quarta-feira, julho 6

“CAUSOS AMAZÔNICOS” CHEGA AO PERU MUITO BEM ACOMPANHADO



     

          O "Causos Amazônicos" 2a. Edição Será apresentado na Feira de Livros que ocorrerá durante o V Colóquio Internacional de Literaturas Amazónicas/CILA, em Lima/Peru, de 14 a 16 deste mês de julho.

          O CILA visa incrementar a literatura produzida na Pan-Amazônia e foi realizado pela primeira vez há cinco anos, em Lima, capital do Peru. A partir da segunda versão passou a homenagear um escritor relevante das letras amazônicas. O homenageado deste ano é Juan Rodríguez Pérez, um escritor que criou um universo próprio ambientado no alto Hualga, região de San Martin e nos setores mais degradados da cidade de Lima. É um escritor nato de estética pessoal cujo universo literário é um dos mais ricos da literatura peruana contemporânea.

          No Colóquio, o Professor da UFPA, Pós Doutor, poeta e escritor Benilton Cruz comunicará uma pesquisa sobre Mário Faustino. Mais precisamente as vozes dos romanceros no poema de Faustino, O Romance, inserido no livro o Homem e sua Hora, de 1955. Nesse poema há muitos traços da musicalidade dos romances em versos da bela tradição ibérica dos romanceros (Espanha) romanceiros (Portugal), pequenos poemas narrativos em versos, rimados e metrificados cujo conteúdo gira em torno do amor e sua natureza trágica, diz Benilton.
          

Na Feira de Livros do V CILA, o intelectual paraense apresentará seu novo livro “Espólios para uma Poética- Lusitanias Modernistas em Mário de Andrade”, recém-lançado pela Paco Editorial de São Paulo, e o “Causos Amazônicos”, 2ª. Edição, de minha autoria, editado pela Paka-Tatu, de Belém do Pará, que lá ficarão disponíveis para venda.




           Em Espólios para uma Poética- Lusitanias Modernistas em Mário de Andrade” Benilton comprova que por detrás do experimento modernista existe a legitimação do português como língua de prestígio, rememorada da época de expansão do longo século XVI, - língua essa que não vem sozinha em seu destino de desbravar a continentalidade brasileira - ela recupera e acende o veio cultural lusitano que vai se somar ao conjunto das outras tradições da multiculturalidade brasileira.

          

            



Como fez no Café Santa Cruz, de Coimbra, Portugal, em novembro do ano passado, Benilton apresentará ao público do V CILA, o Causos Amazônicos, de que ele enfatiza “essa linguagem utilizada por Octavio, ainda muito impregnada dos primeiros colonizadores portugueses que foram conquistadores, navegadores, gente de coragem na travessia ao Novo Mundo, e isso com certeza a língua portuguesa não esquece”. Refere-se Benilton a termos do homem simples da Amazônia que eu uso até por ser um deles, “ilharga” por exemplo, que na sua singeleza  remete à linguagem dos navegantes e colonizadores.



A apresentação por Benilton da obra e do autor do livro “Causos Amazônicos” naquele tradicional espaço onde se reúne a fina flor da intelectualidade portuguesa facilitou sobremaneira minha comunicação com o público após a apresentação e também, nos diálogos posteriores. 
  
Benilton e eu poderemos estar juntos na próxima edição do CILA e, como ele diz e eu concordo plenamente “agora vamos conquistar literalmente a literatura Pan-Amazônica”.


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