quarta-feira, outubro 10

A FEIRA PAN-AMAZÔNICA DO LIVRO E EU




          A XXVI Feira Pan-Amazônica do Livro encerrou-se no domingo, 30 de setembro, repetindo o sucesso de todas as edições desse evento literário, que ocorre todos os anos, em Belém do Pará. Minha relação com ela foi gratificante e promissora.

           Comprometido com a organização do “100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças”, evento da Amazônia, que se realizou no sábado, dia 29 de setembro, e que, graças a Deus, foi um sucesso, não pude, este ano, fazer o que sempre fiz, nas edições anteriores da Feira Pan-Amazônica do Livro e sempre faço em eventos semelhantes: ficar pelo menos um dia inteiro, sozinho, “garimpando” títulos interessantes. Ainda assim, comprei pelo menos meia dúzia de livros. Tenho literatura “de sobra”, para ser degustada por muito tempo. E o que é melhor: literatura paraense contemporânea. E de qualidade.


Com Roberto Carvalho de Faro
                Estive na Feira, em duas ocasiões, especialmente para prestigiar amigos “do peito”. Primeiro, o imortal Roberto Carvalho de Faro, que teve seu livro “Arrastado pela Correnteza”, lançado pela Academia Paraense de Letras. Essa obra que já foi objeto de matéria específica neste blog. Prestigiei também a noite de autógrafos, das obras do amigo e irmão de alma e de sonhos, Daniel Leite. “Girândolas” eu já “consumi”, nestes poucos dias. Leio agora, outro livro de Daniel, o AVE EVA, e já está na fila de leitura, o ELAS. Todas, obras “de primeira”. Imperdíveis. Recomendo.

                Mesmo sem tempo para me “perder” entre as obras da Feira Pan-Amazônica e nos eventos especiais da sua programação, tive a felicidade de assistir no domingo de abertura, a homenagem ao falecido maestro e compositor santareno, Wilson Fonseca, feita por seus familiares e admiradores, no ano do Centenário de Isoca, como conhecido por seus conterrâneos.  Com seminário sobre o conjunto da vastíssima obra do Maestro, que vai da música sacra à popular, inclusive o Hino de Santarém, e apresentação de algumas dessas obras. Os presentes naquele auditório comoveram-se com a emoção do desembargador federal do trabalho, Vicente Malheiros da Fonseca, filho de Isoca e também compositor, especialmente ao descrever os últimos momentos de vida do Maestro, ocasião em que ele, Vicente, compôs um réquiem para o pai.

                A Feira Pan-Amazônica do Livro deste ano marcou também,  minha estreia no Estande do Autor Paraense, graças ao empenho do Daniel Leite, que no “apagar das luzes”, conseguiu inserir o meu livro “Causos Amazônicos”, dentre as obras expostas naquele Estande. Uma experiência marcante para mim, que me levou a posicionar-me junto aos organizadores, para que o “Causos Amazônicos” esteja noutras Feiras e noutros espaços futuros.

                Na noite do encerramento, encontrei-me no Estande do Autor Paraense, com o meu amigo Giovanni Miléo, consultor e autor do livro “Automotivação e Linguagem Corporal”, dentre outras obras. Cada um de nós comprou o livro do outro. Logo na segunda-feira, pela manhã, recebi e-mail do  Giovanni, com o seguinte comentário:

               Bom dia, Octavio!
  
                   Meu amigo, comecei a ler o seu livro e tenho me divertido muito.

                   Você escreve muito bem. O texto é dinâmico, leve, gostoso de ler.

                   E como é bom ler um texto com o nosso cenário e o nosso vocabulário.

                   Excelente livro, e para mim, de agora em diante, tenho você como um Veríssimo da Amazônia.

                   Parabéns, o livro está excelente.

                  Pode seguir na carreira que você tem talento. Dá show.

                  Conte comigo.

                   Um forte abraço e fique com Deus.”


                Dá pra ver que o Giovanni foi generoso comigo. Eu, um Veríssimo? Diante do cronista gaúcho, não passo de um escritor “liliputiano”, como descrevo o personagem Little Box, na crônica “O Pequeno Caixa so London Bank”, no “Causos Amazônicos”.

Giovanni, agradeço de público, seu incentivo. Palavras como as suas estimulam a gente. De tal maneira que me sinto motivado a confessar que já estou “gestando” minha primeira obra de ficção. Como sempre, situada na Amazônia. Bem como, tenho um tema para um ensaio, também de interesse para o povo paraense, especialmente o de Belém. Tudo matéria para ser desenvolvida, a partir de 2013, quando já aposentado do TCU, pretendo dedicar-me à literatura e à comunicação.

Um abraço amazônico em você, Giovanni, e em você, leitor. Um Feliz e Abençoado Círio de Nazaré, para todos nós!
                               


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