prosseguirem com seus projetos. A comissão decidiu que Roberto será especialmente homenageado no Evento da Amazônia, do “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”.
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quarta-feira, setembro 12

“ARRASTADO PELA CORRENTEZA” SERÁ LANÇADO NA FEIRA PAN-AMAZÔNICA DO LIVRO.




                Lançamento de livro imperdível, na próxima edição da Feira Pan-Amazônica do Livro. Trata-se do “Arrastado pela Correnteza”, de autoria do meu amigo Roberto Carvalho de Faro.  
            Roberto tem considerável produção literária. Escreveu os romances “Juntando os Cacos”, “Arrastado pela Correnteza”, “Depois da Tempestade” e “O Guindaste Amarelo”, os contos “A Criança e a Guerra”, “Que deus é esse?”, “Casos do Mestre Porfírio”, “Presságios & Promessas” e os livros de poesias, “Tempos Líricos” e “Dimensão do Tempo”.
            Sobre “Arrastado pela Correnteza”, Ildefonso Guimarães, pai, diz que nele, o “leitor se depara com a personagem central, transpirando mistério, surgida num cenário amazônico de tanta nitidez, que somente um hábil desenhista, como sói ser na realidade o autor do romance, poderia pintar com tal poder de minúcias. Inopino, com sua indagativa figura, Florêncio (o protagonista) é introduzido na estória e mostrado numa espécie de caleidoscópio de acontecimentos emergentes, todos de inalterado desdobramento factual, em que as portas se lhe abrem num crescendo de acontecimentos felizes, até o clímax inesperado, quando a correnteza o conduz ao surpreendente desfecho, que o leitor naturalmente encontrará lendo o texto galvânico de Roberto de Faro”.
            “Afinal, quem é Florêncio para Terezinha (Teca) e para os leitores? Na força dos seus dezenove anos, era mulher para o que desse e viesse. Não enjeitava trabalho, ainda mais ao lado do homem que amava e respeitava.  A cada dia mais crescia o amor e mais aumentava o respeito. E esses dois sentimentos entrelaçados deviam-se à personalidade incompreensível, mas cativante de Florêncio, que dava sempre a impressão de estar no limiar entre dois mundos tão opostos. Um, bem terra-terra, palpável e até primitivo. O outro, volátil, indecifrável, fora de alcance e compreensão. Talvez essa ambiguidade fosse a causa e o motivo da atração que aquele homem exercia sobre as pessoas. E isso sem intenção nem cálculo. Terezinha, sem atinar, sentia-se fisgada por esse incompreensível sentimento. E por todos os meios lutaria para continuar assim: uma ardorosa devota de uma entidade perto/distante; palpável/intangível. E Florêncio, refestelando-se com a deliciosa comida, jamais poderia imaginar que estava sendo cultuado pela jovem companheira, como se fosse um Deus”, é a descrição dos personagens, na orelha esquerda do livro.
            O lançamento, iniciativa da Academia Paraense de Letras e da Editora Paka-Tatu, será no estande da Academia Paraense de Letras, na Feira Pan-Amazônica do Livro, no dia 23 de setembro, domingo, a partir das 11 da manhã.
            Vamos prestigiar o lançamento da obra desse caboclo amazônida, que nasceu Roberto Carvalho, mas optou por inserir, em seu nome literário, sua terra de origem, Faro, no Oeste do Pará,  e hoje, é premiado escritor e imortal da APL. 

segunda-feira, setembro 10

O LOCAL E A SAMAUMEIRA. JORGE ANDRADE ENTRA EM CENA




            A Comissão Organizadora do “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”, evento da Amazônia, reuniu-se extraordinariamente, na terça-feira passada, para discutir alternativas de local, para a realização do evento, ante a inviabilidade de se dar, no entorno da samaumeira, do Hangar Centro de Convenções da Amazônia, que era a ideia original. Mesmo com toda boa vontade da Coordenadora da Feira Panamazônica do Livro, Dra. Andressa Malcher, ficou patente a impossibilidade do evento acontecer naquele local, ante logística exigida, para a realização da Feira.

            Por ser o “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças” uma realização em que deve prevalecer o máximo de espontaneidade, devendo se dar em local aberto, para proporcionar o máximo de interatividade com o público, a Comissão achou adequado buscar espaços alternativos, como o Anfiteatro São Pedro Nolasco e o Anfiteatro do Gasômetro, no Parque da Residência. Requerimentos já foram encaminhados à Organização Pará 2000, entidade mantenedora da Estação das Docas, onde fica o São Pedro Nolasco  e à Secretaria de Cultura, Secult, a que está vinculada a Estação Gasômetro.

            Mas a samaumeira continuará sendo o nosso símbolo, ante o significado emblemático que ela tem para nós e para a Amazônia.

            A reunião extraordinária foi enriquecida com a presença do poeta, escritor, letrista, cronista, professor, Jorge Andrade, que por motivos profissionais não comparecera ainda, às runiões. Uma pena que o poeta e escritor Daniel Leite não tenha podido comparecer à reunião, também por motivos profissionais. Se ele estivesse presente mais interessante ainda, teria sido a reunião da Comissão Orgnizadora. Na próxima, que será na quinta-feira, dia 13, certamente Andrade e Leite estarão presentes e aí, a Comissão estará completa.

            Na parte informal, após a discussão da pauta da noite, ofertei ao Jorge, um exemplar do meu livro, “Causos Amazônicos”, como faço com todos que vem pela primeira vez à minha casa. No bate papo que se seguiu, li umas duas ou três crônicas, para os presentes. No dia seguinte, tive a grata satisfação de receber um e-mail do Jorge, com o este  comentário, que eu compartilho agora, com você:

Juraci Siqueira, Benny Franklin e Jorge Andrade
“Salva, Octavio, um nome realmente incomum, pois tem ascendância a uma grafia portuguesa, com um "c" mudo mas quem sabe lá em Lisboa ou adjacencias talvez da boca de algum patrício possa se ouvir, e tem a tônica mas não é acentuado: coisa de português mesmo!!!!. Isso é que se  pode dizer de um caso sério para os gramáticos, a simiótica, enfim, mas o nome é este, e assumir este nome com esta grafia é sua sina, podendo até vir a ser um "causo" semelhante aos da vasta região de onde ele veio.
 Suas crônicas, récem-amigo, são saborosíssimas, ressoam horas, em mim mais de uma noite, pois acordei com o berro do bebum pescador e exímio salgador, e o Mandií na cabeça, além dos outros que vieram de enxurrada, me fazendo rir. Boa, boa!! Agradecido pelo livro, vou saborear feito as conversas de beira de mesa de cozinha ou rede em varandas.

A crônica é a prima-pobre das ficcões, uns críticos nem a consideram tal coisa, mas a estes tenho dó, porém foi aqui nesta terra, mas foi nos trazida pelos viajantes portugueses, que ela floresceu e chegou a categoria tal que levou a uma dimensão Excelsior, nas mãos de um Carlos Drummond, Fernando Sabino, Rubem Braga e outros.

Somos cronistas por natureza, nosso papo ontem poderia bem ser uma aula sobre ela, só olhando pela cena nada surreal: um boto de chapéu usando celular, um caboco de parintins falando e atento ao notbook, dois incrédulos caindo de para-queda tentando se ajustar à moldura da tela, tudo isso em ilha de selva á beira do asfalto. Prato cheio pra crônica do dia seguinte.

 Abraços, amigo, e vamos que vamos nessa aventura...”

Juraci Siqueira, Octavio Pessoa e Jorge Andrade

                           Obrigado, Jorge. Só não concordo quanto aos “dois incrédulos caindo de paraquedas, tentando se ajustar à moldura da tela”. Em torno da mesa, além do Juraci e de mim, encontravam-se dois premiados expoentes da literatura paraense, Jorge Andrade e Benny Franklin, que serão cada vez mais reconhecidos e premiados, não só por sua indiscutível competência literária, mas também pelo comprometimento com a causa que todos nós abraçamos, a realização do “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”, evento da Amazônia.